Orquídeas

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Todo foi tão rápido, parece que foi ontem eu estava falando com a minha mãe sobre viajar para algum lugar longe de tudo isso, hoje estou eu aqui no enterro dela, eu nunca vou esquecer o que ela falou antes de morrer.

- Leo escuta, a Erika está viva, o número dela está no contado do meu celular, a senha é o nome das flores que eu mais gosto - eu sabia que as flores favorita dela, era orquídeas.

Segundos depois ela morreu e o dia seguinte o meu pai antes dele morrer ele falou.

- Foi o David que atirou em nós, fala com o seu primo do Rafael, ele vai saber o que faze - eu sabia que tinha sido o David.

Mas agora eu sou Órfão, eu não estava tão triste por eles morreram, nem chorei por causa disso, eles sempre estragaram a minha vida, porem o André e Ty achava que eu iria uma hora outra cair no choro, eu duvidava disso.

Eu fiquei três semanas inteira em casa, quando enfim eles liberam os corpos dos meus pais, eu fiquei planejei o enterro e percebia que André e Ty estava certo, pois quando estava planejando, eu chorei como um bebe e agora ouvindo o pastor falar, eu me lembrei uma vez que estava no meu quarto, eu já estava namorando o André, mas o ele estava viajando para ver o irmão.

- Eu sei sobre você e seu primo.

- Desde de quando?

- Desdo natal passado.

- Porque você não me contou?

- Por causa do seu pai, ele não vai gostar disso, então é melhor que vocês continuem escondendo, aliás na próxima vez que André for ver o Rafael, eu vou conversar com o seu pai e fala para deixar você ir, assim vocês vão estar livres para fazer as coisas que vocês quiserem.

- Mãe, você não está brava?

- Não filho, eu te amo do jeito que você é.

- Eu também te amo mãe.

Eu tinha esquecido este momento, quando eu contei para o meu pai que era gay e estava namorando André e fez de alguma coisa para o André separar de mim, sempre odiei os dois por causa disso, mas principalmente minha mãe, porque ela não me apoiou contra o meu pai, nunca a perdoei por isso, mas agora eu entendo que ela só queria me proteger, pois o meu pai tinha prometido me mandar para escola militar, mas eu não foi, ele falou que daria um jeito de eu entrar no exército, quando completasse 18 anos, mas já tenho 20 anos e não foi pro exército, creio que foi ela que o impediu de fazer isso, pois ela sabia que eu realmente fosse para estes lugares eu iria odiá-la para sempre, acho que ela que foi ela que pediu para ele separar o bebe de mim, senão ele iria matar o bebê para eu não cuidar dele junto com outro homem.

O pastor tinha acabado de falar, então um gesto final eu joguei no caixão da minha mãe as orquídeas que estava segurando desde que saí de casa. Quando acabou o enterro eu fui direto para casa, não falei com ninguém e tranquei no meu quarto e comecei a chorar ao me lembrar das boas memorias da minha mãe.

Doce encanto (Um Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora