Capítulo dois

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Ao entrar na sala aonde minha equipe está reunida, vejo Henry e Brian sentados com os pés para cima na mesa e Zig como sempre sentado em sua mesa lendo algo no computador, cumprimento a todos.

— Cadê Paul e Joshua? — Pergunto quando não os vejo.

— Inspetora Jonhson os chamou para os depoimentos dos detidos. — Brian respondeu.

Franzo as sobrancelhas que estranho está atitude, Maggie deveria me esperar pois sou eu que estou na frente desta missão. Não é a primeira vez que ela faz isso, depois tenho de conversar com ela sobre está atitudes. Aproximo-me de Zig que está bastante concentrado.

— Iai cara, alguma coisa?

Zig é meu parceiro de anos na FBI, começamos juntos na academia, além que fui padrinho de seu casamento há dois anos.

— Os relatórios de tudo o que foram encontrados sairão daqui a uma hora. — Vira a cadeira e me encarar. — Estava revendo a câmera da qual encontrados na entrada do galpão. Não teve outra entrada daqueles que encontramos deitados lá dentro e nossa entrada depois. — Toma um gole do café ao seu lado na mesa e continua, — Uma bomba de gás cai de cima e os homens caem um por um, mas acontece muito rápido, meu palpite é que deve haver algum buraco ou uma entrada no teto, o suspeito deve ter feito seu ataque por cima já que a câmera não o pegou, e ter decido já na sala do Trevor Lohan e cometido o crime, saindo pelo mesmo lugar quando atrapalhamos sua fuga ele se escondeu dentro da lagoa,

— Tudo isso é estranho! — Digo, porque alguém mataria apenas o líder?

— Se você Tom, não tivesse encontrado o suspeito teria passado por nós sem ser visto tranquilamente. — Henry fala pensativo. — Provavelmente algum treinamento de espionagem.

Henry Wilson não é de falar muito, um pouco mais estressado do que todos da equipe. Porém, é um grande observador e se ele está falando então realmente nenhum agente deve ter visto. Passo o dedão no meu queixo sentido os fios crescerem, tenho que fazer a barba. Continua. — Não foi pego pela câmera, e para pegar todos dentro do galpão sem que nenhum atira-se, o que tinha na bomba era bastante forte.

O Loiro estava certo, para fazer tudo isso e conseguir fugir da polícia, não é para qualquer um.

— Sabe qual foi a substância que foi usada? Pergunto ao Zig.

— Oxido nitroso, — Zig faz uma piada sem graça — Tiveram um relaxante sonho, por isso que acordaram tão felizes.

— E como estão os Snipes que foram atingidos?

— Revoltadinhos — Brian estrala a língua. — Eles disseram que foram pegos desprevenidos, eles não viram ninguém se aproximas, dizem que deveria ter outro Snipes atrás deles aonde pôde ter visto suas localizações. É o que estão especulando.

— Estamos lidando provavelmente com pessoas treinadas.

Volto minha atenção ao Zig e me encosto na mesa ao seu lado.

— Como está Ronnie? — Pergunto mudando de assunto, o resto vamos descobrir mais tarde quando os outros trazerem novidade. Ronnie está na metade da gestação e Zig não gosta de deixá-la só a noite. Até entendo sua preocupação, pai de primeira viagem e ele a ama muito.

— Ela está bem. — Ele diz em dúvida. — Às vezes eu não a entendo, de uma hora para outra ele fica estressada ou começa a chorar. Eu não sei mais o que fazer! — Fala meio apreensivo. Eu só sei rir.

— Não faço a mínima ideia do que você está passando. —Dou uns tapinha sem seu ombro.

— E quando vai pedir a Ashley em casamento? — Zig brinca, mas, no fundo, eu sei o que ele quer me perguntar, se eu vou seguir em frente e construir uma família e que sinta a felicidade igual a ele.

— Já comprei o anel de noivado, só estou esperando uma oportunidade melhor para pedir. — Na verdade é que algo sempre me trava quando vou tentar pedir Ashley em casamento, coço o meu cabelo. — Eu quero fazer algo especial!

Algo que nada possa me impedir de fazer ou que não possa voltar atrás.

A porta se abre, Joshua e Paul entram sentando nas cadeiras da mesa, cumprimento ambos ansioso para saber o que os capturados falaram. Mas logo Maggie abre a porta com uma pasta em mãos, seu cabelo em um coque alto na cabeça e seu olhar sério como sempre.

— Agente Parker, quero conversar com você. — Sempre direta, confirmo com um balançar firme de cabeça. Afasto-me da mesa e passo pela porta fechando-a em minhas costas. Cruzo os braços, desde que Maggie foi promovida não me chama mais pelo meu nome, como criamos uma amizade por trabalharmos como parceiros por bastante tempo logo após com Zig.

— Você sabe que não gosto de rodeios, então vou ser direto com você Tom. — Franzo a sobrancelha se ela falou meu nome deve ser sério. — Eu queria conversar com você antes na minha sala, mas Richard Stanley está no meu pé e quero saber se você vai conseguir ser profissional?

— O que seria tão sério para achar que não faria meu trabalho direito? — Nunca fui um péssimo agente, não é à toa que estou na frente de uma equipe por nada.

Maggie me entrega a pasta que segurava, abro logo em seguida me surpreendendo com a foto do suspeito.

— Não é possível!

— Os suspeitos apreendidos do galpão são membros da máfia russa, alguns já estão foragidos e outros já com mandatos por vários crimes.

Olho para Maggie e não consigo falar, tento mascarar minha expressão, mas algo dentro de mim se revirou ao só ver a foto dela.

— O que isso tem a ver com Laila? — Pergunto como se ela não mexesse comigo, como realmente faz.

— Tudo! — Disse. — Você sabe que eu acobertei seu minicaso com a garota quando ficou infiltrado na missão, agora eu não posso fazer nada por você, Tom, me diga que não pode ficar na frente disso e eu passo essa missão para a equipe da Casey. — Alertou.

Eu não sabia como reagir com tudo isso, mas meu orgulho falou mais alto. Já se passaram três anos, eu estou namorando e vou pedir Ashley em casamento, Laila não afeta mais em nada na minha vida e com ela foi romance-relâmpago.

— Não precisa se preocupar. — Fechei a pasta com firmeza. — Confesso que foi um erro meu, não acontecerá algo imprudente de minha parte.

— Você sabe que a operação de Alec Morovisk foi minha promoção, não me faça me arrepender de ter confiado em você.

Ela se afasta com um último olhar e saí andando pelo corredor. Aperto a pasta cheia de papéis em minhas mãos e respiro fundo.

Eu não tenho que me preocupar com isso, Laila fez a sua escolha e eu já seguir em frente eu gosto da minha namorada, Ashley é minha futura noiva, eu vou ter um futuro. Logo terei trinta anos já sou maduro o suficiente para lidar com paixonites do passado, logo uma menininha. Zombo, Ashley é uma mulher madura e uma mulher que me ama, não tenho dúvidas de nada, eu posso sim assumir este caso.

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