Capítulo Três

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Laila Williams


Dois anos e seis meses antes

— A última vez fiz compras era para durar dois meses, mas você sente muita fome e isso está me deixando exausta. — Aperto o volante com força. — Não estou reclamando, você foi uma surpresa, mas uma alegria e faz um bom tempo que não sinto raiva ou tristeza, você me trouxe um motivo para viver. Mas hoje você não está facilitando e isso está me tirando a paciência, agora, como vou resolver isso, com você pegando cada dia mais espaço. — Ele chuta com mais força agora, passo a mão na minha barriga inchada. — Você está muito acordado hoje, acho que estou deixando você agitado também, mas como vou resolver isso.

Tenho vontade de chorar, encosto minha cabeça no volante e rodo a chave pela milésima vez, o carro faz o barulho e continua não ligando. — Seu carro idiota, eu sei que o erro foi meu, poderia ter pego um carro mais novo, dinheiro não é problema. Eu estava muito neurótica com medo de ter sido seguida e peguei um carro velho para não chamar atenção. Iludida eu, deveria ter pegue uma caminhonete.

Desisto!

Saio do carro velho e chuto o pneu do carro só de raiva. Em uma tentativa de tirar um pouco da minha frustração com demonstração física. — Droga! Como vou carregar tanta sacola e uma caixa grande. — Nada tem dado certo desde o momento que cheguei aqui, ser totalmente independente é difícil, na verdade eu sou sozinha. Agora não mais. Sento no capô do carro e olho para a estrada, não moro muito acima da montanha mais ainda é uma boa subida sozinha e uma longa descida até a cidade. Abraço minha barriga que está enorme.

Oh Deus, o que vou fazer?

Então uma camionete para ao meu lado levanto logo, minha arma está no carro o que dificulta se acontecer algo desagradável. A porta se abre e um homem de cabelos grisalhos sai do carro, ele é alto e deve está na faixa dos quarenta anos. Sua fisionomia é forte e uma tatuagem cobre seu braço direito, então a outra porta abre e sai uma mulher de cabelos loiros com um sorriso simpático no rosto. Mesmo assim não abaixo minha guarda, não importa se é homem ou mulher ambos podem fazer o mal. Uma coisa na qual eu aprendi muito bem.

— Oi? — A mulher diz. — Podemos ver que seu carro deve estar com algum problema, deseja ajuda? — ela olha para minha barriga debaixo de uma camisa larga.

— Ele parou. — Digo meio relutante, realmente preciso de ajudar. — Não entendo muito de carro, então não sei qual problema.

— Eu posso dá uma olhada, não sou mecânico, mas posso pelo menos identificar o problema. — Aceno e ele se aproxima lentamente percebendo que estou na defensiva.

Ele abre o capô do carro e começa a mexer. A mulher loira se aproxima, dando para perceber que é um pouco mais alta do que eu.

— Eu sou Courtney Lawrence. — Ela estende a mão. — E Você?

— Laila Williams. — Aperto sua mão.

— Aquele é meu marido Shawn Lawrence. — Aponta para o homem que está olhando o meu carro. — Aonde você mora?

Aperto meus lábios, não quero que ninguém saiba aonde moro, mas eu teria que pegar carona com eles e descobririam mesmo assim.

— Eu moro na última casa depois da curva de retorno. — Eu saio da estrada para seguir pela trilha de terra.

— Ah, então você é a nova moradora. — Ela disse animada. Confirmo, fico olhando para o homem debruçado sobre o capo aberto do meu carro que não parece nada feliz. — Moramos um pouco antes, meu marido é ex-fuzileiro, então ele evita todo tipo de movimentação da cidade. — Ela sussurra. — Ele parece ranzinza, mas é um amor.

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