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N/A: Gente, esse capítulo tá menorzinho, mas eu queria tanto fazer um só assim, para mostrar essa cena em particular, porque é uma das minhas partes favoritas de todos os tempos. Aproveitemm.

PS: Tentem achar um erro nessa fanart da mídia e falhem miseravelmente.

e u s o u g a y

Draco não sabia o quão importante Harry era para ele até que o menino começou a o ignorar. Era como se algo tão importante estivesse faltando na sua vida. Ele olhava para o lado para fazer um comentário que apenas o moreno iria entender, mas ele não estava lá. Toda vez que tentava conversar, o outro menino apenas o olhava irritado e se afastava. Ele entendia, de verdade, então manteve sua distância.

Ele não gostava de ficar na sala comunal. O clima era sempre estranho agora, com Harry ignorando ele, Blaise e Pansy. Ron escolheu permanecer ao lado do menino, enquanto Hermione estava se mantendo neutra, tentando amenizar a situação dos dois lados. Mas ela não podia ajudar quando não estava lá, por isso Draco evitava ficar muito tempo na sala comunal.

E é por esse motivo que ele se encontra na sala precisa depois do toque de recolher um dia antes . Gostava de ficar ali sozinho, já que ninguém iria incomodá-lo. Esse lugar não havia sido descoberto ainda, e Draco não tinha pressa para mudar isso.

Ele espera até ter certeza que todos estão dormindo antes de sair. Caminha silenciosamente pelos corredores, acostumado demais com a escola para precisar usar Lumos. Draco trava, porém, ao ver uma luz a uma certa distância, saindo de uma varinha e iluminando um rosto familiar.

Draco permanece próximo às paredes, em silêncio absoluto, assistindo quando professor Lupin se aproxima de um dos quadros no corredor, que resmunga sobre ser acordado no meio da madrugada. O professor o ignora e afasta o quadro da parede. Ele não consegue ver o que estava ali, mas parece afetar Lupin imensamente.

O sonserino nota os ombros do professor tremerem levemente, e nota que o homem estava chorando. Lupin abaixa a cabeça, murmurando algo baixo demais para Draco escutar. Ele observa a parede por alguns longos minutos antes, uma expressão triste em seu rosto, seus olhos cheios de lágrimas. O professor suspira, deixa o quadro de volta no lugar e se afasta.

O loiro espera a luz da varinha de Lupin desaparecer pelo corredor e fica parado por mais alguns segundos. Então, lançando seu próprio Lumus, ele se aproxima do quadro.

"De novo? Vocês adoram me incomodar." O homem da pintura resmunga, mas Draco o ignora e expõe a parede atrás dele.

Haviam palavras cravadas ali. Padfoot quer que Moony saiba que ele é extraordinariamente lindo.

O loiro passa a mão pelas letras. Moony. Pela reação de Lupin, e por seu estado de licantropia, não é difícil notar que era uma espécie de apelido para ele. Mas quem diabos é Padfoot. Um amigo? Não... Um amante provavelmente.

Ele ilumina as palavras mais embaixo. Moony quer que Padfoot saiba que ele está danificando propriedade escolar.

Prongs quer que Moony e Padfoot saibam que vocês são tão adoráveis que estou quase vomitando arco-íris.

Prongs? Um amigo. Então Lupin é obviamente Moony. Quem eram esses outros? Pelo que Draco sabia, o professor era amigo de Sirius Black e James Potter. Peter Pettigrew parecia ser amigo deles também. É possível que eles sejam Prongs e Padfoot?

As próximas palavras fazem Draco travar. Wormtail quer que todos saibam que ele concorda com Prongs.

Wormtail. Draco conhecia esse nome, claro que conhecia. Ele viu seu corpo morto, estrangulado por sua própria mão. Era uma das suas memórias mais claras, naquele dia. O dia em que ele mentiu, desesperado para que Harry saísse vivo. Seu rosto estava danificado quando chegou na Mansão Malfoy, mas seus olhos... Draco nunca iria se enganar com aqueles olhos.

Draco Black e o Prisioneiro de AzkabanOnde histórias criam vida. Descubra agora