Draco Black e o Prisioneiro de Azkaban

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m a l d i t a    g a l i n h a

Astoria definitivamente não gostava de Blaise nem um pouquinho. O segundo fora do menino foi no café da manhã do dia seguinte. Ele não sentou ao lado dela nem mesmo por dois minutos antes de voltar para perto de seus amigos com uma expressão emburrada. Ele parecia ainda mais determinado, porém, e Draco estava começando a temer pela sonserina do primeiro ano.

Ele acabou tendo sua mente arrancada da vida romântica de seu melhor amigo quando eles tiveram que partir para Adivinhação. Ele dividia com Pansy e Harry, e os três sentaram na mesma mesa depois de finalmente encontrar um minúsculo patamar onde deveria ser a sala - eles passaram um bom tempo procurando o lugar. Outros alunos já esperavam ali, parecendo levemente perdidos.

"Professora Sibila Trelawney." Pansy murmura, olhando para cima, e os meninos seguem seu olhar para encontrar um alçapão circular no teto, com uma placa de latão. "Como exatamente vamos..."

Antes que ela termine sua pergunta, o alçapão se abriu inesperadamente, uma escada prateada descendo aos seus pés. Todos se calaram.

"Primeiro os mais novos." Draco indica, fazendo o moreno rolar os olhos, mas subir a escada. Ele e Pansy sobem logo depois.

Chegou à sala de aula mais esquisita que já vira. Na realidade, sequer parecia uma sala de aula, e, sim, uma cruza de sótão com salão de chá antigo. Havia, no mínimo, vinte mesinhas circulares juntas ali, rodeadas por cadeiras forradas de chintz e pequenos pufes estufados. O ambiente era iluminado por uma fraca luz avermelhada; as cortinas às janelas estavam fechadas e os vários abajures, cobertos com xales vermelho-escuros. O calor sufocava e a lareira acesa sob um console cheio de objetos desprendia um perfume denso, enjoativo e doce ao aquecer uma grande chaleira de cobre. As prateleiras em torno das paredes circulares estavam cheias de penas empoeiradas, tocos de velas, baralhos de cartas em tiras, incontáveis bolas de cristal e uma imensa coleção de xícaras de chá.

Uma voz saiu subitamente das sombras, uma voz suave, meio etérea. "Sejam bem-vindos. Que bom ver vocês no mundo físico, finalmente."

A impressão imediata de Draco foi a de estar vendo um enorme inseto cintilante. A Prof a Sibila Trelawney saiu das sombras e, à luz da lareira, os garotos viram que era muito magra; uns óculos imensos aumentavam seus olhos várias vezes, e ela vestia um xale diáfano, salpicado de lantejoulas. Em volta do pescoço fino, usava inúmeras correntes e colares de contas, e seus braços e mãos estavam cobertos de pulseiras e anéis.

Ele e Pansy encontram o olhar um do outro. Mundo físico? gesticula, e ele dá de ombros.

"Sentem-se, crianças, sentem-se." Disse, e todos subiram desajeitados nas cadeiras ou se afundaram nos pufes. Harry, Draco e Pans se sentaram a uma mesa redonda. "Bem-vindos à aula de Adivinhação." Disse a professora, que se acomodara em uma bergère diante da lareira. "Sou a Prof a Sibila Trelawney. Talvez vocês nunca tenham me visto antes, acho que me misturar com frequência à roda-viva da escola principal anuvia minha visão interior."

Draco não se lembrava dessa mulher, mas não precisava de suas memórias para poder instantaneamente dizer que ela era louca. A professora rearrumou delicadamente o xale e continuou:

"Então vocês optaram por estudar Adivinhação, a mais difícil das artes mágicas. Devo alertá-los logo de início que se não possuírem clarividência, terei muito pouco a ensinar a vocês. Os livros só podem levá-los até certo ponto neste campo..." Ele se arrependeu de ter feito essa aula. Já havia visto pessoas com clarividência antes, e não era assim que funcionava.

"Hermione ficará aterrorizada." Harry sussurra, e Pans e Draco reprimem sorrisos. Era provavelmente verdade.

"Muitos bruxos e bruxas, embora talentosos para ruídos, cheiros e desaparecimentos instantâneos, permanecem, ainda assim, incapazes de penetrar nos mistérios do futuro." A Prof a Sibila continuou a falar, seus enormes olhos brilhantes iam de um rosto nervoso a outro. "É um dom concedido a poucos. Você, menina." Disse ela de repente a Daphne, que apenas arqueou uma sobrancelha. "Sua avó vai bem?"