CAPÍTULO 21

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Thur on

A Maduh estava demorando então fui atrás dela, não achei então fui no quarto do Lzinn talvez ele soubesse onde ela estivesse

- posso entrar?- falo após bater na porta

- é... entra- eu entro e a Maduh tá deitada na cama vermelha e aparentava está com falta de ar  e o Lzinn conversando com alguém no celular dela

- oque aconteceu?- pergunto desesperado indo até ela e colocando sua cabeça em minha perna após sentar ao seu lado

-nada demais, desculpa deixar você esperando- fala com certa dificuldade por conta da falta de ar

-nada demais? Tu tá passando mal- ouço a voz do primo dela através do telefone

-consegui falar com ela, ela tava banhando a Clarinha- vejo a Maduh aos poucos ir se acalmando

- valeu Kadu

Call off

-então? Agora vão me contar oque aconteceu ou vão continuar dizendo que está tudo bem?

-não cabe a mim falar nada- Lzinn se levanta e vai até a porta- conversem ai

-quando quiser- falei olhando pra ela que respira fundo e se senta

- quando fui morar com minha mãe, o marido dela tentou me estrupar ou sei la oque ele queria fazer mas me tocou, se é que me entende- afirmo com a cabeça  perplexo- falei pra minha mãe e ela meio que não acreditou, mas acho que ele ameaçava ela porque ela vivia com hematomas.  Eu vivia falando pra ela denuaciar e pedir medidas protetivas mas ela nunca fez e esse o nosso maior motivo de brigas.

-porque você nunca denuciou?

- minha mãe também seria presa, ela ficaria como cúmplice por saber e não denunciar- afirmo- e eu não queria isso, porque ela também era uma vítima, enfim, entrei em depressão emagreci muito,  tenho crises graves de ansiedade, por isso e também pela insegurança que criei com tudo isso- vejos seus olhos se encheram de água e a puxo pra um abraço

- to aqui contigo

- tenho medo que ele tente algo contra a Ana Clara também. Eu não fui forte o suficiente para ficar lá  e defender ela dele, não tenho valor algum se não puder defender minha pequena daquele monstro  e eu não posso pegar a guarda dela por seu menor de idade- ela começa a chorar- eu já  estava à alguns dias sem notícias delas então a hora que eu sai liguei pra falar com ela e minha mãe não atendia de jeito nenhum, ai liguei pro meu primo e ele também não tinha notícias e foi ai que eu comecei a ter o ataque de ansiedade- soluça por conta do choro- fiz tratamento psicológico pra saber lidar com isso, mas ainda não me acostumei

-não  se sinta assim, você foi, e é muito guerreira... agora eu tô aqui contigo,  se eu pudesse voltaria no passado e nunca te deixaria ir para não te ver sofrer meu bem- faço cafuné nela- porque eu te amo do jeitinho que você é.... - ela se aconchega mais em mim

-te amo- fala entre meio a soluços, continuo a fazer cafuné nela até ela dorme. Observei seus braços e vi que estavam com marcas recentes de cortes, ela se cortava....

- quando você se fere eu não enxergo...- passo a mão de leve pelos traços- o tempo cura, mais dessa vez pode ser que não.  É uma ferida muito profunda que foi aberta cada vez mais com ações...- ela dormia tão serenamente em meu colo, enquanto eu conversava com ela- tem algo que eu possa fazer pra curar seu coração, se ao menos eu soubesse a solução. Porque eu faria o possível e o impossível para te ter feliz sem essas marcas do seu passado- aliso suas bochecha vermelha por conta do choro- Não aguento te ver se sentir sem valor...

You♡| 1°TemporadaOnde histórias criam vida. Descubra agora