CAPÍTULO 03

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Maduh on

Acordo com minha mãe me chamando, olho pela janela e vejo que ainda estava amanhecendo.

-faz suas higienes  ai, que eu vou descer com suas malas- apenas assenti e me levantei indo para o banheiro.

Não quero ir, mas como estou sendo obrigada, queria ao menos me despedir do Arthur.... faço minhas higienes matinal e desço.

Vejo minha mãe chorando, sei que ela ama meu pai, mais se isso está acontecendo tem que ter algum motivo. Vou até ela e á abraço, depois de um tempo naquele abraço nos separamos e fomos em direção ao carro. Eu chorei, chorei com um bebê recém-nascido. Não queria deixar meu pai e muito menos o Arthur. Chorava que chegava à soluçar, depois de um tempo eu dormi.

*

Acordo com minha mãe me chamando

-vamos almoçar- assenti e sai do carro, porém estava sem fome, mas era bom esticar as pernas.

-para onde vamos?- perguntei me sentando de frente para ela em um restaurante de beira de estrada

-casa da sua avó em BH- assenti e fiquei pensando em como seria lá, se faria novos amigos ou até mesmo se veria Arthur novamente.

Depois que almoçamos voltamos para a estrada, foi assim até anoitecer, paramos para dormir em um hotel na divisa do Paraná com São Paulo.

Entrei no quarto e já fui logo pegando minha roupa  para banhar, me despi e entrei embaixo do chuveiro, em meio as gotas de água deixei cair algumas lágrimas.

*

Acordo e vejo que minha mãe ainda estava dormindo, mas logo acorda também. Nos arrumamos e descemos pagando à diária, e voltamos para a estrada.

- acho que hoje conseguimos chegar- assenti, e acabei revirando os olhos. Teria praticamente que atravessar São Paulo inteiro para chegar em BH , mais não iria questionar.

Para passar tempo fui lembrar dos meus bons momentos, bom... acho que não foi uma boa idéia.

Acabei chorando baixinho, se for levar conta que 95% dos meus momentos foram ao lado do Arthur é difícil... em um surto de coragem perguntei para minha mãe

- porquê? Porquê estou sendo obrigada à ir com você?- falei um pouco alterada

-primeiramente olha como você fala comigo, e outra porque não quero te deixar com seu pai

-não é você que escolhe- falei revoltada- sei que vocês viviam brigando, mas não era motivo para você me afastar dele e do Arthur indo paro outro estado.

-não vou discutir contigo Maria Eduarda- ficamos assim, em silêncio.

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