Capitulo III

24 2 0
                                    

Acordei com um ruído vindo da cozinha , então levantei-me e fui até lá. Quando cheguei, reparei que estava uma pedra no chão da cozinha com um papel atado então agarrei tirei-o de lá e voltei para o meu quarto, tentando fazer o mínimo barulho possível para não acordar ninguém, mas quando cheguei reparei que Riera já estava acordada. Assim que me viu, sorriu e disse-me bom dia.

— Bom dia, desculpa se te acordei — respondi.

— Não foste tu, ouvi um barulho e quando acordei não estavas aqui, então fiquei com um pouco de medo de que elu te tivesse levado — explicou ela.

— Ah, ok, eu também acordei com um barulho, por isso é que não estava aqui — disse eu.

— Chegaste a descubrir o que era o barulho? — perguntou Riera.

— Sim. Alguém atirou uma pedra pela janela da cozinha e tinha lá este papel atado — expliquei, entregando-lhe o papel.

Acendi o candeeiro e quando o desdobrei descobri que tinha lá uma imagem e uma frase: "Então, tens-te portado bem?".

Acendi o candeeiro e quando o desdobrei descobri que tinha lá uma imagem e uma frase: "Então, tens-te portado bem?"

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Assim que vi a fotografia fiquei imediatamente envergonhada e com medo. Após alguns instantes a processar, passei o papel a Riera, que ficou ainda mais envergonhada que eu, mas com tanto medo quanto. Quando olhámos para o relógio e vimos que horas eram, fomos vestir-nos. Emprestei-lhe uma sweater dos Nirvana e umas calças rasgadas, eu vesti também umas calças rasgadas e uma sweater a dizer "Rock n' Roll", depois disso fomos comer e dirigimo-nos para a paragem. Quando chegamos à escola entrámos na sala e esperámos pela professora.

Quando esta chegou vinha acompanhada do policia do dia anterior. Quando entrou, perguntou por mim e por Riera, que nos levantámos e dirigimos à saída acompanhadas de mais dois policias até ao carro. Quando chegamos à esquadra fomos para uma pequena sala e o agente pediu-nos os telemóveis. Quando lhos entregamos, ele pô-los dentro de uma caixa fora da divisão e nós ficámos sem entender nada.

— Bom dia, devem estar a perguntar-se o que está a acontecer, então vou explicar-vos.

— Ok — dizemos em coro.

— Passo a explicar: é preferível que os vossos telemóveis fiquem fora desta sala porque se elu conseguiu que quando ligaste para o 112 a chamada fosse parar a elu, então o teu telemóvel deve estar sob escuta para elu ouvir as tuas conversas — disse ele — Agora uma pergunta, aconteceu algo estranho desde ontem?

— Sim — digo — aconteceu.

— Ontem, quando nos deixou em casa da Sofia, correu tudo bem, mas hoje de manhã acordámos com um barulho vindo da cozinha e a Sofia foi ver o que era. Quando voltou tinha um papel com uma fotografia nossa a dormir e a frase "Então, tens-te portado bem?". Se quiser tenho-o aqui no bolso — explicou Riera.

— Sim, quero. Pode ser que tenha deixado impressões digitais e assim seria mais fácil identificá-lu. Estamos a investigar o caso e por isso preciso de saber onde estiveram à cinco dias a trás. Sei que estavam nas ferias de verão porque a vossa escola só começou à três dias.

— De manhã fiquei em casa a arrumar as minhas coisas porque mudei de casa e de tarde fomos à praia — informei eu.

— Qual foi a razão de te teres mudado? — perguntou o agente.

Ao que eu respondi:

— Assim que eu e o meu nos assumimos homossexuais a minha mãe começou a querer bater-nos e expulsar-nos de casa e o meu pai teve a chance de pedir o divorcio. Quando fomos a tribunal o juiz perguntou-nos com quem queríamos ficar e todos respondemos que queríamos ficar com o meu pai e mudámos de casa. A minha mãe está a fazer trabalho voluntário.

— Hum, ok. Escreve-me aqui o nome da tua família — disse ele estendendo-me um bloco de notas.

Quando comecei a escrever, Riera começou também a falar:

— Eu também mudei de casa, mas fiquei o dia todo a assistir anime.

— Ok, então preciso que me provem que estiveram a fazer o que me disseram.

Assim que acabo de escrever entrego-lhe o papel que diz: "Marco, Joana (namorada do Marco), Eduardo, Lucas (namorado do Edu) e Pedro (o meu pai)".

Logo em seguida, o agente fez um sinal qualquer com a mão e outro agente entrou na sala com uma caixa da qual retirou os nossos telemóveis e pô-los em cima da mesa. Assim os pousa, diz-nos:

— Entrem nas aplicações que utilizaram e mostrem-me.

Apenas acenámos afirmativamente e uns minutos depois mostrámos os telemóveis. Depois disso saímos da sala e voltámos para a escola.

1ª história - O homicídioOnde histórias criam vida. Descubra agora