Nejiten: E Se... [Conto]

Capítulo Sexto

Himawari despertou o Byakugan e agora eu e Hinata temos treinado ela. Alternamos os turnos visto que eu fico ocupado com o trabalho. Treino ela sempre que posso e ela nem reclama o fato de ter de conciliar treinos diferentes com mestres diferentes em horários e situações diferentes.

Na verdade ela fica radiante quando a vou treinar. Himawari é absurdamente poderosa. Ela tem potencial. Muito potencial que precisa dominar para se fortalecer. E eu vou ajudá-la com o que puder.

Fim do dia é cansativo principalmente se vem acompanhado de uma missão nível A. Termino o relatório e o entrego a Shikamaru que mais tarde passará ao Nonadaime.

- Bom trabalho Neji - conclui satisfeito - Pode ir, está dispensado.

- Certo - saio do escritório do Nanadaime e sigo correndo para casa. Já eram dez da noite quando cheguei, as luzes estavam todas apagadas e os amores da minha vida dormindo por isso apenas subo, tomo banho e vou me deitar.

Algo que considero maravilhoso em mim não demoro pegar no sono, quando estou cansado pior ainda. Porém, isso também tem o seu lado negativo que é o facto de que eu acordo na mesma velocidade que durmo. Tenho sono muito leve, muitíssimo leve por isso quando estou chateado ou desconfiado não consigo nem piscar direito.

Já quentinho, acomodado e pronto para cair no quinquagésimo sono Tenten começa a se remexer do meu lado o que me faz bufar em descontentamento.

- Tenten para com isso, estou tentando dormir - peço me ajeitando. Ela continua - Tenten, fala sério... - cada vez mais que eu peço mais ela se remexe. Me viro pronto para brigar com ela e me deparo com Tenten mexendo os braços como se estivesse abanando alguém no sonho. A tento acordar e ela se torna mais agressiva.
Agarro ela pelos ombros para que não se magoe.

- Não... - assusta no sonho - Neji é você? É mesmo você - questiona com a voz embargada, franzo o cenho de preocupação.

- Sim Tenten sou eu, estou de volta - incrédula me abraça e aperta forte como se quisesse confirmar não está alucinando ou coisa do tipo - Tenten... Meus ossos... - brigo, ela acorda para a vida se desculpando em seguida.

- Me desculpe é que sonhei que cê estava morrendo... - comenta com dor e isso de certa forma me deixa incomodado.

- Foi só um sonho ruím - a corto - e eu não vou embora nem se você reúna todo pessoal contra mim - solto e ela ri fraco.

- Fiquei tão assustada - reinicia seu choro, abraço minha esposa a confortando e quando ela descansa solto sem pensar:

- Quando eu você morrer não chore, olho pro céu e sorria - faço carinho em seu cabelo, ela funga - Fique feliz que vou estar cuidando de vocês de uma outra dimensão, sei lá. Que eu vou finalmente descansar.

Fico com ela aconchegada em meus braços por um tempo até que ela se acalma totalmente. Daí decidimos nos deitar, ela apoia a cabeça em meu peito enquanto isso, passo meu braço por seus ombros a puxando para mais perto e deixo ela descansar ali. No auge da calmaria, pegando de sono somos interrompidos pela porta sendo aberta e uma pequena figura surge coçando o olho com a costas da mão.

- Mamãe, papai posso ficar com vocês? - pede Ryuu com a voz embriagada de sono - Não estou conseguindo dormir.

- Vem - com seus passos ainda curtos ela vem, se deita no meio da gente e resmunga algo antes de cair no sono - Amo vocês.

- Nos também papai - a do meio responde. E finalmente durmo.

[...]

- Acorda pai traíra, da onça - Keiko, a primogénita grita - Acorda logo ou vai se atrasar - nesse instante abro os olhos e a primeira coisa que vejo é uma garota linda e forte me encarando com o cenho franzido