Prólogo

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Por Uchiha Sasuke




A brisa gélida que soprava em Tóquio, tocou meu rosto fazendo um pequeno sorisso surgir em meus lábios. Levei o cigarro a minha boca e dei-lhe mais uma tragada, vendo a fumaça desaparecer no escuro da noite.



Escolher um apartamento no centro de Tóquio fora a melhor decisão que tomei, tendo uma visão privilegiada de toda a cidade e das pessoas vivendo suas vidas monótonas. Observar a cidade durante a noite virou um dos meus passatempos — talvez o favorito —


Saí da sacada fechando a porta. Sentei-me no sofá e levei minha mão esquerda até o controle, que se encontrava na mesa de centro. Liguei a televisão e coloquei no noticiário, sempre desde minha infância me interessei por notícias, principalmente sobre casos policias. Fora então que o espírito de detetive pairou sobre mim.


Dei a devida atenção ao noticiário, e pude ver e ouvir atentamente a uma notícia que deixou-me intrigado.


" Jovem de 25 anos é encontrado morto em sua casa, na pequena cidade de Konoha. Até agora as informações que temos é de que fora uma assassinato brutal. Voltaremos com mais informações."


Bingo. Esse seria o que me tiraria do imenso tédio recente. Levantei-me em passos largos e fui até meu quarto, onde se encontrava meu celular. Liguei o aparelho vendo várias notificações de Karin, minha companheira. Decidi ignorar e liguei para Obito.


Alô? — Ele falou do outro lado da linha.


— Viu o noticiário? O caso em Konoha. — Falei, ele ficou quieto por um tempo tentando lembrar se vira ou não.


Vi sim, aliás bem intrigante, por que a pergunta?


Quero assumir o caso. — Escutei-o exclamar algo surpreso.


Sasuke, esse caso está sendo investigado pela polícia local de Konoha, não temos nada haver com isso. — Falou com seu tom sério.


Você pode muito bem dar um jeito de me encaixar na investigação, sei que sua relação com o chefe da polícia de lá é extremamente boa, e você sabe que eu irei investigar com ou sem permissão. — Falei ouvindo-o bufar.



Irei conversar com Kakashi, e desde já deixo claro, que se você fizer qualquer coisa que prejudique o departamento, eu serei obrigado a lhe demitir, primo. — Ele desligou.



Sorri minimamente ajeitando indo ajeitar minhas malas, irei solucionar esse caso, assim como todos os outros.





♪♪♪




Nunca fui de conversar tanto com as pessoas, mas sim de observa-las. Como se comportam e reagem. Tudo isso sempre deixou-me fascinado. Nós seres humanos em conjunto, somos diferentes do que somos sozinhos, nossos pensamentos e falas são alterados para que assim nos encaixemos no padrão.


Meu pai sempre dizia que eu nunca iria para frente sendo estranho, como ele me entitulava. Comecei então a me afastar da minha família e desde então vivo sozinho.


Andei até a sala de Obito sendo observado por alguns policias, outrora por algumas mulheres. Tsc que irritantes. Entrei na sala vendo-o sentado analisando papéis visivelmente cansado.



— Bom dia, por que tenho a honra de receber sua visita? — Debochou sem desviar a atenção dos papéis em suas mãos.


— Informou o Hatake? — Ele suspirou pausadamente largando os papéis na mesa. Ele levou aos mãos até a suas têmporas e as massageou mordiscando o lábio inferior.



Obito mantinha-se calado. Cruzei os braços esperando uma resposta.


— Ele autorizou sua participação, com tanto que você se controle, Konoha é uma cidade pequena, onde todos se conhecem e os cidadãos estão chocados e com medo. Pelo o que parece a vítima era bastante querida por lá.



Cidade pequena... É sempre um problema.



— Hum, irei hoje mesmo. Com licença. — Girei meus calcanhares indo até a porta. Parei de andar quando escutei a voz de Obito.



— Faça jûs ao sobrenome Uchiha, priminho. — Sorri ladino e rumei até meu carro.



♪♪♪



5 longas horas de viagem até que pude ver uma placa com o nome da cidade. Finalmente eu havia chego. Pude ver uma pequena cabana um pouco distante de onde eu me encontrava. Dirigi até lá e desci do carro, vendo uma mulher com cabelos um tanto quanto roxos encarando-me friamente.


— Com licença, a senhora poderia informar-me como eu chego até o centro da cidade? — Perguntei-lhe analisando-na.


Ela trajava-se de um vestido estampado com flores nativas do interior do Japão, suas feições eram desleixadas, brincos gigantescos e cordões de conchas deixavam-na ainda mais estranha. Definitivamente está mulher não era provida de beleza natural.



— Quem deseja saber? — Sua voz arrastada causou-me uma péssima sensação.


— Sou um turista, queria conhecer a cidade. — Menti, não havia necessidade alguma desta mulher saber sobre o que eu realmente estava fazendo ali.


— Tenha cuidado meu jovem, esta cidade não é o que aparenta. De qualquer modo apenas siga reto e vire a primeira estrada a direita.



" Não é o que aparenta?" — Pensei forçando um sorriso simpático.


— Agradeço, senhora....?


— Anko. — Irei investigar esta mulher, alguma coisa me diz que ela sabe sobre esse assassinato.



— Fico agradecido, Anko.




♪♪♪



Kakashi Hatake, um policial extremamente competente e famoso por manter essa cidade livre de crimes, caminhava batendo os pés, suas mãos passeavam pelos cabelos platinados puxando-os.


Para que tanto nervosismo? Era apenas um jovem, morto com exatamente 56 facadas, tendo seu coração arrancado, e sendo deixando amarrado por uma corda de cabeça para baixo. O que esse jovem fez para ser morto tão cruelmente?







Cheguei nessa bagaça. A fic será longa gente uhul. Lembrando que o Sasuke não tem muita empatia, então por muitas vezes ele será frio e calculista Kksksks, 😝😝




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