Tóquio

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O sorriso doce estava presente em seus lábios levemente rosados, e seu olhar caiu sobre mim de forma amável, transmitindo doçura. Hinata não havia mudado absolutamente nada, desde a última vez que eu a tinha visto. Eu jamais pensei que a veria novamente, muito menos nestas condições, um tanto complicadas. Foquei minha atenção ao Nara, esse que estava perdido com o que estava acontecendo no local. Eu não deveria explicar nada, não devo satisfações a ninguém além de mim mesmo, entretanto, o homem preguiçoso vem me ajudando mais do que devia, e com isso acho que não faz mal dar detalhes sobre minha vida pessoal.

— Hinata, Detetive, é uma velha conhecida. A conheci pela imensa amizade dela com meu irmão — expliquei de forma clara, fechando a porta.

Anuiu em entendimento, com isso voltando sua atenção para a Hyuuga. Shikamaru analisou a mulher ainda com desconfiança, era nítido em seus olhos que ele ainda estava curioso sobre nossa relação, e como não era enxerido, preferiu não perguntar mais sobre. Deixei um suspiro arrastado e mordi a parte interna de minha bochecha, pensando se eu deveria ou não convidá-la para tomar um café. Eu tinha consciência que sua família morava aqui, e talvez, ela soubesse de algo. Será que ela conhecia Sakura? Se eu perguntasse agora ela poderia ter uma visão errada sobre o que está acontecendo, e com isso, decidi me manter em silêncio.

— Voltou para ficar, Hina? — perguntei com uma indiferença forçada. 

— Ainda não sei, vai depender de várias coisas — respondeu ainda sorrindo — Meu pai quis reunir a família, e como sou sua única filha, minha presença é indispensável — o sorriso em seus lábios murchou gradativamente, e seus olhos claros se desviaram dos meus.

— Ah! Entendo.

— Me passa seu número? Acabei perdendo com o tempo — falou pegando o celular na bolsa, que deveria ser mais cara que meu carro. 

Passei o número para ela, ainda sentindo a desconfiança de Shikamaru inundar o ar. Não o julgo, Hyuugas podem ser muito perigosos, mas ela não. Hinata era um ser desprovido de maldade. Lembrei do interrogatório complicado, e me despedi dos presentes voltando à sala, onde o estressadinho me esperava. Passei pela porta a fechando em um baque. Sentei na cadeira novamente, adotando uma postura mais agressiva. Percebi que com Kakuzu eu não poderia dar mole.

Seus olhos estavam vermelhos, o que me deu a oportunidade perfeita para provocá-lo. Maconha, era claro que esse homem era usuário de alguma coisa, mas agora, essa descoberta me deixa com uma dúvida. Será que Sasori também estava envolvido nisso? Ele já teria fumado junto aos amigos? Foco Sasuke, foco. Olhei para ele com mais afinco, escutando seu estalar de língua, agastado por conta de minha apuração em suas ações e gestos.

— Você fuma, correto? — a pergunta soou pela sala, sendo absorvida por ele de forma sarcástica. — Drogas ilícitas… quatro anos de cadeia. Um ultraje, não acha?

— Eu entendi a sua, branquelo. Me prenda, bata, faça o que quiser. Eu não ligo, e completo dizendo que tudo isso seria um favor.

Como eu imaginava, mesmo demonstrando de uma forma diferente, Kakuzu também está sendo consumido pelo mesmo sentimento que Hidan. A culpa. Batuquei meus dedos na mesa, buscando por mais informações sobre o caso. Lembrei novamente do molho de chaves, e resolvi perguntar a ele sobre o objeto.

— É do apartamento dele, em Tóquio. Todas as merdas que vocês não conseguiram achar aqui, estão lá. Ele vivia indo para Tóquio, passava somente o final de semana aqui.

— Sasori tinha inimigos?

— Não.

— Você sabia do caso dele com Deidara?

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⏰ Última atualização: Jun 17, 2021 ⏰

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