Capítulo 15

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Christian

Me cortava o coração ver os olhos de Ana tão triste por isso mesmo me ofereci para a levar até onde a amiga estava para que se pudesse despedir.

Antes de iniciarmos a nossa viagem Ana me pediu para passar por casa dela e assim o fiz. Ela entrou na mansão Steele a correr e quando saiu trazia consigo uma pequena sacola. Dei partida no carro e fizemos uma boa parte da viagem em completo silêncio. Era visível o quanto Ana estava a sofrer por isso resolvi puxar assunto.

— Essa Jane. Ela era mesmo importante para você? — perguntei e senti o olhar de Ana sobre mim

— Ela era quase uma irmã. — respondeu com um sorriso triste — Nós passávamos tanto tempo juntas que tinha vezes que Mia e Kate sentiam ciúmes.

— Ela foi morta por causa do segredo que você esconde? — me vi a perguntar, mas então acrescentei — Não precisa responder se não quiser.

— Jane era parte envolvida. — respondeu Ana me surpreendendo — Me custa pensar que nunca mais a verei ou até mesmo conversarei com ela. É certo que estávamos separadas para garantir a nossa segurança, mas ainda assim sabia que estava tudo bem com ela. Agora tudo mudou.

— Quando e se quiser contar o que esconde pode conversar comigo, Ana. — disse tocando na sua mão e ela me olhou com um brilho nos olhos

— Obrigada. — disse ela — E obrigada por me levar até ela, mas ainda assim não irei te colocar em perigo.

Ana se soltou do meu toque e abriu a sacola que havia trazido de casa colocando nos cabelos uma peruca ruiva e uns óculos que lhe davam uma aparência um pouco diferente da habitual.

— Tem mesmo de ir disfarçada? — perguntei e ela assentiu — Prefiro você morena. — me saiu naturalmente e ela sorriu

— Dean também. — disse ela e fechei a cara

— Onde esse cara entra nesta história? — quis saber porque por mais protetor que ele parecesse com Ana eu não tinha ido com a cara dele.

— Ele e Sam são policiais. — respondeu Ana me olhando — Eles têm o dever de me manter segura e são também bons amigos. — ergui uma sobrancelha mas decidi não dizer nada

Estacionei o carro em frente a morada que Ana me havia passado e pude ver que já existia algum movimento. Várias pessoas vestidas de preto e carregando coroas de flores entravam na casa e quando olhei para Ana vi uma lágrima correr pelo rosto dela. Segurei na sua mão e ela me olhou.

— Se perguntarem de onde conhecemos Jane diga que é de Los Angeles. Jamais refira Mystic Falls. — me avisou Ana e concordei

Saímos do carro e antes de entrar na casa Ana ficou um bom tempo parada olhando para uma das janelas. Entrelacei as nossas mãos para lhe dar força e fomos caminhando lentamente para dentro da casa.

Dentro de mim existia uma batalha de sentimentos como nunca antes... tudo que mais queria era abraçar Ana e protege-la de tudo e de todos. Vê-la chorar estava a acabar comigo de uma forma nunca antes vista.

Ainda de mãos dadas entramos na sala da casa e uma jovem veio nos rececionar e como Ana havia pedido disse que conhecíamos Jane de Los Angeles e depois de dar-mos os nossos sentimentos ela nos mandou estar a vontade.

A minha intenção era ir para o local onde estava o corpo de Jane, mas Ana me puxou no sentido contrário. Não entendi e ela disse sem som "a mãe de Jane" e entendi que se ficássemos de frente com a senhora o disfarce de Ana seria descoberto.

Subimos as escadas e depois de caminhar um pouco no corredor Ana abriu uma das portas. Era um quarto e fiquei espantado a ver tantas fotos de Ana com uma outra garota que devia ser a tal Jane.

Loucos Por ElasOnde histórias criam vida. Descubra agora