Eu sou uma Semi-o quê?

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Você já teve um dia estranho? Sinceramente, eu acho que este foi o dia mais estranho que eu tive e terei na minha vida.

Primeiro, eu descubro que Drake, meu melhor amigo desde o Jardim de Infância sempre foi apaixonado por mim – e não por Melissa – depois, um ciclope (seja lá o que isso for) nos persegue e nos faz acreditar que meu pai tinha sido sequestrado.

E o prêmio de Dia Mais Estranhos de Todos vai para... Merida Watherfield.

– Graças à Deus chegamos. – Drake estava ofegando de tanto correr. –

Estávamos parados na varanda da minha casa. Minhas pernas estavam duras e cansadas, tudo o que eu queria naquele momento era gelo.

Nós estávamos mortos, suados e cansados. Não estávamos nem aguentando ficar de pé. Quando eu estava prestes a abrir a porta, eu vi um vulto atrás da árvore no quintal.

– Drake, olhe – eu o puxei pela manga da camisa –

– O que foi, Meri?

– Tem alguém atrás daquela árvore.

Drake assentiu sem eu precisar dizer mais uma palavra.

– Fique aqui. – disse Drake indo em direção a árvore.

Fiquei observando, até escutar um grito assustado de Drake.

– Drake? – gritei enquanto corria até ele.

Ao chegar, vi Drake e mais uma pessoa. Parecia ser um jovem, apesar do escuro eu pude observar sua pele clara e seu cabelo liso e preto caindo de seu boné. Ele estava com uma camisa laranja com algo escrito que eu não conseguia ler, ele usava all-star e jeans. Parecia um garoto normal do primeiro ano.

– Santo Zeus, você me assustou, cara! – disse o garoto.

– Meri, o que está fazendo aqui? Eu disse para me esperar!

– Eu ouvi você gritar, achei que estava em perigo.

Drake franziu a testa.

– Não fui eu que gritei, foi ele. – Ele apontou para o garoto.

– Eu não gritaria se você não aparecesse do nada e tivesse me assustado. – ele revirou os olhos.

– Quem é você? Com certeza você não é da nossa escola.

– Eu garanto que não sou daqui e nem da escola de vocês.

– Ei, espere aí... – disse Drake – O que você estava fazendo atrás da árvore?

– Observando vocês, é claro! – ele sorriu como se estivesse orgulhoso.

– Mas... por quê? – eu perguntei.

– Meri? Você está aí? – era meu pai.

– Papai? – eu sorri e saí correndo em sua direção.

Dei-lhe um abraço e observei os meninos vindo em nossa direção.

– Não acredito, papai. Você está bem! – lhe dei um beijo na bochecha – Ele não te machucou? – eu o soltei.

– Como assim "ele não te machucou"?

– Senhor Watherfield, podemos entrar? Precisamos contar algumas coisas. – Drake perguntou.

Meu pai assentiu.

– Quem é esse? – meu pai disse apontando para o menino estranho.

– Sou o protetor deles, senhor Watherfield.

A Filha de PoseidonOnde histórias criam vida. Descubra agora