A Filha de Poseidon

Papai pede socorro.

Finalmente a aula da senhora Leegan tinha terminado. Eu não via a hora de ir ao cinema com Drake depois da aula.

Drake, é meu melhor amigo desde o Jardim de Infância. Ele tinha uma quedinha por minha irmã desde a quinta série, quando Melissa deu um beijo na sua bochecha logo depois de dizer "Hey, Drake. Feliz Aniversário". Sim, eu sei. Muito idiota de da parte dele.

Mas mesmo assim, Drake era um dos meus únicos amigos. Além dele eu tinha Lana, mas ela trabalhava em uma mansão de um Senhor depois da escola.

– E aí, Meri. Pronta pro cinema? – disse Drake saindo da sala de aula.

– Claro, qual filme iremos assistir?

– Eu estava pensando em um filme que estreiou semana passada. Ele se chama "O Cruzeiro do Terror", ouvi dizer que é muito bom.

Revirei os olhos.

– Que nome patético... aposto que é um daqueles filmes clichês de terror.

Ele deu de ombros.

Drake me levou até em casa, enquanto ele seguia o caminho para a sua, eu vi um vulto por trás de uma árvore em meu quintal. Seja lá o que for que estava lá, deve ter corrido.

Entrei em casa e vi meu pai.

– Olá, papai. – dei-lhe um beijo na bochecha.

– Como foi a aula, querida?

– Entediante, eu confesso.

Demos uma breve risada.

– O que faz tão cedo em casa? – perguntei –

– Não tinha o que fazer no jardim hoje, então me deram folga o resto do dia.

– Ah, sim.

–  Meri, sua mãe e Melissa estão trabalhando, você quer dar uma volta com seu velho pai?

– Ah, não vai dar, papai. Eu e Drake vamos ao cinema daqui à uma hora.

– Você e Drake? Sozinhos? – ele franziu a testa – E Lana?

– Está trabalhando.

Ele suspirou.

– Olhe, Merida. Não é que eu não confie no Drake, mas é que está perigoso, me entende?

– Sim, papai. Mas eu terei cuidado.

– Me promete?

– Prometo.

Eu já estava me virando para subir a escada quando ele me chama novamente.

– Ei, Meri. Você e Drake... bom... vocês dois...

Eu entendi o que ele quis dizer.

– Namorados?! Claro que não, papai! Você se esqueceu que Drake gosta de Melissa?

Ele jogou sua cabeça para trás em sinal de sarcasmo e riu.

– Meri... – ele veio até mim – Só preste um pouco mais de atenção, o.k? – ele sorriu – Tenha um bom filme.

Eu não entendi bem o que ele quis dizer com "preste mais atenção". Ignorei e fui me arrumar.

Às 17:00 em ponto Drake tinha chegado. Nós fomos andando para o cinema, já que era o único nas redondezas, ele era bem perto.

– O que foi, Meri? – disse ele olhando para mim enquanto caminhávamos.

– Não é nada, é só algo que meu pai me disse.