Basta um olhar e estátua você se tornará.

2.1K 159 30
                                    

Você que está lendo este relato e que não acredita que seres  mitológicos não são tão mitológicos assim, só lhe digo um coisa: Sorte a sua!

Meu grito não foi exatamente de pavor e sim de surpresa. Algo me dizia que eu não devia olha pra criatura – e Todd também, porém, vi seu reflexo nos vidros e acreditem, era a...

– Medusa?! – Falei com espanto.
– Eu mesma, queridinha. – Ela deu uma risada maléfica.

– E nós duas somos Esteno e Euríale. – Responderam as que estavam atacando Drake.

– São as irmãs górgonas! – Gritou Todd atacando uma das irmãs em Drake com seu bastão. – Não olhe para Medusa, Merida! Não deixe ela te seduzir.

– Tudo bem, Todd! – Eu respondi.

– Saiam de cima de mim, suas idiotas! – Gritou Drake.

– Drake, eu já vou te ajudar! Só um minuto. – Falei tapando meus olhos.

– Não se preocupe comigo, Meri. Eu estou bem. – Drake respondeu.

Drake parecia um gato de rua que acabou de sair de uma briga de tão arranhado que estava.

Olhei novamente para os vidros e percebi a aparência da "mulher". Seus cabelos não eram fios e sim pequenas cobras que sibilavam sem parar. Medusa usava óculos escuro e seu rosto apesar de não ser delicado – e sim, rude. – era bonito. Ela vestia um longo vestido preto e usava diversos anéis em seus dedos.

– Chega de conversa tola, semideusa! Eu vim me vingar. – Disse Medusa.

– Me vingar? Mas o que eu te fiz, mulher? – Eu disse entre risadas.

Ouvi os passos de Medusa chegando perto de mim até que senti sua presença. As cobras de seus cabelos encostavam em meu rosto.

– Por dois motivos, tolinha: Por seu irmão ter me atacado há alguns anos e pelo seu pai, aquele traidor cafajeste! – Disse com os dentes cerrados.

– Meu pai? – Eu estava confusa até me lembrar que meu pai é Poseidon. – Ah, Poseidon... mas ainda sim, do que você está falando? – Eu já estava sentindo uma agonia com os olhos tapados, não sabia o que estava acontecendo ao meu redor.

– Há alguns anos, seu pai trocou Atena para ficar comigo. Tudo uma maravilha, se não fosse por aquele cafajeste ter me largado. Eu até hoje não o perdoei. E agora, vou descontar tudo o que Poseidon e sua cria me fizeram. Abra os olhos, criança. – Ela disse com uma voz macia.

A voz de Medusa era doce, macia e convidativa. Eu já estava quase abrindo os olhos quando me dei conta de que aquilo era uma armadilha e que ela (pelo menos, segundos os livros que li no Acampamento) iria me petrificar, mas Todd e Drake me alertavam:

– Merida, não abra os olhos! Nesse momento o metrô está próximo a um rio, eu sinto isso. Tente canalizar suas forças com a água. – Disse Todd.

– Mas... tem certeza de que posso fazer isso com rios? – Eu perguntei.

– Sim, seu irmão já fez isso diversas vezes. – Respondeu Todd.

E mais uma vez alguém me comparava com Percy Jackson...

– Você consegue, Meri! – Drake respondeu.

Eu abri os olhos e olhei para a porta do vagão. Ele havia acabado de chegar em uma estação e todas as portas estavam abertas.

– Pessoal, a porta abriu! Fujam! – Eu gritei.

Em um piscar de olhos, Drake, Todd e eu fugimos correndo das górgonas.

Passávamos entre pessoas e vivíamos tropeçando. As criaturas? Elas gritavam de raiva.

A Filha de PoseidonOnde histórias criam vida. Descubra agora