Capítulo 1

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Os pilares haviam chegado recentemente de suas missões, estavam exaustos, mas ainda deveriam receber um novo integrante. O mestre dos hashiras se aproximou com um garoto, o mesmo foi abençoado por uma heterocromia divina, aquilo era seu chame.

As garotas suspiraram, para elas um Deus havia acabado de entrar no grupo, olhos diferentes, uma cobra de estimação e faixas cobrindo sua boca.

– Minhas crianças, esse será o novo companheiro de vocês. Obanai Iguro. – o mestre dos pilares apresentava o novato.

– Bem-vindo! – as garotas gritavam, estavam animadas.

Todos estavam encantados com o heterocromático, exceto Mitsuri, a pilar do amor. O encarava mortalmente, qualquer movimento era um teste para ela.

– Não gostou do novato, Mitsu? – Shinobu, com seus cabelos violetas, se aproximou.

– Está tão óbvio assim? – virou-se para a colega.

– Sim. – soltou uma risadinha. – ele não me parece uma pessoa ruim. – o olhou de canto.

– Aparências enganam. – afirmou a rosada, cruzando os braços.

Os hashiras foram dar boas vindas ao novo colega, Kanroji apenas o vigiava de longe, estava desconfiada do moreno.

Logo um estrondo chamou a atenção de todos, Sanemi estava lutando por diversão com a rosada. Shinobu apenas revirou os olhos, estava acostumada com tudo isso.

– O que eles estão fazendo? – perguntou o novato.

– Esses dois sem cérebro se divertem assim. – respondeu a dona dos cabelos violetas, decepcionada. – espero que você não seja assim, novato. – o encarou.

– Não brigo atoa. – respondeu, calmamente.

– Que alívio…

A pilar do amor derrubou o platinado facilmente, o chão ao redor deles estava totalmente rachado. Demonstrava que uma rápida luta havia acontecido.

– A propósito, eu me chamo Shinobu! – sorriu. – nos daremos bem, Iguro.

O heterocromático apenas concordou, balançando a cabeça.

– Aquele no chão, se chama Sanemi. – apontava para o mesmo, que resmungava ainda no chão. – aqueles são Tomioka, Uzui e Tokito. – mostra os três, falando com seu mestre. – e aquela rosada é a… -foi interrompida.

– Posso falar por mim mesma, Shino! – exclamou. – me chamo Mitsuri Kanroji. Para você, apenas Kanroji. – cruzou seus braços.

– Não seja tão dura, Mitsu… – implorava Shinobu.

– Espero que seu histórico expresse bem seus ataques, não estou a fim de aturar um peso morto no grupo. – ignorou a amiga.

– Mil desculpas, ela é brava com todo mundo… – tentava restaurar uma reputação boa para a amiga.

Iguro apenas encarava a rosada, um ar de autoridade era emitido por ela, apesar da aparência frágil e inocente.

– Não me encare, garoto! – reclamou, desviando o olhar. – seus olhos são lindos, mas não dei tal permissão. – corou.

Os pilares ficaram surpresos com a fala, a fitavam por ter gostado do de algo no novato.

– É errado ser sincera? – se referiu aos olhares. Sem resposta, ela apenas foi embora.

Aos poucos os hashiras voltaram aos seus afazeres. Kanroji, por outro lado, decidiu observar o novato por algumas horas.

Se aproximou do mesmo, ele se encontrava sentado na grama com sua serpente.

– Obrigada pelo elogio mais cedo. – agradeceu, sem olhar.

– Não se gabe por isso! Você não é privilegiado apenas por eu ter dito aquilo. – cruzou os braços.

– Então… por que se acha tanto? entre todos aqui, você é a que menos aparenta ser forte. – provocou.

– Engula suas palavras agora, ou vai engolir sua língua! – se aproximou do mesmo.

O heterocromático ficou sem jeito com a aproximação, se deu conta que a rosada era mais alta. Isso tirava algum respeito que ele poderia conseguir.

– Opa, opa, opa! – Sanemi se aproximou assim que viu a situação. – não mate o garoto por enquanto, Kanroji.

– Eu poderia matar vocês dois. – revezava seu olhar entre eles.

– Calma, minha garota! – passou os braços pelo pescoço de da rosada. – você não mataria seu melhor amigo, né?

– Mataria. – respondeu calmamente.

Um clima tenso se instalou entre o trio. Mitsuri decidiu sair dali, só não contava que o novato iria segui-la.

– Pare de me seguir! – gritou.

– Não estou te seguindo, estamos apenas usando o mesmo caminho. – provocou.

– Seu… – segurou um dos braços de Obanai, usando sua força “natural”.

Iguro se assustou ao ouvir um estalo, a rosada “frágil”, havia deslocado seu braço. O mesmo apenas gritou de dor.

– Vê se aprende! – se afastou, com um peso na consciência.

[…]

– Esqueci de avisar sobre a força da Mitsu. – riu nervosa. – ela fez um belo deslocamento.

– Isso deveria ser bom? – a encarou.

--Bom… isso vai doer um pouquinho.-- avisou. Segurou o braço sofrido e o torceu, para que o osso voltasse ao seu devido lugar.

O ato arrancou um grito de dor, o heterocromático sentiu sua alma saindo do corpo depois do grito.

– Que frescura. – disse a rosada, escorada na porta.

– Com você era pior. – brincou Shinobu.

– Ah, não me lembre disso! – riu.

– Poderia cuidar dele, Mitsu? – caminhou até a rosada.

– Não tenho opção, quem fez isso fui eu. – suspirou. – pegou o garoto no colo.

– E sabia que um grande coração estava escondido ai dentro. – sorriu.

– Vamos ver por quanto tempo esse “grande coração” vai bater.

A rosada levou Obanai até seu devido dormitório, o colocando em cima da cama. A mesma nem percebeu que ele estava a fitando com os olhos.

– Sou bonita assim? – provocou.

– Sim. – respondeu honestamente.

– Eu não esperava por isso… – desviou o olhar, corando.

A garota saiu do quarto e retornou com uma bandeja cheia de alimentos,colocando tudo perto de Iguro.

– O que é isso? – perguntou.

– Você é cego? É comida!

ObaMitsu - Minha PilarOnde histórias criam vida. Descubra agora