1° CAPÍTULO

15 3 0
                                    

Acordo com a droga do barulho do despertador tocando, e como sempre estou atresada para o meu primeiro dia de aulas numa escola com o sexos mesturados, ou seja, homens e mulheres na mesma escola, na mesma sala, na mesma cantina, na mesma carteira, comendo junto, resumindo tudo junto,.
Bom, deixa eu me apresentar, eu sou yasmin bibi, tenho 15 anos, amo animais e bebês mais amo mesmo na fase recém -nascida, quando eles eles não podem fazer nada a não ser deixar os nossos corações moles de tanta  fofora.
O meu animal preferido é o gato, amo eles em todas as fases, não curto muito sair para festas, na verdade eu sou caseira porque tenho medo de esbarrar em uma pessoa do sexo masculino.
Semana passada minha mãe me falou que teríamos de viajar para França porque ela arrumou um trabalho que irão lhe pagar o triplo do que ela recebi nesse trabalho recente, eu aceitei, mais ela disse que teria um problema, eu teria que estudar numa escola que misturam os rapazes com as meninas, no início eu fiquei binhada, mas depois eu aceitei porque o trabalho ia ajudar muito a minha mãe e ela podia trabalhar com o que ela gosta.
E cá estou eu, em França e atresada para o primeiro dia de aulas numa escola de rapazes e raparigas.
Levanto da cama e faço as minhas higienes ,depois tomo banho ,visto - me o vou ao andar de baixo e directo para cozinha.

-bom dia mãe.

-bom dia filha, de tanto empolgada para o novo trabalho acabei dormindo tarde e acordei tarde .tava indo te acordar mais ouve barulho e insinue que estivesses a acordar. já preparei o teu lanche e a tua maçã para comeres no caminho já que estas atrasada.

-Obrigada mãe, já to  indo-pego na lancheira que estava na bancada na mesa. Dou um beijo na bochecha da minha mãe e vou a escola.
O caminho a escola foi calmo e fico feliz da escola ser perto de casa.

Quando chego na escola fico paralisada com a quantidade de rapazes, não posso dizer se são bonitos ou feios, com o medo não posso apreciar nenhum.

-tudo bem? -chega uma menina com o cabelo encaracolado, castanho encima e ruivo nas pontas,olhos castanhos, a pele é uma mistura da cor clara e escura, ela é baixinha, da minha altura - Você esta bem? - fico feliz que não seja um homem.

-sim Obrigada .

-de nada. Desculpa qual é o teu nome?

-yasmin bibi.

-prazer yas... não te importas que te chame assim nem? -acho que ela vio a minha cara de espanto no nome que ela me deu.

-o prazer é todo meu. Não me importo, para ser sincera eu até que gosto.

-não quero ser muito intrometida mais posso saber porque que estavas daquele jeito .

-não se preocupe não estás sendo ,é que eu tenho medo. .. de. .. rapazes -ela fica pálida, talvez não conheça alguém com essa doença, quer dizer não é bem uma doença mais sim algo que minha família aderiu como forma de protecção. 

-hã sim, me lembro de ter visto isso na Internet qualquer dia, é raro e é a primeira vez que vejo alguém com isso, você acredita se eu disser que pensei que isso fosse uma mentira? - abano a cabeça em sinal de negação - mas como você vai fazer quando se apaixonar?

-eu não irei me apaixonar.

-e quem garanti isso. Para

-eu, não vou ser como a minha mãe e me perder na beleza de um rapaz que acabará por me deixar quando se cansar de mim.

-com assim? -perguntou a menina que até agora não sei o nome mais estou contando uma parte da minha vida que não gosto, sei lá, sinto que posso confiar nela.

-abaixo a cara com a minha tristeza -quando minha mãe estava no primeiro ano da faculdade , se apaixonou pelo popular da escola, ela ficou todo o primeiro e segundo ano da faculdade gostando dele, aí um dia o popular da escola lhe chamou para um encontro, eles começaram a namorar por 6 meses, um dia minha mãe descobriu que estava grávida e contou ao meu pai, ele disse para ela tirar o bebé porque ele era jovem ainda e precisava aproveitar a juventude, minha mãe se recusou a tirar o bebé e terminou com ele .ela ligou para minha avó e ela disse para minha mãe ir morar com ela na fase de gravidez, ela não pensou 2 vezes, logo aceitou, pegou nas coisas dela, foi a faculdade e trasferiu-se para cidade da minha avó. O meu pai ficou 5 meses procurando por ela mas ela não dava sinal de vida a ela, depois de me nascer ela foi a procura do meu pai para ouvir o que ele tinha para dizer mais quando ela voltou ele já não estava lá e já tinha se casado com uma brasileira. Minha mãe ficou maguada porque ele disse que iria esperar por ela mas ele não fez isso. Desde então minha mãe não se relacionou com ninguém .Eu vivi toda a minha vida sendo escondida do sexo masculino. Por isso que eu tenho medo de rapazes e nunca vou me apaixonar para não acabar sendo como a minha mãe.

-nossa,  eu nem sei o que dizer. Se você quiser posso te amostrar qual será a tua sala - sorrio para ela em forma de agradecimento, fico feliz que ela tenha mudado de assunto, eu sabia que podia confiar nela.

-claro Obrigada. qual é o seu nome mesmo?

-Aliya ceser.

Ela me mostrou a minha sala, eu tive a infelicidade das primeiras 4 aulas não serem com a Aliya, mas as últimas 5 aulas seriam com ela.
O dia foi calmo, na hora de sair foi até ao portão a espera da Aliya para irmos juntas a minha casa, ouso um barulho vindo da esquina e como eu sou curiosa foi ver o que era, quando chego encontro um menino obrigando uma menina a beijalo, não aguentei e foi até ao menino e chutei as suas bolinhas, ele cai no chão com a mão no lugar  que eu chutei, a menina sair a correr com lágrimas nos olhos, quando eu queria correr também notando o que fiz e notando que estava sozinha com um rapaz, mas antes que eu desse um passo sinto mãos grossas me colando na parede, quando vejo que é o menino que eu machuquei fiquei paralisada.

-lindo querer bancar a espertinha e salvar a amiguina, só que a tua amiga foi embora e se encarregou de deixar você no lugar dela .agora você é minha .

eu não consigo fazer nada a não ser deixar as lágrimas caírem e ficar paralisada.

- isso calada, mas pare de chorar porque eu odeio o barulho de choro de mulher. -quando ele estava para me beijar é puxado por alguém, o menino da um soco nele, o minino que estava para me beijar sai de lá derrotado.

-Obrig - sou interrompida pelo menino que me salvou.
-não precisa - e ele vai embora.

Volto para a escola e encontro a Aliya andado de um lado para o outro.

- o que foi? - pergunto preocupada por ela estar pálida.

- por Deus menina, você quer me matar de preocupação -sorrio por saber que ela se importa comigo mesmo acabando de me conhecer. - eu pensei que você tivesse desaparecido por ser nova e não conhecer muito bem a cidade.

-não foi isso que aconteceu - conto tudo a ela que aconteceu - se não te importares eu gostaria de ir para casa.

- claro. Mas eu vou com você para certificar-me que não aconteça nada com a mocinha -sorrio para ela em forma de agradecimento.

Fomos para minha casa, ela me deixou na porta e disse que amanhã viria me buscar para irmos juntas a escola, abracei ela e agradeci por se preocupar comigo. Entrei em casa e encontrei a minha mãe colocando a mesa, a ajudei, jantámos e depois eu fui tomar banho, coloquei o bijama e dormir pensando no dia que tive, e por incrível que pareça, me peguei pensando no cara que me salvou e sorrindo feito boba.

É Irónico Te Amar ( Em Andamento )Onde histórias criam vida. Descubra agora