Capítulo 2

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Kuki

Sempre fui uma garota de bem com a vida,sorridente e que gostava de fazer as outras pessoas sorrirem também.

Na verdade eu forçava o sorriso na maioria das vezes. Gostava de parecer forte e feliz. Mas a minha felicidade de verdade,foi só quando Kil chegou na minha vida.

Ele chegou e me tornou no melhor que eu possa ser. Chegou e trouxe cor para meus dias preto e branco,e vida para aquilo que estava morto a muito tempo. Com ele eu descobri uma Kuki nova e expandi meus horizontes para mais além que eu me limitava enxergar. E se algum dia a gente não der certo (ele fica bravo comigo quando falo isso,mas nunca sabemos o dia de amanhã), ainda sim serei eternamente grata à ele pela pessoa que me tornei estando ao seu lado.

Eu e Akyla nos conhecemos no prédio. Só tinha uma kitnet para alugar,e depois de muita briga,resolvemos alugar as duas juntas.

No início foi meio louco,morar com alguém que nem conhecíamos. Mas hoje não me vejo vivendo sem a Akyla. Ela é como uma irmã pra mim e sinto-me no dever de sempre ter que protegê-la. Não tenho família,ou seja,a Akyla é a minha família e eu a amo muito e a protejo muito. Na verdade ela acha que pego muito no pé dela,mas se qualquer um não tivesse família e nem ninguém que pudesse considerar,me entenderia.

Quando a Akyla saiu do restaurante,eu queria saber o que estava acontecendo,mas sempre fui a amiga que respeita o espaço da outra,e sabia que ela iria para a kitnet. Jantamos e eu não estava com ânimo para dançar,então fomos para a casa.

O motivo de ter trazido a Akyla aqui é por que esses dias eu a vi cometendo uma loucura,e achei que ela precisava de novos ares,novas pessoas.

Quando cheguei em casa,ela estava no banheiro,encostada em uma das paredes,jorrando sangue de seus pulsos com um canivete nas mãos.

- Posso saber o que foi tudo isso?

- O fato de eu ter saído daquele restaurante idiota,é que eu me irritei muito com um cara que veio se esfregar em mim e se sentiu no direito de me puxar pela cintura colando nossos corpos. Eu não estava afim de reviver tudo de novo tá legal? E os cortes,poxa,pensei que tivesse reparado antes. - e levantou o seu vestido,mostrando suas coxas e sua barriga.

Eu não pude acreditar que ela estava realmente fazendo isso e eu não tinha nem ao menos desconfiado. Ela saiu do banheiro,me deixando sozinha lá sentada,e se trancou em seu quarto. Queria acreditar que o que estava acontecendo não era verdade,mas infelizmente era e eu não podia simplesmente fingir que não estava acontecendo.

Liguei para Kil o pedindo que viesse imediatamente buscar eu e Akyla. Eu iria levá-la ao hospital psciquiátrico.

Uma Prova de AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora