A filha dos Potter (I)

Capítulo 02 - No Expresso Hogwarts

Na estação King's Cross, exatamente na plataforma nove e meia, os Weasleys estavam em uma confusão ainda maior que os Potter.

- Rose, pegou a bolsa? - Hermione perguntou.

- Sim, mamãe.

- Rony, vá ver onde Hugo se meteu! - A bruxa pediu - Eu disse para ele não se afastar.

- Lá está ele - Rony sinalizou para a familia Potter, que vinha acompanhada do pequeno Hugo Weasley.

Lily sentia-se um pouco mais tranquila, com toda a confusão da sua casa e o nervosismo, esquecera que Hugo também estaria cursando o mesmo ano que ela em Hogwarts. O que significava que a bruxinha não ficaria totalmente só.

Ela viu seus tios junto da sua prima Rose, que tinha a idade de Alvo, ela era da Corvinal assim como ele, por ter herdado a inteligência de Hermione. Ás vezes a prima chegava a ser irritante, mas ninguém conseguia ultrapassar Alvo.

Depois de abraços e beijos, estava na hora de embarcar no expresso.

- Papai? - Lily chamou, o nó no seu estômago aumentava mais e mais.

- Sim?

- Estou com medo - Ela disse.

Harry abraçou a filha e depois depositou um beijo em sua testa.

- Não tenha medo, querida. Você é uma menina corajosa, não importa pra que casa você vá, faça dela o seu lar, okay?

Lily assentiu e deu um último abraço no pai.

- Vou sentir saudades - Ela murmurou.

- Eu também.

Depois de despedi-se da mãe, de Hermione e Rony, a pequena Lily Luna, entrou no trem que a levaria para a tão fantástica escola de magia e bruxaria de Hogwarts.

A menina acomodou-se em uma cabine com os primos e os irmãos e acenou para sua familia que dava adeus na plataforma.

- James e Alvo, cuidem da sua irmã! - Gina gritou, quando o trem começou a se movimentar.

- Sim, mamãe! - Os dois gritaram de volta.

- E de Hugo! - Completou Hermione, para eles e Rose.

Os três assentiram e observaram os pais sumirem de acordo com que o trem ganhava velocidade.

- James, venha sentar conosco! - Um garoto baixinho chamou ao passar pelo o corredor.

- Estou indo! - Ele respondeu e depois voltou-se para os irmãos - Comportem-se.

Então, saiu na companhia de seu amigo.

- Você está bem, Lily? Não disse nada - Rose reparou.

A ruivinha assentiu e tentou distrai-se com outra coisa. Seu pai estava certo, ela era corajosa, mas seria o bastante para ir a Grifinória?

Hugo dava pulinhos no estofado, Rose e Alvo logo ocuparam-se com um livro: Animais Fantásticos e Onde Habitam, Lily observava a paisagem passar em um borrão pela a janela. Teve um sobressalto quando a moça do carrinho de doces bateu na porta da cabine.

- Vão querer alguma coisa, crianças?

Alvo comprou alguns sapos de chocolate e Hugo alguns doces que Lily não reconheceu. Eles dividiram e por um instante Lily esqueceu seu nervosismo.

- O que é isso? - Ela perguntou erguendo um doce que mais parecia uma cobra elástica.

- Cuidado para não quebrar seus dentes - Alvo avisou - São mole elásticas, quase impossível de comer.

- Se é impossível por que fabricam? - Hugo intrometeu-se, com a boca suja de chocolate, lembrava Rony quando era criança.

- Não é impossível - Rose explicou - É quase.

- E qual a diferença? - Lily perguntou, mas sabendo que a prima e Alvo iriam começar uma explicação, ela completou: - Esqueça. Não vou comer. E aquilo, o que é? - Ela perguntou apontando para uma caixinha.

- Feijõezinhos de todos os sabores - Alvo disse, apanhando a caixinha e oferecendo-a a irmã - Pegue. Prove um.

Lily apanhou um feijãozinho de uma cor verde musgo e o engoliu.

- Menta - Ela disse, dando de ombros, o gostinho de menta ainda na boca.

- Sortuda - Rose reclamou - Uma vez comi um de suco de abóbora estragado. Nunca mais comi.

- Você é muito medrosa, Rose - Alvo disse.

A prima mostrou língua para ele.

- Deixe-me tentar - Hugo disse, apanhando um feijãozinho branco, ele o engoliu e fez cara feia - Cera de ouvido. Eca.

E assim continuaram o caminho, divirtindo-se desafiando um ao outro a comer o feijãozinho e rindo das brigas intelectuais de Alvo e Rose, por fim, quando a noite chegou, eles pararam na plataforma de Hogsmeade.

Hugo e Lily despediram-se dos irmãos e seguiram o meio gigante de cabelos grisalhos que gritava:

- Alunos do primeiro ano! Aqui!

- O nome dele é Hagrid - Hugo murmurou para a prima - É um amigo dos nossos pais.

Lily assentiu e os dois acenaram para Hagrid ao passar por ele. Então, embarcaram no barquinho com uma menina loura de olhos que tinham um tom meio violeta e um garotinho gordinho de cabelos negros e olhos castanhos.

Enquanto os barquinhos deslizavam em harmonia pela a água, o castelo brilhava radiante ao longe.

Ao chegarem nas escadarias, um homem alto de cabelos negros e olhar tranquilo e familiar os esperavam lá.

- Olá, alunos - Ele cumprimentou - Sou Neville Longbotton, professor de Herbologia e vice-diretor da escola.

- Olá, professor Longbotton - Os alunos entoaram juntos.

- Bem Vindos a Hogwarts!