Capítulo 27 - Nunca é um adeus

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Se Lily pudesse, evitaria Rose até quando pudesse. Mas a Weasley era bastante insistente, passando a seguir a prima para conseguir alguma explicação. Cansada de fugir, Lily teve que explicar a Rose que sempre acreditou na historia toda dela e Scorpius e ajudou o Malfoy a conquista-la e até a ir com ele no baile.

Rose passou um bom tempo dizendo a Lily que o quê ela tinha feito era errado, que a Weasley tinha capacidade suficiente para cuidar dos próprios relacionamentos e ainda mais Lily era muito nova para se importar com essas coisas.

- Já acabou, Tia Mione? - Lily perguntou, sarcástica.

- Pare de me chamar assim! - Rose exclamou, batendo o pé e deixando Lily sozinha, segurando-se para não rir, no corredor.

Gina acabou indo embora antes do ano letivo acabar, se bem que não faltava muito pra isso. Lily fizera planos e mais planos para as férias com as amigas e quando recebeu as notas, ela ficou tão feliz que nem Hugo, com sua nota mediana - se assim posso dizer - em Feitiços, conseguiu bota-la para baixo.

Alvo e Rose ficaram realmente satisfeitos com suas notas, embora Alvo, com uma nota realmente excelente, em Runas, dissera que poderia ter se saido melhor.

Já James, nem se importou, tirara notas boas - Não como Gina queria, mas a gente releva - e fora elogiado - só nas notas - pelos os professores, que com o histórico do Potter, achavam que ele não conseguiria passar em nenhuma matéria.

- Ano que vem é quinto ano - James notou, assustado - Terei que prestar os N.O.M'S, o que será de mim?

- Estou tão ansiosa pelos os N.O.M'S - Rose comentou - Pena que ainda falta um ano pra mim.

- Você, minha querida prima, bateu a cabeça.

Os últimos dias na escola não poderiam ter sido melhor. É claro que depois de ter descoberto a historia de cupido, Rose ficara sem falar com Scorpius e Lily. Isso durou menos de uma semana.

Na última noite, Lily terminou de arrumar seu malão e seguiu com as amigas para o salão principal. Ao se sentar na mesa e observar todos aqueles rostos radiantes que ela estava acostumada a ver, nem acreditava que o ano tinha acabado.

Achava que seria um ano difícil, mas fora bom. Ela fez amigos leais e companheiros, viveu aventuras, foi feliz. Lily sorriu, com o pensamento bom de logo estaria de volta.

Que agora, Hogwarts era sua casa. A melhor casa de todas.

Ouviu atentamente os avisos de Minerva e quando o jantar acabou, a diretora comentou sorridente:

- Boas férias e até o próximo ano letivo!

Lily e as amigas ficaram até tarde conversando, quando o relógio marcava meia noite, a ruivinha caiu no sono.

No dia seguinte, acompanhava a multidão de alunos com seus pertences e mais pertences que seguiam para a estação em Hogsmeade, onde voltariam para casa.

Quando chegaram, o trem já estava a espera. Lily sorriu, antes de subir ao trem, uma voz grossa a chamou. A ruivinha virou-se e viu o meio gigante Hagrid acenando para ela.

- Olá, Hagrid.

- Oi, Lily - Ele disse, sorridente - Só queria pedir para mandar abraços aos seus pais. Não encontrem seus irmãos, para me despedir.

- Por quê?

- Eu vou me aposentar, Lily - Hagrid falou - Já sou um meio gigante atrapalhado, velho e cansado. Acho que vou me mudar também, não sei se conseguirei abandonar o lugar que me serviu de casa por tantos anos. Mas a vida segue e temos que acompanhar seu ritmo.

Lily odiava despedidas, por isso, lágrimas já escorriam de seus olhinhos castanhos.

- Você vai fazer falta. Muita falta - A ruivinha disse, abraçando Hagrid.

- Ah, pare com isso! Odeio despedidas. Eu vou lhe visitar. Harry, Gina e seus irmãos também - Hagrid assegurou-lhe.

Lily assentiu, limpando as lágrimas.

- Você se parece muito com eles, pequena Potter - Hagrid disse, sorridente, lembrando de tempos bons - Tem a beleza e lealdade de sua mãe e a coragem e o imenso coração de seu pai. Continue assim.

- Obrigada - A garota falou, corada.

- Agora vá, antes que perca o trem!

Lily correu até a entrada, mas antes de adentrar, gritou para Hagrid:

- Até logo, querido Hagrid!

- Até logo, pequena Potter!

A viagem no trem também foi bastante animada. E quando atracaram na estação nove e meia, só o que se ouvia era os "até logo".

A ruivinha despediu-se das amigas, que prometeram escrever e desceu do expresso. Onde encontrou Daniel, atrapalhado com seu malão.

- Ah, olá, Potter.

- Oi. Quer ajuda?

- Não se preocupe - Daniel disse, suspirando - Eu vi seus pais te procurando.

- Oh! Tudo bem - Lily disse - Então, até logo, Daniel.

- Não se esqueça de escrever.

Lily assentiu, afastando-se, mas antes que sumisse na multidão, Daniel gritou:

- Potter! Posso fazer uma perguntar?

- Faça - Lily disse.

- Você já me ama? - Ele perguntou, com um sorriso maroto.

Lily riu, respondendo:

- Você progrediu muito, Brook!

- Que bom, minha cara amiga Potter!

Sorrindo, Lily se afastou, correndo em direção a sua familia que acenava.

A filha dos Potter (I)Onde histórias criam vida. Descubra agora