Capítulo 3: Eis que a Indústria faz mais uma vítima

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Acordo na outra manhã confusa, com um lábio tocando o meu. Então pergunto sonolenta:

- O que está acontecendo?

Quando abri um pouco meus olhos, pude ver pela sombra a expressão de pânico que atravessou o rosto de Thomas, pois certamente ficaria muito irritado se soubesse que não me lembrava de nada devido a bebida, mas logo ele escondeu seus receios e continuou amável e alegre:

- Nada querida, eu apenas estou saindo para a Press Conference, não queria sair sem dar um beijo em você. Mas volte a dormir, está muito cedo.

- Hummm...Então só vou vê-lo a noite? – Ainda sonolenta.

- Não necessariamente. – Ele sorri aliviado, percebendo que não ia sair correndo o chamando de tarado e não querendo mais olhar na cara dele. Ao contrário, eu queria vê-lo em breve. – Podemos almoçar juntos, e consegui umas credenciais como jornalista, já que é uma, assim você poderá me ver quando tiver saudades.

- Muito bom. – Sorri satisfeita.

- Quanto ao almoço, não se preocupe, falarei com o George para que providencie um belo almoço aqui na paz da suíte, já que este hotel está cheio de jornalistas. E pedirei para que a Brigite prepare tudo para que você passe o dia na piscina, com Emily, aproveitando e também visite o Spa, Salão de Beleza, tudo que precisar para ficar ainda mais bonita do que já é e se sentir melhor do que está. Agora durma mais um pouco, minha princesa.

Sorri diante toda aquela proposta de um dia que nunca tive, era tudo muito estranho, surreal, como se tivesse em um universo paralelo. Em que estava vivendo um conto de fadas particular, com um príncipe atencioso e que a beijava antes de partir para seus compromissos reais, e eu ia poder ficar um pouco mais no quarto dele que tinha a cama bem maior, uma vista bem mais generosa da cidade. O meu quarto era luxuoso, o dele era muito mais ainda, com um banheiro que possuía uma banheira enorme, bancada bem grande e estava cedido para mim por todo aquele dia, que começaria comigo apreciando mais um pouco daquela cama macia e enorme.

***

Quando acordei, vesti o roupão e caminhei meio trôpega até a porta, depois ao corredor, rumo a sala onde me sentaria a mesa e tomaria um belo café. O sono que ainda rondava a sua mente, foi expulso por um grande e alto...

- Eu sabia!

- Bom dia para você também Emily! – Falo com um certo mal humor matinal despertado pelo grito da minha amiga.

- Eu tentei entrar no seu quarto, mas a Brigite não deixou, disse que estava muito cansada. Agora vejo que não dormiu no seu quarto. Que ótimo! Vai ter que me contar tudinho! – Fala Emily empolgada, sentada na mesa do café da manhã.

Eu me sento a mesa enquanto era servida por George, me divirto com toda empolgação dela, ela parecia uma adolescente de 15 anos, então pergunto:

- Você não pulou meio cedo da cama, não?

- Que nada Kathy, você que acordou tarde. Depois que o Jimmy saiu para a Press Conference, eu dormi mais um pouco. Então acordei, corri, e estou aqui louca para saber as novidades. Para acordar uma hora destas, é sinal que as novidades são ótimas.

- Obrigada, George. Deixe que eu me sirvo. Você está dispensado, creio que tenha coisas mais importantes para fazer do que ouvir o surto da Senhora Jordan.

Emily suspirou ao coloca-la como "Senhora Jordan". O mordomo sorriu educadamente em retribuição, depois se retirou nos deixando a sós para conversarmos mais à vontade.

- SIM! Você vai me contar ou vou ter que torturá-la para falar algo?

Olhei para ela e continuei a comer, como se não fosse comigo, até que fiz uma pausa, encarei minha amiga que estava visivelmente ansiosa. Eu não estava propositalmente a torturando, é que estava organizando as ideias. Até que suspirei e então dei um sorriso quando me ocorreu que a saída era ser simples, apenas dizendo o que sinto.

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