Vampiro chupador de góticos

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                     [Amanda]

Não me lembrava o quão chato era esse lugar quando não se tinha monstros para socar. Que tédio do inferno.

Estávamos cuidando da Cabana enquanto Melody e Soos foram até o centro da cidade fazer não sei o que.

Éramos só eu e Wendy. Os gêmeos tinham evaporado no ar, não tinha sinal algum de Bill e Will e muito menos dos dois idiotas que vieram comigo para cá. Todos sumiram.

— Aí que inferno. — Eu me apoiei na vassoura que estava usando para limpar a Cabana. — Que calor do caralho.

Minha vida se tornou reclamar do calor e ficar puta porque estava calor. Eu podia estar andando de moletom no friozinho da merda da minha cidade, mas eu acabei vindo parar nesse lugar infernal e quente.

Ninguém fala comigo que eu tô puta.

É apenas o meu segundo dia aqui e eu já estou disposta a pular na frente de um caminhão.

— Vai voar com essa vassoura? — Escutei a voz de Bill na porta.

— Vou. — O encarei. — E de preferência para bem longe de você.

— Simpática como sempre. — Ele debochou. — Olá Wendy.

— Eai. — A ruiva respondeu.

— Vocês viram o Will? — Ele perguntou entrando.

— Não vi ninguém hoje, nem Will, nem Derek e nem o Samuel. — Dei de ombros, enquanto continuava a varrer com uma vontade inexistente.

— Eles passaram mais cedo aqui, Will e Derek. — Wendy disse sem tirar os olhos da revista que estava lendo.

— E o Samuel? — A encarei.

— Não vi.

— Você não precisa do Samuel quando tem eu aqui. — Bill tentou me abraçar, mas eu o empurrei, lhe entregando a vassoura que estava segurando.

— Como podem deixar o menino sozinho nessa cidade maluca? — Eu caminhei brava até a porta.

Espero que nenhum monstro tenha comido ele.

— Ele é bem grandinho, já consegue se livrar de monstros assassinos sozinho. — Bill gritou indo atrás de mim.

— Tchau. — Wendy falou desinteressada enquanto olhava para a sua revista.

— Samuel! — Eu comecei a gritar.

— Amanda. — Bill correu até onde eu estava.

— O que você quer, encosto?

— Dá para deixar esse garoto de lado? Ele provavelmente deve estar bem. — Ele segurou o meu braço.

Qual é o problema dele em querer sempre ficar tocando nas pessoas?

— Olha, eu não vou discutir com você. — Continuei caminhando. — Oh Samuel seu surdo do caralho!

— Me dá atenção!

— Mas que merda. — Continuei o ignorando.

— Amanda. — Bill gritou meu nome em tom dramático.

— Olha aqui, me ajuda a achar o Samuel e eu penso na possibilidade de te dar atenção.

— Sério?

— Eu disse que vou pensar na possibilidade.

— Ótimo! — Ele caminhou animado. — Ei garoto idiota! Apareça! — Ele começou a gritar.

O que ela é? - Reencontros {HIATUS}Onde histórias criam vida. Descubra agora