My sin, my salvation - Destiel

Pecado

P.O.V Castiel

Eu estava assustado e completamente paralisado, como aquela situação surgiu eu não faço ideia, mas isso não importa agora.

- Dean nã... - As palavras não saíram, porque Dean as roubou, junto com a minha sanidade.

Lábios famintos se chocaram contra os meus, e eu não conseguia processar, tentei empurrá-lo mas ele me prendia com força contra a parede, todo movimento que eu fazia pra me soltar, só fazia com que meu corpo se chocasse com o dele e... droga, isso não ajudava.

Então... eu desisti de lutar.

Deus me perdoe, mas era tão...

Levei minhas mãos a sua nuca e o puxei, nossas línguas se chocavam com urgência e fome, a sensação era nova, quente...

Pecado...

E eu não conseguia parar de pecar.

Cada vez mais, Dean me prensava na parede, eu já estava quase me fundindo a ela. Puxei seus cabelos macios e ele gemeu... Deus, eu...

Eu mal conseguia respirar, mas ninguém parava o beijo, ele não queria parar e eu... não estava diferente.

Mas precisávamos, me afastei um pouco e respirei fundo, ele não deu tempo de eu questionar e já me beijava de novo. Intenso, quente... e terrivelmente bom.

O puxão no seu cabelo já foi automático, mas o aperto forte na minha cintura foi inesperado, não mais que o gemido que deixei escapar.

O que eu estava fazendo?

Senti Dean colocar sua perna entre as minhas e pressionar ali, e eu gemi doloroso.

Meu Deus, o quê?

Não! Não! Não!

Eu sou um padre, ele é um homem e estamos na igreja, no confessionário...

A percepção de tudo aquilo me deixou atordoado.

Sujo...

Reuni toda a força que eu tinha e empurrei Dean, que se chocou contra o banco do confessionário e caiu.

O olhei transtornado e saí correndo dali. Ele gritava meu nome e me seguia, mas eu não olhava pra trás, não poderia. Cheguei até minha casa e tranquei a porta, cai de joelhos e comecei a chorar, como a tempos não fazia.

- Deus... me perdoe, eu não sei... - Eu soluçava a cada palavra.

- Cas, abre a porta por favor. - Dean pedia afoito.

- V-vá embora, eu te imploro Dean, vá...

- Não posso Castiel, você correspondeu. Merda, você ferrou com tudo. - Gritava.

- E-eu não... - Fui cortado.

- Não minta, é pecado... Mas você não liga né? Porra, se você não tivesse correspondido, mas foda-se... eu quero você Castiel! - Gritou.

- Dean por favor! Não me tente, não me... eu escolhi ser padre. Respeite minha decisão por favor. - Pedi.

- Você que não respeitou, você que não sabe o que quer, ou pior, sabe e não se deixa levar. Eu vou embora, me desculpe, mas não me arrependo. - Fala.

Escuto suas palavras e o choro só aumentava. Eu não queria machucá-lo, mas e eu?

Estou quebrado, corrompido...

Deus, ainda tenho salvação?

***

P.O.V Dean

Saio de lá arrasado, eu sei que joguei muito peso em seus ombros, mas o que poderia fazer?

Se ele não tivesse correspondido...

Isso só fode mais com tudo. Seria tão mais fácil, se ele me rejeitasse, mas agora eu tenho esperança, pela primeira vez na vida eu tenho... fé.

Fé em nós, no que poderemos nos tornar.

Pego o carro e vou até o parque, casa não é uma opção. Me sento num banco de frente ao lago e fico pensando.

Porque minha vida é tão complicada?

Eu queria tanto voltar lá e o abraçar, sei que ele deve tá transtornado. Meu coração se aperta e temo que ele faça algo que o machuque.

Tento por meus pensamentos no lugar. Ele não seria capaz de fazer algo assim, ou seria?

Sem pensar entro no carro e dou meia volta, chego em menos de 10 minutos lá. Desço do carro e bato na porta.

- Castiel, abre por favor. - Chamo.

Nada.

- Castiel! - Grito.

Silêncio...

No desespero, dou um chute certeiro na tranca e a porta se abre.

A visão é horrível...

Castiel tremendo e chorando, jogado no chão.

- Cas! - Vou até lá e o pego nos braços.

- D-dean... - Sussurra.

- Está tudo bem Cas, estou aqui. - Falo.

- Eu pequei Dean... eu... - Fala.

- Não pense nisso... - Ele me corta.

- Não consigo parar de pensar... de senti... eu pequei, mas não queria parar, eu não quero parar. - Falou.

- Cas... - Sussurro.

- Me faça parar de pensar Dean... me faça esquecer que isso, nós, é um pecado. - Ele pede.

- Mas como? - Pergunto.

- Me ame...