Desmoronando

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P.O.V Dean

Dirigir de volta pra casa foi uma batalha difícil, ainda mais com as lágrimas que insistiam em cair. Eu não me envergonho de chorar por que levei um "fora", porra eu até entendo o Castiel, mas isso não diminui minha dor.

Eu não queria ter o levado pra cama tão rapidamente, o problema foi justamente a minha falta de controle, nem imagino a confusão que ele está sentindo no momento.

Respiro fundo tentando me acalmar pra não acontecer nenhum acidente, e limpo as lágrimas do meu rosto assim que avisto minha casa, merda o Sam vai me matar.

Estaciono o carro e desço lentamente tentando não fazer muito barulho, ainda é cedo e o Sam ainda pode está dormindo. Porra, mas quem eu quero enganar? É claro que o nerd vai está acordado e me esperando com várias perguntas já elaboradas naquela mente fértil.

Entro na casa e suspiro aliviado quando não o vejo por perto, até que...

- Dean! - Escuto Sam e bufo frustrado, merda.

- Oi Sam, bom dia? - Sorriu forçado.

- Bom dia? Bom dia? Que merda Dean, eu fiquei preocupado sabia. Porque merda você tem um celular se não atende? - Ele rosna furioso.

- Eu tava ocupado, ok? E o meu celular vive no silencioso Sam, você tá cansado de saber. - Bufo exausto, eu só queria tomar um banho e dormir.

- Tá, mas agora me diz onde você passou a noite? - Perguntou curioso.

- Desculpa papai, esqueci de te avisar. - Zombei.

- Não tente mudar de assunto Dean. Você falou com o padre Castiel? - Questionou e droga logo o assunto que eu não queria tocar.

- Eu... é, falei? - Mas que porra.

- Dean! - Exclamou.

- Ok Sam, eu falei com ele. Satisfeito? - Revirei os olhos.

- Detalhes Dean, por favor. Como ele reagiu?

Respirei fundo resignado e me sentei no sofá e Sam sentou na minha frente.

- Ele não reagiu muito bem, o que era o esperado. Mas eu despejei tudo que estava sentido e ele ficou transtornado, então resumindo eu não sabia o que fazer então eu... - Que situação constrangedora.

- O quê? - Insistiu.

- Eu o beijei... - Falei baixinho.

- Você o quê? Dean! - Exclamou surpreso.

- Foi no impulso Sam, não pode me julgar. Ele foi relutante no começo, mas depois cedeu. - Digo envergonhado.

- Eu falei pra você conversar com ele e não agarrá-lo. - Bufou.

- Eu sei, agora posso ir pro meu quarto pai? - Debocho.

- Isso não explica o fato de você passar a noite fora, a não ser que... - Ele arregala os olhos quando enfim compreende o que aconteceu.

- Dean me diz que você não fez o que eu tô pensando. - Ele diz exasperado.

Desvio o olhar sem saber o que dizer.

- Caralho, eu não acredito nisso Dean. Eu nem sei o que dizer. - Me encarou surpreso.

- Eu me arrependi Sam, não do que aconteceu é óbvio, mas sim da forma como aconteceu. O Cas até que não surtou hoje de manhã como achei que surtaria, mas ele meio que me deu o fora. - Suspirei triste.

- Eu sinto muito Dean, mas tenta entender o lado dele. - Falou simples.

- Eu entendo Sam, mas... não importa agora. Vou dormir um pouco okay?

- Vai lá Dean, e dê tempo ao tempo. - Disse.

- Obrigado Sam. - Sorrio e subo as escadas.

Tomo um banho rápido, depois que termino entro no meu quarto e me jogo na cama.





********



A semana passou rapidamente e Dean não queria ter esperanças de que Castiel estaria a sua espera no domingo, mas ele não pode evitar. Na manhã de domingo, Dean acordou cedo e se arrumou, foi até Sam e o acordou ansioso.

- Vamos logo Sam, levanta daí. - Resmungou.

- Dean, vai se ferrar! Está cedo ainda. - Sam.

- Ou você levanta ou eu jogo água em você. - Dean rosnou.

- Idiota. - Sam resmungou e se trancou no banheiro.

Depois de que pareceu horas, de acordo com o Dean, os dois estavam prontos e foram tomar café. Dean estava eufórico e Sam um pouco preocupado com o irmão, não queria que ele quebrasse a cara.

- Você não está confiante demais? - Sam perguntou.

- Eu... não se preocupe, vamos logo. - Dean mudou de assunto.

Chegaram na igreja um pouco mais cedo que o costume.

Dean fez questão de sentar no primeiro banco do recinto, tempo depois as pessoas iam chegando e enfim a missa começaria.

Quando o padre entrou no altar Dean franziu o rosto, aquele não era Castiel, nem de longe.

Quando o padre começou a falar, Dean o interrompeu se levantando:

- Com licença, onde está o Padre Novak? - Dean perguntou.

O padre pareceu atônito pela interrupção, mas mesmo assim respondeu educadamente:

- Ele não será mais o padre dessa paróquia, ele foi embora da cidade. - Respondeu e voltou a celebrar a missa normalmente.

Ao contrário de Dean, que tinha uma expressão congelada. Sam o olhou com tristeza e o tirou dali, Dean ao menos protestou, ele estava atônito. Castiel foi embora, ele o deixou.

Mais uma vez o seu mundo ruiu.

My sin, my salvation - DestielOnde histórias criam vida. Descubra agora