Capítulo 5

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Vamos para sala, no comigo ele fica fazendo piadinhas. Nos sentamos no sofá.

— Você joga?

— Ultimate Mecha Strike III? Já ganhei uma competição. Você joga?

— Eu e a Ladybug já lutamos duas vezes com o jogador do mal e ganhamos as duas. — Ele se encosta no sofá de forma triunfante.

— Já que é assim — Me levanto e pego os controles — , eu te desafio! — Estendo um dos controles em sua direção. Ele parece surpreso, mas rapidamente pega o controle e dá um sorriso travesso.

Jogamos várias vezes e não demora para que meus pais apareçam, começamos a revezar. Foram partidas muito acirradas.
Meus pais voltaram para a cozinha dizendo que iriam terminar de fazer a comida e pôr a mesa e também para continuarmos jogando porque não precisavam de ajuda.
Última partida entre Chat Noir e eu. Ele se arruma no sofá e a partida começa.

— Se eu perder essa, eu termino de fazer os biscoitos sozinho.

— Vamos ver, então.

Sua confiança aparenta ir se esvaindo aos poucos, a cada golpe ele ficava mais ansioso. Eu realmente o subestimei, pois apesar do nervosismo, ele quase conseguiu ganhar. Mas, ao final do jogo... 

— Marinette Win — a voz vinda da tevê parecia ecoar pelo cômodo.

Dou um pulo do sofá, comemorando minha vitória enquanto Chat Noir parece estar em choque. Coloco o controle na mesa.

— Mais sorte na próxima vez.

Ele se levanta rapidamente.

— Glacê não deve ser tão difícil assim. — Ele coloca a mão atrás da cabeça com um sorriso envergonhado.

Vamos em direção a cozinha, no caminho ele usa a desculpa que ele perdeu por causa do controle.
Meus pais ainda estão colocando a mesa, minha mãe acena com a cabeça e dá um sorriso. Paramos  em frente à mesma mesa que estávamos antes de sair para jogar.

— 1 clara de ovo, meia xícara de açúcar de confeiteiro e corantes. Faça quantas cores quiser.

Coloco os ingredientes na bancada, pego algumas tigelas para ele separar as cores, também pego alguns sacos de confeitar com o bico. Corto as pontas para facilitar, muitos confeiteiros cortam demais e acaba ficando inutilizável. Busco os biscoitos, meu pai tirou os do forno entre uma partida e outra. Agora já estão mornos. Coloco na bancada e vou ajudar meus pais.

Explico baixinho para eles o porquê de eu não ir ajudar ele. Eles riem e continuam arrumando a mesa. Observo Chat Noir enquanto ajudo a arrumar a mesa, mas mais observo que ajudo. Os ingredientes são simples, é só ele saber a ordem e o que fazer com cada um.
Ele pega a tigela maior, observa tudo com cuidado e hesita ao pegar alguma coisa. Vou até lá fingindo que só estou procurando algo no armário.

— Precisa de ajuda?

— Eu nunca fiz glacê, é só misturar tudo? — sua voz está baixa.

— Não! — minha voz sai como um grito sussurrante. — Primeiro você tem que bater a clara do ovo com o garfo — falo baixo junto a ele.

Ele pega a clara do ovo e coloca na tigela maior e começa a bater-lá. Quando chega no ponto certo, eu apenas encosto em seu ombro e faço um aceno com a cabeça indicando que ele deve colocar o açúcar de confeiteiro.
Ao chegar no ponto ele separa o glacê nas tigelas e aos poucos vai colocando corante e misturando as cores. Ele coloca nos sacos de confeitar e eu o observo fazendo alguns desenhos nos biscoitos, como carinhas, bolinhas, contornos, entre outros. 
Acabo esquecendo que antes estava ajudando meus pais e ele parece ter esquecido que eu ainda estou aqui.
Ao finalizar, ele observa cada biscoito, de minuto em minuto fazia um ajuste aqui e outro ali, ele para quando meus pais nos chamam para comer.

Noite de natal - Miraculous LadybugOnde histórias criam vida. Descubra agora