Não revisado
Estico meu braço até o cabideiro, deixo meu casaco nele. O inverno já está dando sinais de sua chegada. Eu odiava passar frio na casa que morava com meu pai, porém por mais incrível que possa parecer, eu me sentia mais quente que naquela mansão do Matthew.
Peter anda até mim com as sobrancelhas arqueadas, e um sorriso abrindo no seu rosto, tão lindo quando um pôr do sol. Essa abertura pra mim fez meus ombros relaxarem e descerem conforme minha respiração.
O moreno diante de mim pousa sua mão na minha bochecha, fazendo uma eletricidade estranha percorrer toda a minha pele me causando arrepio na espinha.
Será que ele vai me beijar?
Peter me lança um olhar meigo e carinhoso, afastando sua mão do meu rosto, sinto uma necessidade imensa de sentir seu toque de novo, mas permaneço imóvel. Apenas observando-o afastar-se.
- Pode se sentar e ficar à vontade. - ele fala pra mim. Mas não me sinto nem um pouco à vontade - Estou pesquisando alguma receita legal pra gente comer
- Eu prefiro tentar ajudar - digo antes de nem se quer cogitar sentar e esperar
- Tudo bem
- Tudo bem - minha voz sai mais rouca que o normal
O sigo até a ponta de sua casa, onde já é a cozinha que se separa da sala apenas por um balcão de cor escura. É uma cozinha aconchegante, uma casa aconchegante.
Me pego imaginando como seria morar com ele aqui. Peter se aproxima e fala alguma coisa que não entendo, estou concentrado demais em imaginar nós dois juntos.
-... E por fim é só deixar na geladeira. - ele completa
- Parece perfeito. - digo sem pensar
- Sério? Eu acho que um jantar de verdade seria melhor.
- O que você preferir pra mim está perfeito.
- Tá bom. Acho que é melhor a gente tentar fazer macarrão.
- Okay.
Peter pega uma panela no armário, enche com água da torneira da pia e coloca no fogo.
- Corte os legumes que você quer colocar na macarronada. - balanço a cabeça em confirmação - Gosta de vinho?
- Não tem outras bebidas? - pergunto
- Gosta de cerveja?
- Prefiro
Tentei cortar alguns legumes, mesmo minhas mãos falhando em receber as informações do meu cérebro de tão nervoso que estou. Seguro com os dedos tremendo e desço a faca com toda a minha força em cada legume. Misturamos tudo e Peter colocou os ingredientes da receita da internet, agora descobri que se trata de um sorvete caseiro. Coloquei alguns ingredientes para bater no liquidificador com a ajuda de Peter.
Quando enfim terminamos todo o ar pareceu esvair dos meus pulmões, meu coração parece querer fugir do peito, sair correndo na rua. Olho Peter tentando ser discreto, talvez ele não perceba o quão nervoso me sinto
- Talvez tenhamos muita coisa pra viver juntos - ele diz
- Com certeza nós temos. - caminho até mais perto dele
Eu vou beijá-lo. Eu vou beijá-lo. Eu vou...
Meus lábios encostam os lábios de Peter com precisão, como se ele fosse todo o ar que me falta. Meu coração está cada vez mais louco, assim como eu. Enfio minha língua na boca dele em busca da sua. Seguro forte os braços dele, puxando-o para mim. Viro minha cabeça para a direita para me encaixar ainda mais nele, chupo sua língua como se tivesse fome dela. Ambas as minhas mãos sobem para o rosto dele e o seguram de cada lado
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Meu Louco Peter - L4 da série Smith
RomanceFernando Edwards é o terceiro filho de Benjamin Edwards o maquiavélico e sufocante ex de Emma e verdadeiro pai dos gêmeos Smith, inconscientemente adotados por Thiago. Fernando tem sua vida virada do avesso quando seu pai e único familiar é preso po...