Nathalie me olhou tremendo enquanto segurava firme o pacotinho que iria nos prevenir de ser pais antes da hora. Ela sorriu soando frio e eu imaginei o que irei fazer quando sair daquele quarto.
Nathalie era uma garota meio nerd, e tinha cerca de 18 anos naquela época. Ela era muito linda, mas bastante desleixada... Sempre mantinha o cabelo num coque bagunçado, não num estilo sexy tipo de blogueira e sim num estilo "eu não quero arrumar nenhum namorado" ; Sempre a admirei plenamente, afinal ela era a dona das melhores notas da classe, apesar de tímida.
Me aproximei da morena na época de fim de ano, ela estava estudando na mesma classe que eu, fazendo o final do ensino fundamental e eu tinha 15 anos. Fui influenciado por meus amigos a chegar nessa situação, mas não importa, eu gostei do fato de ter acontecido com ela. Deu ter descobrindo toda a verdade por ela!
Garotos riquinhos de escolas privadas estavam dando uma festa, eu nunca entrei no quesito "riquinhos" ou "descolado" ou se quer "bonito". Sempre fiquei no meio termo.
Naty me convidou para acompanhá-la, já estávamos começando a ficar próximos. Na festa estavam meus amigos Murphy e Robs e eles me conduziram a tirar minha virgindade com ela naquela noite.
O que eu poderia responder? Não eu não curto vagina ou será melhor eu sou gay?
Em tempos como esse, não, eu não sabia da minha verdadeira orientação sexual.
Naty abriu o pacotinho de camisinha, baixei a calça com cuidado, como se tivesse tirando uma roupa coberta de espinhos. Eu fiquei nu para ela e ela para mim. Eu a observei de cima abaixo, e eu não me excitei com o que vi, no princípio pensei que seria porque ela não estava depilada e nem com toda a segurança do mundo. Mas não. O problema não estava nela, estava em mim!
Naty se ajoelhou após eu me sentar na cama, pediu que eu fechasse os olhos e eu me perguntei se seria verdade o que vivem dizendo sobre "As quietas são as mais safadas". Até hoje não fui capaz de comprovar. Mas voltando ao assunto, ela baixou os lábios para minhas coxas beijando, depois subiu pra minha boca, abriu mais minhas pernas, beijou minha virilha e a primeira coisa que me veio a cabeça foi a imagem do abdômen do Joel, meu cantor favorito de CNCO, eu lembrei dele, de algumas fotos dele e sem nem perceber ela já estava me fazendo oral e sim o oral tava muito profissional e até bom. Eu abri os olhos um pouco e vi q era ela, voltei a fechar e busquei prazer naquilo, com dificuldade eu achei... Mas foi imaginando a cabeça de Joel entre minhas pernas e não a dela e quando eu percebi o prazer que me deu imaginar isso, eu simplesmente não parei e imaginei mais e mais, ele me olhando com aqueles olhos tentadores e assim eu gozei. Mas o resto da noite foi simplesmente um fracasso.
Voltei a estaca zero assim que eu parei de imaginar, assim que gozei pra ser mais específico. Não estava voltando a ficar duro com nada e em minha mente pensamentos como por exemplo a escola inteira sabendo dessa merda e me chamando de mariquinha eram os que mais predominavam. Não entendia como não podia estar excitado, ela era linda, gostosa, estava nua, era safada e era minha pra dar e receber prazer toda a noite ou até a festa acabar. Mas eu não senti.
Naty desistiu meia hora depois de tentativas inúteis.
E perguntou se o problema era ela, eu expliquei e argumentei que não. Afinal, realmente não era.
Naty prometeu não espalhar, caso eu também não o fizesse e depois daquilo nunca mais nos falamos.
Depois dessa péssima primeira experiência, eu comecei a explorar meu corpo, descobrir tudo sobre, o que me dá prazer e o que não dá. Imaginar Joel ou qualquer dos outros integrantes passou a ser rotina e eu vivia me tocando com eles na mente. No começo imaginava oral, depois o beijo e só depois eu imaginava o anal e nossa, como era maravilhoso me conhecer.
Uma vez meu pai chegou antes da hora esperada em casa, abriu a porta do meu quarto e me pegou gozando, a porra voou no meu queixo, e ele bateu a porta envergonhado. Depois disse apenas que eu devia trancar a porta e mirar mais embaixo se não eu ia engolir meu próprio gozo.
É! Esse é meu pai.
Você deve estar perguntando se eu já tive algum relacionamento com homem.
Era cínico e louco, mas ano passado. 2019 pra ser mais exato eu levei uma garota pra casa, pagando 50 dólares para ela fingir ser minha namorada e assim seguiu nos próximos meses até que a mina disse que me amava e eu novamente me senti um merda.
O que preciso fazer pra demostrar que eu não nasci pra ficar com vocês garotas?
Ficar com garotos seria uma boa hipótese, mas eu não podia contar. Ninguém jamais podia saber. E não, eu nunca tive nenhum relacionamento gay, nem nenhum hetero de verdade.
Ninguém jamais vai saber do meu segredo . Ao menos não até eu ser independente economicamente e em todos os aspectos da minha vida.
Meu pai foi preso e devem estar pensando que eu fiquei aliviado porque assim poderia ter um relacionamento gay com algum cara legal. Porém a prisão dele acabou comigo. Me fechei. Voltei a ser só eu e eu, como numa época em que ele sumiu por duas semanas. Não se compara, mas não menosprezem minha dor.
O fato dele estar preso, não muda meu respeito por ele e minhas escolhas. Eu guardo pra mim esse segredo porque eu também não estou pronto se quer pra dizer em voz alta, "Eu sou gay".
O mundo é tão preconceituoso, e... É uma coisa muito complicada. Medo de não ter amigo nenhum, de ser rejeitado, de ser condenado... Meu Deus. Medo de tudo! De cada pessoa, de cada dedo levantado e apontado para mim, sou apenas eu contra o mundo... Não estou pronto para dizer as palavras!
O mundo é homofóbico demais, religioso demais, certinho demais... Todo mundo guarda um pouco de preconceito dentro de si e... Eu tenho tanto medo!
Pai, o que diria de mim? Escola? Matthew e Andrew? Sociedade? Imprensa?
Deus! Dei-me uma luz, ensina-me a encarar meus medos e a assumir quem sou. Pai, sou tão miserável para se quer dirigir a palavra ao senhor. Mas por favor, não me abandone.
17/04/2019 ➺ 02/365
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Meu Louco Peter - L4 da série Smith
RomanceFernando Edwards é o terceiro filho de Benjamin Edwards o maquiavélico e sufocante ex de Emma e verdadeiro pai dos gêmeos Smith, inconscientemente adotados por Thiago. Fernando tem sua vida virada do avesso quando seu pai e único familiar é preso po...