Meu Louco Peter - L4 da série Smith

Capítulo 04 : Caso Não Lembre.

17/10/2020

O tal "Matthew" me encarou com cara de nojo pela milésima vez.

Nesse momento eu estava me perguntando como ele era meu irmão, e o porquê de tantas acusações sobre meu pai, se tinham provas. Eu lembro de estar tão confuso com tudo.

Sentei no sofá da sala dele.

Então avistei um rapaz super atraente descer as escadas à minha direita. Vestido de uma forma estilosamente enlouquecedora. Ele me encarou de volta. Nossos olhares se prenderam um no outro e parecíamos hipnotizados. Meu coração bateu de uma forma que nunca havia feito antes, meu corpo arrepiou e um sorriso brotou de longe avistei o estranho umedecendo o lábio inferior. E aquilo de alguma forma me tocou!

Continuei o encarando de um jeito inconsciente e muito bom. Me levantei assim que ele chegou a uma distância considerável e ergui minha mão para pela primeira vez sentir o toque daquelas mãos macias. Eu seria insano demais em dizer que já estava rígido por ele?

Ah, Peter! Como foi maravilhoso te conhecer.

Eu apertei firme a mão direita dele, mas não soube o que dizer e meu olhar se perdeu na imensidão obscura do seu.

— Peter Tyler! - Ele se apresentou apertando minha mão e eu sorri tímido. Por longos e constrangedores segundos as palavras não ultrapassaram meus lábios.

— Eeer... Prazer, Fernando. - foi a única coisa que saiu da minha boca que também carregava um sorriso sapeca.

Foi inesquecível.

***

— Seu nome é Fernando, certo? - Megan pergunta iniciando nossa primeira conversa direta. Estava sentado na beira na piscina com os pés nela, Megan estava sentada ao meu lado.

– E o seu é Megan! - afirmei já sabendo o nome dela

Esta lembrança tem uns meses.

— Você vivia com o Benjamin? - me encarou exibindo o lindo batom vinho nos lábios

— Sim.

— E sua mãe e irmãos?

— Não tenho irmãos e a minha mãe morreu pra me dar a luz. Ela sabia que era fatal e apesar da dor, ela morreu sorrindo.

— Eu sei como é não ter mãe. Passamos por coisas realmente complicadas.

— Sim.

— Como Benjamin era pra você?

— Maravilhoso! Sua mãe morreu?

— Me abandonou com meu pai, levando toda nossa fortuna. Ela era uma ladra.

— Como sabe?

— Eu procurei por ela, e a encontrei... Então ela me provou tudo.

— Preferiria não tê-la achado?

— É bom saber da verdade, mas como já não é novidade: A mentira consola e a verdade dói.

— O que prefere?

— Opto sempre pela verdade na minha vida, mas quanto a isso... A consolação seria melhor!

— E por quê?

— Porque sem saber da verdade, eu ainda teria minhas espectativas sobre minha mãe... Que me amava, que queria estar comigo, que era a pessoa mais gentil do mundo e todas essas idealizações de uma mãe.

— Eu tenho elas!

— É bom não é?

— De certa forma.