-- Hoje é meu dia de ir lavar o banheiro. -- Sabina reclamou e Heyoon fez uma careta.
-- O meu foi ontem. -- Ela respondeu e Sina sorriu.
-- O meu não foi semana passada e nem essa. Acho que esqueceram de mim. -- Ela falou e Heyoon olhou desapontada para a semente da fruta em sua mão.
-- S, minha maçã acabou. -- Heyoon disse e fitou sua namorada. -- Eu queria outra. -- Heyoon falou e a Loira de olhos claros ergueu a cabeça para olhar para o lugar aonde deixavam as frutas.
-- Olha que sorte, Yoon. Ainda há frutas. -- Ela disse e Heyoon deitou a cabeça em seu ombro.
-- Busca para mim? -- Ela pediu com a voz manhosa e Sina riu.
-- Está bem. -- Ela replicou após alguns segundos, se esquivando da menor antes de ir buscar a fruta.
-- Ela ficou frouxa demais, não é certo explorar ela assim, Heyoon. -- Sabina falou e a coreana riu.
-- Não a estou explorando. -- A menor rebateu. -- Eu pedi para ela, ou seja, ela teve a opção de dizer não.
-- Céus, ela está apaixonada. Não te dirá não para essas coisas que te agradam. -- Sabina falou e Heyoon sorriu.
-- Aqui está. -- A voz de Sina soou atrás de Heyoon e a menor se virou, pegando a fruta e esperando Sina se sentar ao seu lado novamente para se inclinar e depositar um beijo manso em seus lábios.
-- Obrigada. -- Ela disse sorrindo. -- Mas você sabe que pode dizer não quando eu te pedir algo, não é? -- Heyoon indagou e Sina assentiu.
-- Eu sei, mas gosto de te dar todos os sim's possíveis. -- Ela replicou e Heyoon mordeu o lábio inferior.
-- Então... -- Heyoon começou, inclinando-se sutilmente para sussurrar algo no ouvido de Sina. -- Que tal dizer sim para a ideia de irmos para nossa cela para eu te dar alguns orgasmos, hm? -- Indagou sensualmente, pincelando seu nariz ao longo do pescoço de Sina. -- Essa noite a gente nem fez nada disso, apenas dormimos.
-- Sua proposta é muito tentadora. -- Sina disse respirando fundo, ouvindo o riso genuíno da menor.
-- E então? -- Heyoon perguntou mordendo o lábio inferior.
-- Heyoon Jeong! -- A voz firme de uma das policiais soou e a menor a olhou instantaneamente.
-- Sim, senhora?
-- Visita para você. -- Ela disse e a menor franziu o cenho.
-- Mas não estamos em horário e nem em dia de visita. -- Ela falou confusa.
-- Vai recebê-la ou não? É a sua advogada. -- A mulher disse sem paciência.
-- Oh. -- Ela falou assentindo. -- Eu já volto, pensa no que eu disse. -- Heyoon falou, se inclinando e dando um selinho em Sina antes de se levantar e seguir a policial.
Caminharam em silêncio até o lugar, tendo sido algemada no percurso. Quando chegaram lá a advogada voltou a pedir que a soltassem e assim a policial o fez. Heyoon agradeceu com um sorriso, porém a expressão solene no rosto de sua advogada quase lhe trouxe náuseas.
-- Devo admitir que me surpreendi com sua visita inesperada. -- Heyoon falou, se aproximando alguns passos. -- Não se supõe que eu sairia só em alguns meses? -- nour assentiu. -- Então a que devo a honra de sua visita?
A morena suspirou e ajeitou os óculos que usava. Ela alisou seu blazer preto e endireitou sua coluna, encarando Heyoon no momento seguinte.
-- Eu não sou a favor de injustiças, senhorita, quero deixar isso claro antes de tudo. -- Heyoon arqueou uma sobrancelha e uma sensação de mal-estar varreu sua paz interior naquele momento.
-- Por que diz isso?
-- Eu fui contratada por sua irmã após sua audiência. -- Ela começou. -- Porém levo meu trabalho à níveis elevados e, por determinada razão, eu fui procurar o advogado que representou a senhorita no tribunal. -- Heyoon assentiu atenta. -- E o que descobri não me atraiu de forma alguma.
-- Por favor, explique-me. -- Heyoon pediu aflita, cruzando os braços.
-- Eu estranhei o fato de um advogado tão bom não ter conseguido resolver uma simples coisa. Seu caso era simples, era apenas localizar a pessoa da farmácia e pronto, não teriam como te prender.
-- O que está sugerindo? -- A Morena umedeceu os lábios e se aproximou um pouco mais.
-- Eu fui procurar a pessoa dessa farmácia e ela tinha desaparecido. Me deixei guiar pelo instinto e segui os rastros do cartão de crédito dessa pessoa, senhorita, e quando a encontrei aleguei que ela poderia ser presa caso se negasse a comparecer no julgamento. -- Falou. -- Claro que eu já tinha provas de sua inocência, porém quis ir à fundo e, bem, a amiga de Carlos ficou com tanto medo que acabou confessando ter sido comprada para se afastar. -- Heyoon arregalou os olhos em total surpresa.
-- Oh meu Deus! -- Exclamou boquiabierta. -- Quem poderia ter feito isso? -- A morena suspirou e a fitou.
-- Sua irmã, senhorita. -- Heyoon sentiu de supetão um vazio tão grande que congelou sua alma por um instante. Aquilo não poderia ser real. Por que Sofia faria algo cruel daquele jeito?
-- Como disse? -- Heyoon indagou e a morena arrumou seus cabelos com uma expressão apenada em seu rosto.
-- Foi Geórgia.
-- Vo-você... uh, tem certeza? -- Ela questionou e Nour assentiu.
-- Por isso vim lhe procurar. -- Advertiu. -- Eu me demito do posto de sua advogada, pois sou completamente contra esse tipo de ação, a menos que a senhorita que me contrate.
-- Eu... -- Heyoon queria chorar, porém se conteve. -- Não acredito que perdi o natal e ano novo aqui; o aniversário de minha sobrinha... -- Disse indignada.
-- Não costumo cometer negligências em meu trabalho, senhorita, por isso fui a fundo nisso. -- Nour disse e Heyoon assentiu.
-- Eu agradeço, Nour. Eu... vou querer, sim, os seus serviços. -- Ela disse, ainda arrasada demais.
-- Ótimo. Prepare-se então, senhorita. Abrirei um novo pedido de audiência, desta vez por fraude. Garanto que em menos de um mês estará completamente fora daqui e muito bem remunerada pelo descuido tanto do estado como do seu antigo advogado.
-- Sou imensamente grata. -- Heyoon disse, sorrindo fraco. Não podia crer o tipo de monstro que sua irmã se transformara.
-- Qualquer novidade eu volto. Passar bem e tenha um ótimo dia, Heyoon.
-- Você também, Nour. Obrigada de novo. -- A advogada assentiu com um terno sorriso no rosto e se retirou.
O momento onde a policial a algemou, para levá-la de volta ao pátio, mal foi notado por ela. Em sua mente só se passava perguntas e mais perguntas do porquê de sua irmã ter feito aquilo e trazia consigo uma só certeza: Aquilo não ficaria assim.
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「 𝖯𝗋𝖾𝗌𝖺 𝖯𝗈𝗋 𝖠𝖼𝖺𝗌𝗈 」- 𝖲𝗂𝗒𝗈𝗈𝗇
Fanfiction𝗦𝗶𝘆𝗼𝗼𝗻 | + O que você faria se, por um golpe do destino, você fosse presa mesmo sendo inocente? Heyoon Jeong não se assustou tanto quando foi mandada ao julgamento, afinal sua família tinha a conta bancária transbordando dinheiro o suficiente...