𝙇𝙤𝙫𝙚, 𝙄 𝙨𝙖𝙞𝙙 𝙧𝙚𝙖𝙡 𝙡𝙤𝙫𝙚.

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Begin.

- Nós podíamos sair hoje, não acha? - O Lee, de cabelos castanhos presos, falou.

- Eu não posso, hoje tenho que trabalhar até mais tarde. - Foi a vez do Bang, que enlaçou a cintura do outro com os braços fortes.

Minho tentou esconder, mas seu bico triste formou-se mais rápido do que pôde controlar.

- Me desculpe - O maior disse, beijando-lhe o pescoço.

- Tudo bem, eu... eu posso te esperar aqui e fazemos algo quando você chegar - Forçou um sorriso. - Não vá chegar tarde, hum? Você já é uma pessoa de idade, não pode ficar até tarde na rua! - Minho diz, em um tom de humor.

O escape.

O loiro sorriu e soltou um beijo no ar, abrindo a porta. Depois que Bangchan saiu, Minho pôde chorar. Um choro descontrolado, um choro que só faltava sufocá-lo a cada soluço. Amava o outro mas essa sensação de estar sendo enganado, estar sendo trocado era pertinente demais...

E Minho sempre confiou demais na sua intuição para deixar algo como isso escapar.

Bangchan tinha tempo demais, mas não para Minho. Nunca para Minho. Ele nunca disse nada, pois preferia sofrer em silêncio do que incomodar o namorado com coisas tão fúteis.

Acontece que nem tudo era sobre o Lee, às vezes o Bang só precisava do tempo dele e coisas dele. Porém, Minho se recusava a acreditar que era apenas isso, sua cabeça o fazia acreditar que estava afastando o loiro por algum motivo. Um motivo tão ruim que, por um momento, Minho pensou em acabar com tudo e livrar o outro de estar com ele.

- Preciso... - Disse ele, antes mesmo de limpar os olhos embaçados de lágrimas. - Que dia é hoje?

Sábado. E Bangchan tinha que trabalhar no sábado.

O castanho não tinha muito o que fazer, hoje não ia trabalhar e ainda estava muito cedo para preparar o jantar de casal que ele havia planejado. Decidiu que iria escrever algo, escrever sempre o ajudava a organizar a mente. Ele tinha algumas horas antes de Bangchan chegar, então ligou o computador.

🍒.

- Minho?

Bangchan. O Lee abriu os olhos.

Meu Deus a hora!, Pensou ele quando se deu conta que dormiu demais.

O mais alto chegou no quarto antes mesmo que o castanho pudesse pôr os pés para fora do quarto. Bangchan encostou-se na soleira da porta, observando o Lee atrapalhado e fora de órbita.

- Dormiu demais? - Minho estava de costas, mas ele jura que conseguiu ouvir o outro sorrindo durante essa frase.

- Sim.

- Está tudo bem?

- Sim, eu só...

Eu só estou inseguro em relação a gente, ele quis dizer.

- Ainda estou meio zonzo - Completou, indo ao banheiro do quarto.

- Você quer que eu faça torta de cereja? Trouxe o vinho que você gosta! - Bangchan disse, se aproximando do banheiro, teve a visão do Lee de boxer pendurando a toalha.

𝘾𝙝𝙚𝙧𝙧𝙞𝙚𝙨 𝙖𝙣𝙙 𝙒𝙞𝙣𝙚Onde histórias criam vida. Descubra agora