𝐁𝐀𝐍𝐆𝐂𝐇𝐀𝐍

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🍷.

Nos últimos dez segundos, Bangchan esteve em êxtase pensando no que estava acontecendo, enquanto seus lábios retribuiam os do ruivo com veracidade. Tudo que ele se lembrava era de um pote branco de sorvete de toffee, um sorriso brilhante de Minho e depois um choque nos lábios, quase como uma batida de carro.

Eles passaram mais alguns segundos presos naquele beijo, as mãos de Minho firmes nos fios bagunçados do cabelo do Bang e os braços deste estavam entrelaçados na cintura marcada do Lee, o puxando para mais perto. A respiração do cacheado já estava acabando e ele tentou se afastar, mas o ruivo pressionou ambos os lábios mais uma vez, numa tentativa desesperada de mais contato.

– Minho, eu preciso respirar! – Disse Christopher, com a boca suprimida pela do outro.

O Lee sorriu, e arriscou dar um último selinho no garoto mais alto.
Quando eles finalmente cortaram a proximidade, os braços de Bangchan ainda estavam no mesmo lugar quando tudo começou, e os de Minho também.

Ambos estavam sorrindo, e quem visse de fora, acharia que eles fossem um casal recém formado.

– Tudo bem? – O Lee disse depois de um tempo, ele parecia estar flutuando.

– Hum... tudo bem. Eu acho. – O Bang respondeu, as pupilas mirando os pés grandes.

Minho parecia estranhamente inseguro depois da resposta.

– Você não gostou?

– Não. Quer dizer, sim! Eu gostei sim. É que eu não esperava que você fosse... sabe? Me beijar. – As mãos de Bangchan agora estavam apertando a cintura do mais baixo; o Lee suspirou para não perder o foco.

– Ok, se você não parar de fazer isso agora, vamos ter sérios problemas aqui na rua. – Os dois riram, e o Bang soltou a cintura de Minho aos pouquinhos. – Eu já queria te beijar, mas eu meio que... Não tive coragem.

– E teve agora? – Bangchan disse, o olhando nos olhos.

– É o que parece, né... – A mão esquerda do ruivo soltou-se para coçar os cabelos.

– Ok, isso é... – Christopher buscava as palavras, mas tudo estava desprendendo da sua memória. – Isso é muito...

– Estranho?

O mais alto assentiu, seus rostos muito perto. Minho soltou o pescoço do Bang, dando um passo para trás.

– Então, eu vou buscar o carro...

– Tudo bem, eu te espero. – O de cachos disse, ainda com o pote branco nas mãos.

Por um momento, Bangchan achou que tinha falado algo que havia magoado os sentimentos do garoto, que agora estava sorrindo para o porteiro da empresa. Quer dizer, será que ele deveria agir dessa forma? Será que ele tinha medo de contar sobre seus sentimentos para Minho?

Depois que as coisas se encerram, tudo fica meio incerto e meio inseguro. Antes a morte do que falar sobre sentimentos, sentimentos são complicados, são perigosos... uma área que ninguém nunca quer pisar.
Principalmente quando essa área já é conhecida.

Nos minutos seguintes, o Bang viu o automóvel preto de Minho saindo pelo portão principal. Por um momento, ele não soube como agir quando falasse com o ruivo de novo; quer dizer, enquanto eles estavam se beijando não havia muito o que falar né?

𝘾𝙝𝙚𝙧𝙧𝙞𝙚𝙨 𝙖𝙣𝙙 𝙒𝙞𝙣𝙚Onde histórias criam vida. Descubra agora