Capítulo 10

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Peter e eu ficamos na cama o dia todo. Parecíamos dois recém-casados em lua de mel. Sedentos de toque, luxúria. Tínhamos muito tempo perdido para compensar.

Ele me prendia em beijos longos, eu estava rendido por sua delicadeza e seus lábios macios e queimava por Parker de tal forma, que minha pegada forte inevitavelmente marcava sua pele com a marca dos meus dedos.

Eu sentia o sangue correr quente nas minhas veias e tentava me controlar ao máximo para não queimar a largada. Costumava ter alguns hábitos um tanto sádicos na cama, mas Peter não precisava conhecê-los agora. Não tão cedo. Isso poderia assustá-lo.

O menor beijava minha boca com desespero, como se tivesse passado uma eternidade esperando aquilo. Trancado fora do paraíso. Seus lábios rosados e macios eram tão puros que me arrancavam arrepios involuntários. Estava de olhos fechados, completamente nu para seu deleite e os dedos delicados de Parker percorriam meu peitoral, passeando lentamente pelo abdomen até chegarem no meu cacete.

Ele parecia um menino guloso provando seu doce favorito, beijava e lambia meu corpo nu como se fosse feito de sorvete.

— Você não devia me atiçar assim, Parker... — eu o avisei, enquanto o mesmo sorria de forma maliciosa.

— Você não é meu pai para dizer o que devo fazer.

Peter segurou minha nuca e me beijou.

Tão ardente quanto o inferno, sua língua pedia passagem e eu permitia que ele me beijasse como queria. Um duelo de cavalheiros por posse. O novaiorquino tinha sua propria maneira de me provocar. Mordia meu lábio inferior e arranhava minha nuca.

Meu amigão começou a se animar.

— Está ficando maior... — Peter sorriu e montou no meu colo, de costas para mim, com o queixo apoiado no ombro direito.

Sua mão tocava meu membro como se fosse um mero objeto de sua curiosidade.

— Você ainda não viu nada, garoto. — me apossei da bunda de Peter, palmejando suas nádegas com posse até manchá-las de vermelho no formato da minha mão.

Puxei-o pelo quadril e o fiz ficar empinado para mim como em um 69. Minhas mãos eram maiores que seu quadril. O novaiorquino tinha uma bunda lisinha e redonda, carnuda e empinada.

Parecia ter sido desenhado por um artista renascentista. Parker era sexual e ao mesmo tempo inocente, como um anjo despido de suas vestimentas para apreciação de um impuro observador.

Eu era o impuro observador.

Como se as posições tivessem se invertido, eu era pagão e ele sagrado. Eu o adorava com meus lábios, o venerava com meus toques. Fazia-o gemer de prazer como um deus sendo cultuado.

Eu puxei mais seu quadril até que estivesse sentado sobre meu rosto, como se eu fosse seu altar. E o invadi com minha língua desenhando círculos dentro dele, enquanto ouvia seus gemidos profanos.

— Ah.... T-Thor... — o tom agudo de Peter era meu louvor — Isso é muito bom...

Eu apalpava sua bunda, enquanto minha língua violava seu ânus, lubrificando-o e lhe dando prazer ao mesmo tempo.

— Santo Deus... — Peter gemeu mais alto se inclinando para trás.

Minha barba roçava levemente na sua bunda, mas percebi que o menor gostava disso. Eu o devorava como se ele fosse minha hóstia e não demorou muito para que ele começasse a me masturbar.

— Minha nossa... — Peter parecia prestes a explodir — Santo Odin, Thor... Isso... Você é tão... Oh...

O garoto ofegava, rebolando levemente na minha cara, enquanto brincava com minha lingua na sua entrada.

— Ah, merda... — ele gemeu outra vez, disfrutando provavelmente pela primeira vez de tanto prazer anal — Droga, isso... Thor... Por favor, transa comigo.

Aquilo soou mais como uma súplica do que como um pedido. Até onde sabia, Parker era virgem e cheguei a me questionar se era a coisa certa a se fazer naquele momento.

— Peter...

Dei-lhe uma pausa. Sentei-me com as costas na cabeceira e engoli seco um pouco impressionado, mas o menor logo se acomodou no meu colo. Sua bunda roçava em meu membro ereto e ele acariciava meus cabelos loiros acima da nuca.

— Thor, eu tô apaixonado por você... — Peter confessou baixinho, segurando meu rosto e olhando nos meus olhos, sorria, mas parecia muito mais nervoso do que o comum — Desde que te vi pela primeira vez, eu nunca desejei ninguém como desejo você...

A cada palavra sua, meu fôlego fugia mais longe.

Meus olhos estavam nos seus e suas mãos alisavam minha barba, desenhando formas abstratas.

Peter Parker estava na linha tênue entre a adolescência e a vida adulta, era viril, maz delicado, decidido, mas cheio de inseguranças. Era tão forte, mas ao mesmo tempo parecia uma estátua de areia. Um toque errado e ele se desmancharia por completo.

Nunca fui um exímio admirador de arte, exceto quando se tratava de Peter Parker. Estava preso em cada detalhe e nuance seu.

Minha obra-prima.

— É com você que quero perder a inocência, a virgindade, eu sei lá... — Peter confessou com os olhos fixos — Eu tentei matar o que eu sinto, porque não parecia certo, mas se é errado, então não devia ser tão bom porque eu quero você. Eu iria até o inferno se fosse por você.

Eu estava hipnotizado. Peter Parker declarando-me sua irremediável paixão acendia uma parte de mim que mesmo depois de séculos de vida ainda não conhecia. Suas mãos acariciavam meu rosto e seus lábios estavam próximos o suficiente para que confundisse seus suspiros com os meus.

Aprumei minha coluna e estava pronto.

Finalmente eu o tinha para mim e nada mais importava, além de dar prazer áquele garoto.

Sorri, alisando seu lábio com o polegar e admirei seu rosto uma última vez antes de me declarar.

— Peter.

Uma voz feminina me interrompeu.

O garoto virou-se para trás rapidamente e a porta do trailer estava entreaberta. Uma jovem, vestida em um vestido longo e cinzento, cabelos um tanto ondulados e pele marrom clara, assistia-nos de pé, com uma expressão morta e um grande nó no estômago.

Peter se afastou de mim e se cobriu com lençol.

Eu entendi um pouco tarde demais o que estava acontecendo.

— MJ, eu posso explicar...

Arqueei as sobrancelhas, me cobrindo logo em seguida.

— Nossa, que original! — a garota exclamou sem nenhuma empolgação — Que merda...

Ela segurou na alça da mochila e fechou os olhos enojada. Peter vestia os jeans de forma atrapalhada e tentava alcançá-la.

Ele não queria que ela fosse embora.

— Por favor, me deixa explic...

— Vai se fuder, Peter Parker! — a garota praguejou antes de dar as costas e bater a porta.

Thor - Amor e TrovãoOnde histórias criam vida. Descubra agora