Capítulo 13

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Peter estava voando pelo saguão, em direções complexas, mas de nenhum modo planejadas. Com um fio de teia preso no corpo de Venon, ele girava pelo saguão, chegando a fazer uma manobra arriscada por debaixo das pernas do simbionte caótico. Estava amarrando-o com uma maestria que só os anos como cabeça de teia lhe permitiam.

Ninguém era mais ágil e astuto do que Peter Parker.

O sentido aranha aguçado, os movimentos ágeis e o reflexo preciso eram sinais claros de que ainda era o Homem Aranha. E quanto mais raiva sentia, mais mortal ficava. A teia meio que puxava Eddie para lá e para cá e mesmo que fosse muito maior e mais pesado que Peter, não conseguia contê-lo de jeito nenhum.

— VAI PAGAR POR ISSO, PETER PARKER! — sua voz saiu num tom monstruoso, grave e agudo ao mesmo tempo, como se fosse um duo alienígena.

— Paga você!

Peter Parker se impulsou do teto, mirou um Venom completamente tonto e amarrado em complexas e incontáveis camadas de fios. Balançando-se na teia presa no teto como se fosse o Tarzan, ele acertou um chute mortal com as duas pernas bem no peito da criatura, que inevitavelmente tombou para trás. Venom destruiu o painel vidro do saguão em mil pedacinhos e despencou em queda livre do trigésimo quinto andar.

Ainda preso na teia, corria sério risco de morte na queda, mas Peter não se importava. Não naquela noite. Pelo contrário, precisava ter certeza de que a ameaça seria neutralizada. Olhou para baixo, mas não o viu.

Foi quando ouviu uma explosão de estilhaços que fez o Empire State inteiro tremer.

Peter correu até MJ e a pegou nos braços. Tinha que tirá-la dali.

— Ned. O que aconteceu?

Sua voz soou como se não fosse sua.

— Ele explodiu uma bomba, Peter. Só uma. Esses sensores são muito antigos, eu tô tentando emitir contrafrequências de rádio pela sua armadura para que haja um interferência entre as bombas e o controle, mas acho que ele deve ter acionado alguma enquanto caía.

— Merda. — praguejou Parker.

— Eu tô ampliando o cumprimento da onda de interferência, mas você precisa tirar ele de perto do prédio. Os controles dele só funcionam em curta distância.

MJ estava inconsciente, mas o corpo dela cabia perfeitamente nos braços de Peter. Como se tivesse sido feita para estar lá. Peter sentiu uma sensação estranha quando encostou nela.

— Defina 'curta distância'.

— Sei lá, uns quatro quilômetros? Se levar ele para longe, eu consigo desarmar as bombas.

Peter acionou o modo mapa na sua armadura. E um esquema cartográfico azul de Nova Iorque surgiu no seu campo de vista, lá embaixo uma saraivada de tiros se sucedeu e no mapa, um ponto vermelho se locomovia rápido em direção a Broadway. De algum jeito, seu plano estúpido de plantar um rastreador no corpo de Venom funcionou. Ou o simbionte não percebeu o nanorastreador plantado durante a confusão ou ele queria ser encontrado.

— Beleza. Eu tenho um plano.

— Peter. — MJ suspirou de olhos fechados — P-peter...

— Ela tá delirando. — Peter concluiu consigo mesmo.

— É... é... Um p-parasi... — balbuciou quase inaudível.

MJ tocou o peito de Parker. Era para ser algo como uma cutucada, mas ela estava tão fraca que sua mão deslizou de forma romântica pelo peitoral alheio. Peter se sentiu mais forte. Viril.

Thor - Amor e TrovãoOnde histórias criam vida. Descubra agora