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O dia mal começou e já estou derretendo com o calor.

Peter acorda e eu olho para ele.

- Oi- sorrio fraco. Olho para Meg grudada nele e desvio o olhar.

- Oi- respondo sem olha-lo.

- Você não dormiu?- nego com a cabeça.

- Não consegui, minha mente não quer desligar por nada- sorrio fraco e escuto Alana se espreguiçando.

Olhamos para ela.

- Estou atrapalhando alguma coisa?- rio fraco.

- Não, não tem nada para atrapalhar e você nunca atrapalha- comento.

Ela sorri e boceja.

- Vamos?- ela pergunta.

- A Meg ainda não acordou.

- Tudo bem, eu acordo ela- ele balança ela tentando a acordar.

Meg se mexe um pouco e mesmo de  olhos fechados dá um selinho em Peter, meu estômago revira.

- Bom dia!- ela abre os olhos e eles sorriem um para o outro.

Desvio o olhar e me levanto.

- Calma aí, não quero ver essa melação!- Alana vem até mim.

Nos afastamos um pouco deles.

- Você não vai falar com ele?- quando vou responder ele se aproxima com a Meg.

- Vamos?- não respondo e começo a andar.

Voltamos para o deserto de areia e vejo uma tempestade se formando ao longe.

- Lá! Vamos lá- corro até lá e eles me seguem.

Entramos na tempestade de areia e como de costume fechei os olhos esperando pelo pior.

Quando abro os olhos já estamos em outro lugar de novo.

- Conseguimos!- Alana comemora dando pulinhos.

Não consigo nem pensar direito e estou coberta de sangue.

Não consigo nem gritar. Não consigo me mexer.

Meg está gritando desesperada e eu só  consigo olhar para o peso que acabou de esmagar Alana no chão.

Peter se aproxima e me puxa para longe do que sobrou do corpo.

Não percebo que estou tremendo até Peter segurar minhas mãos.

Ela estava ali em segundos, sorrindo e contente e agora não está mais.

Me afasto dele e acho que vou vomitar.

- Quero sair daqui! Não aguento mais!- me altero.

Peter está segurando Meg, vem até mim e me abraça também.

Choro com eles. Nem sei quanto tempo ficamos só chorando.

O fim parece tão distante agora que estamos só nós três.

- Só restou a gente- Meg sussurra.

- Não me sinto forte para continuar- confesso.

Peter nos solta e nos encara.

- Não podemos desistir ou todos eles foram em vão. A gente vai conseguir! Vamos sair dessa e iremos fazer um funeral especial para todos eles, preciso de vocês garotas.

Quase choro com as palavras do Peter, mas engulo o choro e levanto a cabeça.

- Tudo bem, vamos sair, ainda tenho que cuidar de vocês- eles riem entre o choro.

Até Onde?: O Jogo Só ComeçouOnde histórias criam vida. Descubra agora