Capítulo 3.

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Toriel tinha uma mão macia. Assim que saímos daquele breu, nos encontramos em um grande salão. Tijolos roxos, com duas escadas dos lados dando para uma passagem em uma do andar. No meio das escadas, tinham folhas secas e vermelhas, com algo brilhando.

-Venha comigo!

Ela soltou minha mão, para erguer a barra de seu vestido, e subir as escadas. Antes de a seguir, me aproximei do brilho acima das folhas. Ao me aproximar, uma melodia doce e nostálgica começou a tocar, e pelo visto apenas para mim, pois Toriel não estranhara. Encontrei no brilho e aquilo se transformou em uma estrela de quatro pontas. Consegui ouvir risadas inocentes pelo cômodo, como uma lembrança, uma lembrança que não era minha, mas que de certo modo agora pareciam ser parte de mim. Era um sentimento reconfortante.

Ouvi um barulhinho ao tocar na estrela, e logo apareceu "file saved" à minha frente, como um checkpoint.

Ergui minha cabeça ao ouvir Toriel me chamando.

-Já estou indo!

Subi os degraus, Toriel me esperava na frente da passagem, e quando cheguei, começamos a andar. Na próxima câmara, que por sinal era pequena, tinham pequenas plataformas no chão, algumas folhas, uma próxima passagem bloqueada por espinhos, uma alavanca na parede e uma placa.

-Aqui no subsolo você encontrará vários quebra-cabeças, então tente se acostumar com eles, tudo bem?

Assenti.

Ela pisou em algumas placas de pressão, em uma ordem, e puxou a alavanca e os espinhos desceram, abrindo caminho.

-Prontinho!

Toriel seguiu, e eu apenas a segui, tive preguiça de ler a placa do cômodo.

Próximo lugar era um lugar mas extenso. Tinha uma plaquinha de madeira do lado de Toriel, uma trilha, e uma placa numa parede mais pra trás.

-Você também irá ativar várias alavancas, por aqui, eu marquei as que deverá ativar!

Sorri para ela, e ela começou a andar pela trilha. Antes de fazer o mesmo, fui ler a placa lá na frente. Assoprei a poeira e a li.

-"Mantenha-se na trilha" ... puts.

Voltei pra trilha e cheguei aonde Toriel estava. Na parede, mas pra frente, tinham duas alavancas, uma marcada e outra não.

Eu fui até a que tava marcada, e a ativei. Ouvi um barulho, e Toriel bateu palminhas.

-Muito bem, pequena!

Ela sorriu e seguir o corredor atrás dela. Vi que uns espinhos tinha descido. Então era isso que a alavanca ativava.

Apenas a segui.

Na próxima sala tinha um boneco de luta. Eu entrei, analisando.

-Nas ruínas, você encontrará vários monstros, e alguns deles tentarão entrar em combate com você. Porém, existe outro jeito de sair de uma luta: ao invés de lutar, converse!

Olhei para ela, interessada.

-Sempre que entrar em combate, inicie uma conversa. Ganhe tempo até que eu possa chegar e te ajudar! Tente treinar com esse boneco.

Eu assenti, me sentando na frente do boneco.

-Hum.. oi! Qual o seu nome?

O boneco não respondeu, obviamente. Era apenas um treino.

-O que você mais gosta de fazer no final de semana? Eu gosto de dançar e cozinhar! Eu não cozinho muito bem, em geral, mas sei fazer uma boa macarronada! Gosta de macarronada?

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