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- Senhorita Bulma? O que aconteceu? Você está bem? 

Sem pensar muito na resposta, a garota simplesmente jogou a resposta. - NÃO! EU NÃO ESTOU BEM! - O professor se preocupou e antes de se aproximar, ela grita frustrada. - MENSTRUEI!

O professor ficou chocado, Bulma o ignorou e saiu da sala. Não havia muito para se pensar, faltava três meses para o término das aulas, os alunos já estavam desistindo de ir para as aulas, então qualquer tipo de relação que ela e o professor estavam tendo, era melhor esconder muito bem ou teria que acabar com aquilo. E ela não queria acabar com isso, o que quer que tinham, não queria acabar e em relação ao que ele queria... era complicado saber.

É claro o que pessoas como eles queriam, um prazer inigualável e de manhã, mal saberiam como acabaram na cama um do outro. Ela deveria querer isso, deveria mesmo, mas não queria acordar todos os dias e perceber que não o veria novamente, mas isso... é clichê, certo? Se apaixonar por alguém com quem dançou e teve uma noite de prazer inigualável. Sua vida não é um filme ou uma história, ela é uma pessoa real, uma pessoa que se apega rápido demais e por conta desse seu defeito, seu coração havia sido quebrado várias e várias vezes, de novo e de novo, e depois de tantas vezes decepções em sua vida, pela primeira vez ela se sentia satisfeita e feliz por estar com alguém. Mesmo depois do sexo e até mesmo depois das preliminares, como ela poderia esquecê-lo? Como poderia esquecer as mãos grossas e calejadas, lábios famintos e grossos e até mesmo do olhar penetrante e irritado Bulma gostava, então como poderia acabar com aquilo?

- Bulma? Bulma?! - Goku cutucou a amiga que estava roendo as unhas e estava com os pensamentos longe.

- Ah? O que foi Goku?

- Você disse que iria me ensinar a fazer esses cálculos e você sabe que o Mestre Karin não gosta que seus alunos tirem notas abaixo de 8, eu preciso muito que me ensine. Ele disse que não posso ficar no time se não tirar mais que 8 em álgebra e biologia. Ele implorou para ela ajuda-lo como já havia feito em outras vezes, mas dessa vez ela era a que parecia precisar de ajuda. – Bulma? Está tudo bem?

- Sim, está sim Goku, eu só preciso pensar um pouco em algumas questões pessoais.

- Entendo, é por causa do seu relacionamento com o Prince?

- Como você-? – Sua atenção é prendida no jovem.

- Não é que - Um giz bate em sua cabeça que o faz ficar passando as mãos rapidamente no local.AÍ! Porque fez isso Mestre Karin?

- Porque você está falando alto! Um adulto idoso, pequeno para a altura de um adulto normal, seus cabelos brancos e curtos estavam alvoroçados e seu cajado da sua altura e principalmente sua audição fazia dele um idoso muito peculiar. – E você senhorita Bulma? No que está pensando que não é em meus ensinamentos?

- Eu, é, que, eu, eu... eu estou com cólica, é isso. Cólica! Dói muito, e eu não aguento a dor. Ela dizia enquanto apertava a barriga e colocava seu rosto sobre a mesa.

- Se está com tanta dor assim, porque não foi até a enfermaria? Vá logo! Não quero que seus gemidos tirem minha concentração!

- Obrigado professor.

A desculpa da cólica não iria durar muito, mas enquanto durasse usaria esse tempo para pensar, para colocar as coisas em ordem e pensar em como dizer para um cara super gostoso, ótimo de cama e bom com dominação e o mais importante seu professor, que estava começando a sentir algo a mais que atração e que queria passar o seu tempo com ele? Como iria dizer para seu professor que queria ser namorada dele? Isso era tão embaraçoso e antiético para ele, bom... ela teria que segura-lo por um mês certo?

- Senhorita Bulma? O que faz aqui? O que a senhorita está sentindo? – Uma senhora simpática a atendeu.

- Eu estou com cólica, o professor Karin disse para que viesse aqui.

- Ah entendo, está naqueles dias, eu irei preparar uma toalha quente para a senhorita, recomendo que fique com a maca perto da janela, ela tem uma sacada, já que estamos no terceiro andar.

- Obrigada.

Ao adentrar na enfermaria o que ela menos esperava aconteceu, uma cólica, das piores que já havia tido na vida, parecia carma por mentir, dessa vez estava mais forte que as outras que já havia tido. Deitou na cama e se encolheu, pegou um dos travesseiros que estava na cama e gritou, seus gritos se transformaram em lágrimas, até que ela sentiu as mãos da senhora acariciando suas costas. Seu choro não era pela dor, mas sim por frustração, desde quando sua vida se tornou tão complicada?

- Pode ficar o tempo que precisar, eu vou fechar a porta para que tenha um pouco de privacidade ok?

Ela nada respondeu apenas assentiu com a cabeça. Os quartos eram pequenos mal cabiam duas pessoas dentro ali dentro, o dela cabia pois havia uma varanda. Fechou os olhos e deixou a dor fluir juntamente com as lágrimas, se o universo a estava punindo ela aceitaria pois, mentir para fugir da classe não era uma boa ideia! Que seja, mas será que ele não pegaria um pouco mais leve com ela? Afinal é apenas uma pequena mentira, que mal há de fazer uma brincadeira boba de vez em quando?!

- O que aconteceu?

Uma voz rouca e baixa a acordou de seus pensamentos sobre o universo vingativo e das inúmeras maldições que estava lançando sobre o universo.

- Eu estou com dor.

- Estou vendo, mas qual a intensidade da dor?

- Isso interessa a você? – Ela tentou se mexer, mas rapidamente voltou a posição inicial.

- Então é muito forte?

- Não te interessa! - Resmungou.

Ele entrou no quarto, trancou a porta e sentou na cama, pegou as pernas dela e as esticou, fazendo com que ficasse com o corpo esticado e ele sentado com as pernas em sua cintura. Bulma ficou chateada e irritada, queria ficar em sua posição quieta, mas não! O senhor perfeitinho e irritadinho quis mexer com seu corpo, se conseguisse chutaria a cara irritada dele. Seu corpo tremia com a intensidade da dor, Vegeta começou a desabotoar o uniforme dela, Bulma segurou seu pulso e ele a repreendeu com o olhar, o rapaz saiu da cama e procurou um óleo para massagem. As mãos calejadas se tornaram suaves aos toques e massagearam a região dolorida, de primeira Bulma rejeitou a massagem, com os minutos aceitou e entrelaçou os dedos com os dele e ele continuou a fazer a massagem.

Isso não é uma boa ideiaOnde histórias criam vida. Descubra agora