desculpa demorar tanto pra postar e vir com um capítulo curtinho, enfim amo vcs e FELIZ NATAL
escutem a música..
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Odiei aquela sensação de estar imersa em um sonho mesmo quando acordei. Havia acabado de sair de um pesadelo que mais parecia ainda acontecer, mas não.
Abri os olhos ainda meio atordoada em um dormitório conhecido, mas que não era o meu. Minhas lembranças eram vagas em relação a noite anterior e a festa que havia ido, soube que tinha respostas e que precisava pesquisar porque a tatuagem que vi ontem me remetia algo, era quase como uma marca para dizer: "ei, o que quer que seja isso não é apenas uma brincadeira de criança".
Quando levantei ainda estava vestida com a mesma roupa, o que não era de todo mau, e Goyle estava com Oliver e o outro companheiro de quarto deles sentados no sofá, e a televisão ligada no canal de notícias, o que me fez lembrar da reunião do jornal em algumas horas. A final, que horas eram? No relógio dizia 9, ainda havia tempo. Me sentei ouvindo a cama ranger, mas nem mesmo um olhar veio na minha direção, o foco estava completamente na televisão e na repórter que falava continuamente sobre um estudante de Yale.
Cocei os olhos tentando me concentrar mas tudo parecia bastante vago.
— Adam acordou nessa manhã chuvosa, já com um leve corte na região da garganta da noite anterior — Finalmente meu corpo tomou um choque, despertando finalmente do estado sonolento que esteve instantes atrás. A foto que aparecia no canto da tela não me deixava enganar, era ele — A polícia acredita que tenham sido as mesmas pessoas que o encurralaram na cozinha enquanto preparava seu café da manhã, e o do seu irmão Sid, que pouco pôde fazer para ajuda-lo. As poucas informações que a polícia liberou sobre o caso nos fazem pensar sobre como uma região tão pacífica...— Goyle olhou para trás com os olhos brilhando em preocupação, suas sobrancelhas se franziram quando notou que eu assistia em completo choque
Ele morreu. Adam estava vivo durante a madrugada, e de manhã, passando em uma reportagem de emergência completamente sem vida. "Eles vão me matar" as palavras reverberaram na minha mente como em um quarto oco com quatro paredes, e elas sufocaram tanto que me vi com ódio por um instante
Não haveria como saberem que eu o descobri, a não ser que se tratasse de algo mítico, e convenhamos, é impossível. Então por que? Já estava predestinado a acontecer?
— Scar... — Goyle abaixou o volume da televisão e os outros dois se assustaram. Ele foi o único que viu o que aconteceu, ele quem me impediu de continuar. Será que se não tivesse impedido as coisas acabariam diferentes?
As lágrimas se acumularam sob meus olhos prontas para jorrar mas foi fácil impedir que o fizessem. Era quase como se evaporassem com um simples pensamento
— Preciso me arrumar para as aulas — Levantei o mais rápido que pude, pendurando a bolsa em meus ombros e seguindo na direção da porta. O chão mais gelado que eu estava acostumada não foi motivo de hesitação.
Meu casaco ficou para trás junto com os saltos pela pressa enquanto minha cabeça pensava a mil, caminhei sem olhar para trás, ou para os lados, ignorando tudo ao meu redor que não fosse eu mesma e minha própria existência Não por me sentir culpada pela morte de uma pessoa, mas por me sentir impotente em relação a isso
Quais são as chances de ele ter morrido por minha culpa? E quais são as chances de eu ser a próxima? Possibilidades vagas e nenhum fato concreto, apenas vestígios disso.
Sem saber como exatamente meus pés me guiaram até o dormitório de forma independente, e em um outro momento o computador estava aberto na escrivaninha com a pesquisa. Descrevi o mais detalhado que pude o símbolo que vi, e ali estava:

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The Sin
RomanceAlgumas mulheres são perigosas, principalmente as que sabem o que querem, e como querem. Elas tem a alma ardente e geralmente não seguem os padrões, costumam assustar as pessoas ao dizer que não planejam casar ou ter filhos... elas querem liberdade...