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por favor comentem, é a minha forma de saber se estão gostando

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|Luke Hadrian |

Bufei frustrado após errar novamente o alvo exatamente como das outras cinco vezes

Era patético, e eu estava nervoso

Os dardos não chegavam sequer a dez centímetros do centro, e Hanna ganhava a partida com uma diferença de tantos pontos os quais eu nem sequer conseguia contar

Cérbero me encarou do sofá abanando o rabo cheio de deboche. Maldito doberman, que apenas me julga a cada movimento e nem sequer obedece um simples comando como sentar

— Parece que alguém anda distraído — Khalid sentou-se sobre o pequeno sofá e brincou com o líquido dentro do copo. Seus cabelos estavam presos a tranças pequeninas no topo da cabeça e o tronco envolvido em uma camiseta no mínimo três números maior — É por causa da garota?

Hanna imediatamente estreitou os olhos na minha direção, como se repreendesse o ato, ou talvez estivesse apenas curiosa, eu não saberia dizer. Ela lançou o dardo e acertou o centro novamente

Khalid riu. Logo eu, Luke Hadrian, intimidado por uma garota. A verdade é que sou a pessoa mais segura de mim que conheço, mas ela me deixou completamente fora de órbita

— Você não entende — Dei de ombros e caminhei até o alvo, retirando os dardos de um a um — Eu olhei no fundo dos olhos dela naquela festa — Fiz uma pequena pausa e esquadrinhei a feição impassível de Steve do outro lado do bar. Nenhum deles parecia acreditar no que eu dizia — Veja bem, eu olhei no fundo dos olhos dela aquele dia, e não vi absolutamente nada. Eles eram tão opacos quanto uma rocha

O mais engraçado era que por algum motivo, aqueles também eram os olhos mais cheios de vida que eu havia visto pelo simples fato de não enxergar sua morte

— Talvez ela use lentes de contato — Steve resmungou do outro lado da sala.

— Ela teria sentido, e provavelmente não aguentaria cinco segundos perto de mim antes de ter um ataque nervoso — Fitei o teto por alguns instantes cogitando a possibilidade

— Ou talvez você estivesse muito bêbado — Hanna devolveu. Ignorando totalmente nosso jogo e indo até Cébero, que por sua vez se aconchegou no colo dela com todo o seu ar de superioridade

Eu sempre tive medo de aceitar o que eu sou. Não era uma virtude. Era um disfarce

Um disfarce meia boca para não admitir que estar em meio a humanidade não era coisa para mim. Os pesadelos já eram suficientemente assustadores, e então percebi que não poderia muda-los

The SinOnde histórias criam vida. Descubra agora