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- Verônica? - franzi o cenho ao ver-la - O que está fazendo aqui?

- Estava esperando você! - ela responde se levantando da cadeira giratória

Adentrei no local e fechei à porta a trás de mim

- Eu? Por quê?

- Preciso que saiba de uma coisa.

- Sobre o que? – ela sorriu

- Por qué es tan difícil estar lejos de ti, desearía poder besarte de nuevo y tenerte un segundo más en mis brazos y no preocuparme por nada. ¿Es realmente egoísta pensar de esa manera? - olhei pra ela de maneira confusa pelo o que a mesma disse.

Mesmo sem entender nada, me lembro de Henry dizer algo parecido pra mim uma vez.

- Não entendi o que você disse?

- Imaginei que não, mas, na verdade não foi eu que disse isso, foi outra pessoa apenas vim traduzir já que a pessoa não teve coragem de fazer. - ela sorri se aproximando ainda mais de mim

- Por que é tão difícil ficar longe de você? Queria poder te beijar de novo e ter você mais um segundo em meus braços e não me preocupar com nada. É realmente egoísmo pensar dessa maneira?

- Esperai... Que papo é esse? Ainda não estou entendendo.

- Henry te falou isso em espanhol na aquela vez na cozinha. - ela responde me fazendo arregalar os olhos

- Como você sa... - começo, mas paro abaixando a cabeça – Acho que esta enganada, ele não falaria isso pra mim sendo que tem namorada. - sussurro baixinho

- Namorada? - ela começou a rir o que me fez levantar a cabeça

- Sim, você não é a namorada nele? – pergunto franzido o cenho

- Foi o que ele te disse? É mesmo um Cretino sem vergonha.

Olho para ela de um jeito confuso

- Vou deixar claro uma coisa... - ela toca nos meus ombros aproximando um pouco o seu rosto - Eu não sou a namorada de Henry, e ele não tem namorada, mesmo que ele diga isso é mentira.

- Pra que ele mentiria sobre isso? - pergunto meio atordoada

- Porque ele é um idiota que com certeza vou espancar depois, mas, isso não vem o caso agora. O importante é o quê eu lhe disse antes disso, a tradução do que ele te falou naquele dia. - ela solta os meus ombros dando um passo pra trás

- Você já sabe o que ele disse, então melhor você responder-lo não acha? - a encaro com firmeza antes de deixar um sorriso sair dos meus lábios

- Pode aposta que sim! - digo já tocando na maçaneta da porta me preparando para sair do camarim - Obrigado!

Essa última coisa que falo antes de sair correndo atrás do Henry, dessa vez não posso deixar-lo fugir antes que eu o responda.

Isso é loucura muita loucura, porque pode ser que ela esteja mentindo, ou pode ser que não, no entanto eu tenho que perguntar-lo e saber disso dele.

Corri pelos corredores olhando cada canto dos mesmos a procurar dele, por mais que era difícil correr com um salto e um vestido enorme. Mas, eu não me importava eu precisava ver- lo e essa é a única coisa que importa agora.

E nessa pequena corrida acabei me batendo forte com alguém e só não cair porque essa pessoa segurou o meu braço. Olhei na direção da pessoa que me segurou e arregalei os meus olhos com o que eu vi

- Pai? - dou um passo pra trás para manter um equilíbrio e assim que consigo ele solta o meu braço.

Quando ele ia dizer alguma coisa uma outra pessoa foi mais rápida

- Por quê você está chamando o meu pai de pai? - ao escuta a voz familiar me virei para meu lado esquerdo e vi a Amanda me olhando com uma sobrancelha erguida.

Esperai... Por que ela ta o chamando de pai?

Aí meu Deus!

Amanda é a outra filha dele?

Arregalei os meus olhos e me virei pra ele, o mesmo olhou pra nós com uma cara assustada meio que sem saber o que fazer.

- Eu estou falando com você Chihuahua!

Suspirei fundo antes de olhar pra Amanda novamente, eu poderia dizer que ele também é meu pai, mas, isso só traria uma discussão. E é tudo que eu não quero agora, por mais que ela mereça saber a verdade, não quero que seja desse jeito, e não sou eu quem deve contar isso a ela.

- Me desculpe, eu o confundi com o meu pai. Sinto muito pelo engano! - digo olhando para os dois antes de volta a correr a procura do Henry

Não posso me afetar com isso agora, eu preciso me concentrar em outra coisa e essa coisa com certeza não é sobre o meu pai e muito menos minha meia irmã.

Corri praticamente por todo colégio onde era o local da apresentação da nossa peça e para as outras apresentações também. Já que o Tom achou que aqui seria melhor por ter um ótimo espaço. Todos os lugares que eu conhecia fui a procura do Henry ,mas,ele não estava em nenhum deles.

Minha ultima opção foi procurar na entrada do colégio,corri até lá vendo Sérgio mexendo no seu celular enquanto tava encostado na parede.

- Sérgiooooooo! - gritei o mesmo correndo até ele

Pelo o grito que eu dei ele acabou se assuntando e por um triz não derrubou o seu celular.

- O que foi? O que foi? -ele perguntou olhando para todos os lados

- Sérgio, você viu o Henry? – digo ofegante

- É você Luna, que susto! - ele diz guardando o seu celular no bolso da sua calça

- Você... Viu o Henry? - pergunto tentado recupera o meu fôlego

- Henry? Não, ele não passou por aqui ainda.

- Sério? - passo a mão nos meus cabelos o colocando pra trás

- Sim, aconteceu alguma coisa?

- Bom... Mais ou menos! - por reflexo acabei olhando pra cima onde vi algo no terraço do colégio, o que me fez lembrar que foi o único lugar que eu ainda não fui.

- Tenho que ir! - saio correndo sem nem espera o que ele ia dizer

Corro mais rápido possível indo em direção ao corredor que me levaria a onde eu queria. Quando eu cheguei no final do corredor, abri a porta dando a visão das enormes escadarias.

- Me esqueci dessa coisa! - olhei para elas com uma enorme descoragem

Eu preciso ir até ele não importa o que tenho que fazer!

Fecho a porta atrás de mim dando um passo à frente tirando os meus sapatos e os segurado em minha mão.

- Vamos lá Luna! - subi degrau por degrau com um pouco de dificuldade já que eu corri muito e as minhas pernas já estavam bambas.

Quando cheguei no último degrau quase pulei de alegria por ter chegado no meu destino e rezei pra que ele realmente tivesse aqui porque não aguentava mais correr, não depois de subir essas escadas. Toquei na porta enferrujada e a empurrei sentindo a brisa fria bater no meu rosto e ao mesmo tempo me revelando a imagem de Henry de costas pra mim, encarando o lindo céu estrelando.

Dei passos pequenos suspirando fundo recuperando todo fôlego que havia perdido.

- Henry!









Continua...

A Babá Dos Meus IrmãosOnde histórias criam vida. Descubra agora