Henry Sanderson
No dia seguinte...
- Você está bem? - viro meu rosto para encarar Arthur que tinha suas mãos firmes no volante com sua atenção em mim.
- Já estive melhor!- digo levando dois comprimidos a boca e logo em seguida bebo um gole de água para ajudá-los a descer.
Fecho a tampa da garrafa e a coloco de volta na minha bolsa que estava no meu colo.
- Nós não deveríamos estar aqui, sim no Canadá. Então seja o mais breve possível, você não pode ficar mais tempo fora daquele hospital! - diz eu apenas bati no seu ombro na maneira de confortá-lo um pouco quando vejo que o mesmo estava um pouco tenso.
- Sei disso! - abro a porta do carro saindo logo em seguida fechando o zíper do meu casaco para me manter mais aquecido.
Olho pro meu relógio e vejo que já era 6:00 da manhã, olho para frente vendo a casa da Luna, suspirei fundo antes de ir até a parte lateral da casa onde fica a janela do quarto da minha pequena garota.
Antes de tudo peguei a mesma escada da casa do lado dela que ainda estava em construção e a escada permanecia no mesmo lugar que da outra vez . Apoiei a mesma na janela do seu quarto e subi degrau por degrau com muito cuidado.
Quando cheguei empurrei a janela do seu quarto e agradeci mentalmente por não estar trancada.
Adentrei no seu quarto devagar para não fazer muito barulho e fechei a janela novamente por causa do frio que estava fazendo. Caminhei em passos lentos indo até ela que estava deitada na sua cama com seus rosto virado pra mim dormindo tranquilamente, com algumas mechas do seu cabelo na frente do seu rosto, seu corpo era coberto por uma calça de pijama e sorri de lado quando vi a blusa que ela estava usando.
Era minha blusa que ela tinha vestido depois de eu ter tirado todas suas roupas e ter amado cada parte do seu corpo naquele dia.
Nunca esquecerei a sensação de estar dentro dela!
Me aproximei tocando o seu rosto e logo em seguida beijei sua testa, senti lágrimas descerem pelo meu rosto e meio que me surpreendo por esse ato mas, trato de ignorar isso para somente focar nela já que não tenho muito tempo.
- Senti sua falta pequena... - sussurrei com uma voz rouca - Sentir falta do seu toque- levo sua mão para minha bochecha molhada.
Fechei meus olhos por um momento e me lembrei do seu sorriso, do jeito que ela ficava vermelha quando estava com vergonha, e de como ela fica fofa quando está brava até mesmo do jeito que ela dirige .
Seria muito idiota da minha parte negar que amo essa garota com todas minha forças. Foi nela que eu pensei quando fazia aquele monte de quimioterapia, quando sentia dor me lembrava do seu sorriso, o que me fazia sorrir também, até mesmo quando sentia que meu corpo não queria mais me pertencer me lembrava do seu beijos, dos seus abraços...
Essa garota foi minha força durante esses três meses de sofrimento, porque tudo que eu queria era vê-la e está no seu braços novamente. Só que eu a magoei mesmo não querendo fazer isso.
Vim na intenção de contar pra ela a verdade que me atormentava, mas não conseguir, não depois olhar seus olhos vermelhos pelas lágrimas derramadas e muito menos no por ver a decepção estampada em seu rosto.
Sei que pra muitos fui covarde por não contar pra a garota que eu amo e a minha família que estou com câncer na medula óssea que é conhecido e chamado por muitos "leucemia".
Mas, não é covardia pra mim, porquê sei como minha mãe ficou depois de descobrir que seu filho de 6 anos estava com câncer. Sei que tem muitas pessoas estão se perguntando como assim aos 6 se você tem 18?
Simples, tive câncer com 6 anos de idade não sei como foi já que eu era uma criança e não me lembro de muita coisa nessa idade. Só que tudo que me lembro era minha mãe chorando enquanto eu fingia está dormindo, ouvia ela sussurra pra mim me pedindo pra ser forte e não deixa-la, e pra mim ser um bom garoto e me curar logo.
Aquilo partia meu coração por dentro, saber que minha mãe estava sofrendo por minha causa, já que não bastasse ela e meu pai se separar quando eu estava doente.
Foi horrível ver ela colocar um sorriso falso pra mim durante todo dia pra dizer que estava bem e a noite ouvia ela chorar baixinho pra eu não acordar, mas, felizmente superei tudo aquilo por isso estou aqui agora.
Só que todas aquelas lembranças passou a me tortura quando William um doutor que amigo da minha mãe e que cuidou de mim quando descobrimos que eu tinha câncer a 6 idade, me pediu pra fazer um exame completo pra saber se estava tudo bem comigo, e no fim acabou me revelando que no meu resultado do exame eu estava novamente com câncer.
Sei que estão se perguntando se uma pessoa pode ter duas vezes?
Infelizmente sim, a uma chance disso acontecer, as vezes a pessoa poder ter novamente a mesma coisa que primeiro câncer, mas também pode ser outro tipo o que é meu caso.
Esse é o motivo de eu te me afastado das pessoas que amo, como minha família, amigos e principalmente a Luna. Pois eu não quero vê-los sofrer, as únicas pessoas que sabem disso é somente o Arthur e a Verônica pelo fato de sem querer eles ter visto o meu exame e ter pressionado o William a contar pra eles a verdade.
- Se eu soubesse que talvez poderia acabar dessa maneira teria te abraçado e ter beijado mais naquele dia... Pra falar verdade do que adiantaria eu te feito isso? Sendo que vou querer sempre ter mais de você.
Beijei a palma da sua mão soltando a mesma e colocando da mesma forma que estava antes, e na mesma hora sentir meu celular vibrar no bolso da frente e me ajeite na cama tirando meu celular do mesmo vendo 5 mensagens do Arthur me pedindo pra irmos logo o senão perderíamos o voo.
Franzi o cenho sentido a mão da Luna aperta meu casaco como se quisesse pegar algo então me virei um pouco colocando minha mão na sua e vi ela entrelaçar meus dedos no seu, porém ainda continuava a dormir tranquilamente aproximando nossas mãos do seu rosto.
- Sinto muito pequena está na hora de partir!- digo pegando um urso enorme que estava atrás dela e coloquei na sua frente soltando sua mão e na mesmo hora ela apertou o urso contra ela.
Fiquei alguns minutos a olhando que pedir a até a noção do tempo só me dei conta quando sentir meu celular vibrar novamente, aproximei meus lábios da sua testa e depositei um beijo antes de sussurra pra ela.
- Eu te amo Luna Jones!
Me afastei dela com um sorriso no rosto antes de me vira pra janela só que antes que pudesse sair, acabei vendo meu reflexo no espelho. Minha imagem não tá das melhores, meu rosto estava pálido e mais magro e meus lábios ressecados .
Tirei o gorro da minha cabeça revelando a falta dos meus cabelos e da minha sobrancelha que não tinha mais um fio de cabelo. Sentir algo em meus pés e vi o Max perto de mim me encarando com aqueles olhinhos curiosos, sorri de lado me agachando um pouco para acariciar sua cabeça.
- Eai filhão! - digo e na mesma hora o Max começou a se esfregar em mim querendo um pouco mais de carinho
Mas, eu não podia!
Então encostei minha cabeça na sua com cuidado
- Tenho uma missão pra você filhão! - falo e escuto ele miar
Suspirei fundo antes de dizer
- Cuide da sua mãe por mim, Ok?
Dito isso me levanto ouvindo ele miar novamente e indo em direção a Luna deitando ao seu lado como se me dissesse que faria o que eu pedir e foi impossível conter minha lágrimas que insistiram em cair de novo.
- Amo vocês!
Continua...
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A Babá Dos Meus Irmãos
RomantizmLuna é uma garota cheia de energia e um tanto esquecida, mas sua última trapalhada realmente passou dos limites. Como castigo, sua mãe a obriga a cuidar dos filhos da melhor amiga, transformando sua vida em um verdadeiro caos. Agora, Luna precisa li...