⌂ two ⌂

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O segundo dia de Louis em Londres não aconteceu como ele imaginava. Na verdade, ele imaginou que estaria casando com Harry e transando muito com o cara gostoso das fotos que ele viu.

Mentira, Louis nunca iria querer casar com um desconhecido, ele não era emocionado.

Louis passara o resto da noite sentado, em uma cadeira desconfortável, ao lado da cama de seu colega de quarto.

Por que? Não, ele não estava preocupado demais para deixar Harry sozinho, claro que não.

Ele apenas decidiu que seria melhor ficar naquela cadeira observando o de olhos verdes dormir do que se deitar em sua cama que exalava conforto.

Harry se mexeu.

Na verdade, ele estava se mexendo muito a noite, é normal? Louis não sabia, já que nunca havia cuidado de alguém bêbado, e suas fanfics sempre descreviam os personagens como mortos depois de beber muito.

Louis foi interrompido de seus pensamentos quando ouviu um breve soluço. Harry estava... chorando? O de olhos azuis correu para a cama, onde se encontrava o maior.

- Ei está tudo bem? - Harry não respondeu, estava com tanta vergonha que achava não ser capaz nem de olhar para Louis.

- Ei cara, por favor me explique o que aconteceu. Por que não foi me encontrar no aeroporto? Por que bebeu tanto? - Novamente, não julgue Louis por tantas perguntas, ele apenas estava apenas tentando entender.

- Ok eu vou ser direto. Eu sou um bosta. - Harry acabou se virando para Louis, e o menor se perdeu no verde. - Minha chefe marcou um ensaio fotográfico de última hora ontem, e eu simplesmente não posso recusar nada do que ela me pede. Ela marcou esse ensaio na mesma hora em que a gente marcou de se encontrar. O problema é que a modelo que eu fotografei chegou quase 2 horas atrasada. E por esse motivo, metade do meu salário foi descontado.

- Oi? Como assim? Mas foi ela quem atrasou! - Quanto mais tempo se passava, mais Louis tinha a certeza de que estava em um hospício.

- É infelizmente aonde eu trabalho funciona assim, não tem muito o que eu possa fazer. Sinto muito Louis, eu sei que chegou só agora e já estou sendo um folgado irritante, mas não poderei pagar minha parte do aluguel esse mês. Eu preciso mandar dinheiro para ajudar minha mãe. Ela trabalha duro para sustentar ela e minha irmã e as vezes ela não consegue nem comprar comida. Se eu não mandar esse dinheiro eu-eu - Harry se perdeu em lágrimas, ele precisava ajudar sua mãe, ele faria isso mesmo se precisasse morar em baixo da ponte.

- Ei não se preocupe com isso, eu consigo pagar sozinho por esse mês. Faça o que precisar para ajudar sua mãe. É por isso que bebeu tanto? - Louis ainda estava tentando entender a confusão que exalava de Harry.

- A bebida é o melhor remédio para a dor, já ouviu este ditado? - Louis com certeza já ouvira, na verdade, a maioria das músicas brasileiras que conhecia falavam especificamente sobre isso. - Eu estava ansioso para te conhecer Louis. Você parece uma pessoa muito legal. Mas tenho certeza que você já pensa em se mudar, e eu não te julgo, eu teria a mesma atitude. Dói porque sei que minha vida é uma merda e acabo atrapalhando a vida de outras pessoas também.

- E se a gente esquece o dia de ontem? Vamos fingir que ele não existiu, estamos nos conhecendo hoje. - Louis levantou da cama, aonde estava sentado, e esticou o braço, na intenção de cumprimentar Harry - Prazer, me chamo Louis Tomlinson, sou seu novo colega de quarto!

O de olhos azuis quase desmaiou ali mesmo quando viu o sorriso de Harry, poderia facilmente dizer que aquela era a 8ª maravilha do mundo.

Mas ele não ia dizer isso, pois Louis Tomlinson não era emocionado, nunca admitiria sua leve grande queda pelo novo colega de quarto.

Finally at home - Larry StylinsonOnde histórias criam vida. Descubra agora