⌂ three ⌂

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Saudade.

Era algo que Louis sentia muito.

Nunca ficou tanto tempo longe de sua família, e vê-los apenas pela tela do computador estava se tornando horrivelmente ruim. Mas qual a outra alternativa tinha para vê-los? Só voltaria para o Brasil no natal, e ainda estamos em janeiro.

Sentia que poderia morrer, explodir de saudades.

Já estava a 4 dias morando em Londres. Seu relacionamento com colega de quarto? Bom Louis não sabia como explicar essa relação. Eles não tiveram muito contato depois do dia em que foram "passear" pela cidade.

Quando chegaram em casa, decidiram que iriam maratonar Friends. Harry deu a ideia, é claro, e como Louis iria recusar Friends? Não poderia.

Mas, depois desse dia, os dois não tiveram muito contato. Harry trabalhava o dia inteiro, e quando chegava estava muito cansado. O menino parecia uma máquina da qual não parava para descansar nunca. Era insano.

Hoje, Louis iria finalmente visitar a Regent's. Estava quase morrendo de ansiedade, e pelo bem dessa autora, ele ao menos admitia isso.

Sabe o que o acalmava? Música.

A música era como oxigênio para Louis, ele não vivia sem.

Saiu para pegar o metrô, bom ele só sabia porque Harry teve a compaixão de ensinar, e colocou sua playlist no automático. This House Is A Circus, do Arctic Monkeys começou a tocar.

Sim, aquele dia ia ser bom.

Algumas horas depois...

Não, nada bom. Aquele dia estava uma merda.

Para resolver a papelada da universidade, tinha que marcar horário. Tudo bem era compreensivo, porém ninguém avisou a Louis. E eles só teriam horários disponíveis depois das 15:30. Ou seja, era ainda 14:00 e Louis teria que esperar. Louis odiava esperar.

O que o ajudaria? Um bom livro e música.

O livro ele tinha, por sorte trouxe O Duque e Eu, de Julia Quinn, em sua bolsa.

Mas a música? Seu fone resolvera estragar no meio do metrô, ou seja, teria que ouvir sem fone.

Existe melhor forma de chamar toda a atenção para a si do que isso?

Louis foi até o ponto mais afastado do campus, para poder esperar. Assim ninguém, ou pelo menos poucas pessoas, ouviriam suas músicas.

Não se engane. As pessoas podiam ouvir sim.

Louis nem percebeu qual musica tocava pois estava muito entretido no livro, quando alguém, desconhecido, tocou no braço dele.

- Ei, me perdoe cara, mas você poderia abaixar um pouco sua música? - Um cara alto, cabelo raspado, e um sorriso forçado pediu.

Estava tocando Deixa Acontecer, do Grupo Revelação. Qual é, aquela era um hino memorável.

- O que tem contra a minha música? - Não julgue Louis, ele podia até sentir um leve desgosto por seu país, mas ninguém além dele poderia insultar o Brasil.

- Oh, me perdoe! É que eu não conheço esse idioma... Aí só estava me irritando um pouquinho. Mas tudo bem, desculpe incomodar. - Louis sentia-se um babaca.

- Ei cara, eu que peço desculpas! Essa musica é brasileira, e eu sou brasileiro também, achei que estava insultando nossa cultura musical sabe. Enfim, me perdoe!

- Wow, você não parece nada brasileiro! - Claro que não parecia, os gringos sempre achavam que aparência dos brasileiros era baseado no Cauã Reymond, o que com certeza não é verdade. - Eu me chamo Liam, Liam Payne, e você?

Finally at home - Larry StylinsonOnde histórias criam vida. Descubra agora