Olá, primeiramente quero agradecer a todos os leitores pela paciência para com essa história. Alguns capítulos novos serão acrescentados para maior enriquecimento da mesma. Este é um deles.
Sem mais delongas, desfrutem do capitulo.
— Então... — ele começa, sua voz soando tão calma quanto o possível — você prefere vinho seco ou suave? — A frase é concluída
As mãos de Pietro estão unidas, seus cotovelos estão apoiados na mesa e seu queixo repousa com suavidade sobre as suas mãos. O olhar em seu rosto é indecifrável para mim, contudo, ainda assim, sou capaz de afirmar com a mais convicta das certezas que ele está extremamente fofo desse jeito.
O rapaz parece analisar minuciosamente cada movimento feito por mim, talvez ele realmente o esteja fazendo, nunca se sabe o que se passa pela cabeça alheia, afinal.
— Suave. — Respondo sem nem ao menos hesitar — Vinhos secos não são benéficos ao meu paladar. — E então ele ri
Para o meu desespero, seu riso é idêntico ao de Romeu. Não que eu esperasse algo cem por cento divergente, por Deus, eles são gêmeos, afinal; apenas estou a afirmar que não estava psicologicamente preparada para tamanha semelhança.
— Eu também prefiro o suave, que bom que chegamos à um consenso aqui. — Ele sorri, seu sorriso é contagiante em demasia para que não sorria junto, assim sendo, acabo por fazê-lo
Mordo a ponta de minha língua prendendo a indagação que está a lutar para escapar por entre os meus lábios: por que estamos aqui? — Era isso que eu queria lhe perguntar, entretanto, creio eu, esta não é uma pergunta muito oportuna para ser feita no presente momento, afinal, ela pode acabar por causar um constrangimento desnecessário.
Ao invés disso, atenho-me a observá-lo. Chega a ser ridículo o quão colorido e destoante ele é de seu gêmeo. Não seria hipérbole alguma afirmar que Pietro é a pessoa mais excêntrica e vibrante — nos quesitos estilo e personalidade — que eu já tive o prazer de conhecer em minha vida. E não, isto não é uma reclamação, muito pelo contrário.
A sua excentricidade é deveras charmosa e isso, meus caros, nem mesmo o melhor dos mentirosos seria capaz de negar.
— Você deve estar se perguntando o que nos trouxe a este lugar, neste momento, não é? — Ele se pronuncia, seu olhar fixo ao meu, me limito a menear a cabeça em sinal positivo de maneira lenta — Bem, eu precisava espairecer após várias tentativas falhas de desenhar um vestido decente pra sua irmã...
— Sua cunhada. — O corrijo e ele ri — E ela é bem exigente...
— Eu sei, mas, a deixando as exigências dela de lado, eu também sou extremamente exigente com o meu trabalho. Enfim, como tudo estava indo de mal a pior resolvi deixar para um outro momento e pensar em outras coisas...
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Madrinha outra vez {EM REVISÃO}
General FictionAos vinte e seis anos Eleonora Meneghello havia participado do casamento de toda sua lista de amigos e ainda não havia encontrado a tampa de sua panela. Sua vida fica ainda mais bagunçada quando sua irmã mais nova anuncia o casamento com seu amor pl...