17 | Desconfiança

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Kang Mina P.O.V.

— ...Calma, Mina-ah. — Jimin murmura. — Eu só queria... te dar um pouco de prazer. — Ele confessa, sôfrego.

Engulo em seco.

Uma pequena confusão de sentimentos acomoda-se em meus pensamentos. Meus institutos querem mais do Jimin, querem o prazer que o rapaz à minha frente me oferece, mas a racionalidade e a realidade também aparecem quando estou ao ponto de me entregar novamente.

Eu não posso enganar a mim mesma quando digo que não sinto nada pelo Jimin, porque eu seria uma grande hipócrita se o fizesse. Jimin está me fazendo sentir coisas que nunca imaginei poder sentir antes, é como se ele estivesse me libertando; eu estou conhecendo um outro lado meu que desconhecia, tudo por estímulos e empurrões dele, do Jimim. Mas nós dois estamos precipitados, nem nos conhecemos direito e já criamos uma intimidade que nunca tive com ninguém em toda à minha na vida.

Talvez seja por isso que meu corpo reage de forma negativa. Nunca tive intimidade com ninguém, não desse jeito. Eu tenho meus motivos para estar receosa e insegura, porém, não queria eles. E o Jimin percebe minha confusão interna, pois sai de cima de mim e cai ao meu lado, logo se virando de costas para mim. Penso em tê-lo deixado decepcionado com minha reação, mas escuto um leve som de riso sair de sua direção.

— Eu não estou te vendo, mas sei que está sorrindo. — Tampo meu rosto com as mãos envergonhada por termos ido um pouco longe demais, desta vez. Então, como resposta, escuto um resfolegar risonho vindo dele. Isso foi o suficiente para me deixar ainda mais envergonhada. — Aish!

Park metido Jimin!

— Posso saber qual é a graça? — Franzo as sobrancelha, com os rosto ainda quente.

— Nada não. — Ele diz e virá-se para mim novamente, sorrindo como um idiota. Desço rapidamente minha mão para o cós da calça, fechando-a novamente.

— Você está rindo de mim, Jimin? Eu por acaso tenho cara de palhaça? — Pergunto no alge da vergonha, quase indignada por me sentir afetada por um rapaz que achá-se prepotente; a última Coca Cola do deserto, assim como o Park. — Ou meu beijo é tão engraçado ao ponto de ter que sorrir?

— Não é nada disso, Mina — Sua justificativa vem logo, como se ele quisesse deixar claro que minha última pergunta fosse algo totalmente errado de se pensar. — Só estou rindo porque foi você quem pediu para me beijar.

— E daí? — Pergunto, sentando-me novamente. Cruzo os braços logo em seguida, franzindo o cenho.

— Foi engraçado. — Sorri com um encolher de ombros, depravado.

— Você é muito convencido. — Reviro os olhos, recolho a cesta que jazia ao lado do Jimin, e retiro de dentro dela a vasilha com brigadeiros.

— Eu sei, mas você gosta. — Solta uma piscadela, logo senta-se à minha frente.

— Argh... Como pode ter tanta certeza? — Ergo uma sobrancelha, colocando um brigadeiro na boca. Tento não demonstra que o que ele diz, é verdade.

— Olha o que você fez... — Jimin diz e sorri convencido; ele ergue a barra da camisa, me permitindo ver seu abdômen com vergões estilo bordô, que acabei deixando durante o nosso beijo. — Não tem prova maior do que essa. — E mais uma vez ele sorri vitorioso.

— Caramba. — Surruso com os olhos levemente arregalados, então dou de ombros, tentando me fazer de indiferente.

— Pois é, Mina. — Jimin abaixa novamente a camisa. — Pode ficar tranquila que eu já sei que você me ama, não vou contar pra ninguém.

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