05 | Crise

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Park Jimin P.O.V.

— Dezembucha — Sunhee fala, se espalhando na cadeira à minha frente, assim que me sento junto a ela, em uma mesa de uma lanchonete que fica perto do Colégio.

Após eu ter conversado com os Jung lá na escola, liguei para Sunhee a chamando para conversar, afinal de contas, nem ela mesmo sabe o motivo de sua família ter voltado do nada. Quando Jung foram embora, deixando apenas Sunhee e sua mãe, a vida da minha amiga mudou dramaticamente, pois quem antes sustentava a casa, era o emprego que a mãe dela tinha na casa dos Jung. E depois da ida da família, Sunhee acabou sendo obrigada a arrumar um emprego e ajudar sua mãe com as despesas da casa.

Sunhee, Jiwoo e eu, sempre fomos muito próximos, então como eu fui deixado de lado por todos da família, exceto por Sunhee e sua mãe, eu resolvi ajudá-la com um emprego no restaurante da minha mãe. Então logo após a morte da prima, Sunhee me ajudou a distrair-me com algumas coisas, senda essa, me apresentar ao Jungkook e o Taehyung, que me apresentaram o Wager.

Hoje somos, quase, inseparáveis.

— Pelo o que a Eunha me disse, eles estão morando sozinhos aqui na Coréia. Mas isso está muito estranho. Como os Jung iriam deixar um deles voltar para a Coréia? — Enrugo a testa, quando termino a frase.

— Como assim, morando sozinhos? — Sunhee olha para mim, com seu rosto contraindo em uma careta. — Meu tios não deixariam isso.

— Foi o que eu pensei... — Suspiro. — Será que depois que o Minho virou maior de idade, eles resolveram deixar eles voltar para Coréia? — Pergunto para Sunhee, que fica calada por um tempo.

— Lembro-me de um dia... Minho me mandou uma mensagem e nós conversamos por várias horas, e quando ele foi se despedir... Ele disse algo como "em breve nos vemos". — Ela começa a falar, mas não olha para mim quando termina a fraze. — Eu achei graça, pois isso era algo bem impossível, achei uma piada... Sabe? — Sorri enviesada. — Eu não levei a sério.

— É... Os Jung voltaram, ou só um terço deles. — Brinco um pouco com a situação. Sunhee está um pouco tensa.

— Eu preciso falar com eles depois. — Sunhee começa a tamborilar os dedos na mesa, enquanto o garçom chega com nossos pedidos, que eu nem me lembrava mais de ter pedido. Devoramos os petiscos em menos de dez minutos.

Em meio o tempo que foi passando, eu acabo olhando para o lado em que a janela se encontra, e vejo que já é noite. As estrelas cintilantes lá fora me prendem a atenção, sempre fui fã de astronomia. Algo que eu estudava junto com Jiwoo.

Minha Lua, hoje sendo a estrela mais brilhante de toda à galáxia.

Sem notar que acabo me afundando em um torpor, chacoalho a cabeça e desviu meu olhar para Sunhee, que digita rapidamente em seu celular avermelhado.

— Vai ficar no celular enquanto estou aqui, contigo? — Pergunto, fingindo-me estar ofendido com sua indiferença. — Assim você me faz pensar que minha presença não faz diferença alguma. — Ponho a mão no peito e dramatizo.

— Oh, desculpe, eu estáva falando com... o... — Olho-a com as sobrancelhas arqueadas e os braços sobre a mesa, com os dedos entrelaçados. — Ah, você não precisa saber. — Diz por fim, largando o celular sobre a mesa e cruzando os braços. Sumhee faz bico e olha para os lado, acabando por escancarar a boca, parecendo surpresa com algo.

— Eu não acredito, tem um karaokê ali, Jimin. — Sunhee fala animada, enquanto aponta para o palco à minhas costas.

Olho para trás, por cima do ombro e vejo que uma menina de longos cabelos acastanhados está de costas para mim, em cima do palco, enquanto conversa com um homem, que eu deduzo ser o programador do Karaokê. O corpo da menina parece o mais familiar possível, e quando ela se vira de frente para todos, com um microfone em suas mãos, eu arregalo os olhos.

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