• Ressaca •

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Dor. A mais terrível e horrenda dor. 

Era como se o cérebro de Cesar fosse pisoteado milhares e milhares de vezes por um salto quinze centímetros. Ele conseguiu sentir o gosto da bebida alcoólica na sua boca misturado com o gosto ruim matinal. O moreno tentou forçar seu cérebro a se lembrar do que tinha acontecido na noite passada, mas nada além dele chegando na casa e borrões poderiam ser identificados. 

O moreno se levantou levemente, ainda sem abrir os olhos, e sentou no lugar que parecia estranho. Não era confortável como um sofá, mas também não era desconfortável, era só estranho. 

Ele resmungou abrindo os olhos lentamente, não conseguindo realmente ver nada por alguns segundos, se remexeu no lugar em que estava sentado enquanto coçava os olhos, mas parou quieto quando um gemido baixo soou em baixo de si. Cesar olhou para baixo apenas para notar que estava sentado em cima de Joui… ELE ESTAVA SENTADO EM CIMA DE JOUI?!?!?!

Cesar se afastou tão rapidamente que acabou tropeçando nos próprios pés caindo em cima da mesinha de centro da sala fazendo um grande barulho e, obviamente, Joui acabou acordando. O japonês se posicionou em uma posição meio torta de defesa ainda com o olhar mole. 

– Eu tô pronto, eu tô pronto. – Sua voz saiu rouca fazendo o outro ficar vermelho.

– C-calma Joui. Eu só caí. – O cabeludo se sentiu meio culpado por ter acordado o outro tão... Brutalmente. 

– Hmm? Cesar-kun? Ah, bom dia. – Ele finalmente abriu os olhos completamente e sorriu, um sorriso animado demais para quem acaba de acordar, mas Cesar não ligou para isso, apenas admirou o belo sorriso em sua frente. 

– O que aconteceu??? – Liz disse aparecendo com uma frigideira nas mãos olhando para os dois. 

– Nada Liz, eu... Eu caí. 

A mulher passou o olhar por eles revezando para quem olhava, mas logo ela ficou envergonhada como se lembrasse de algo embaraçoso. 

– Tudo bem. Se ajeitem e venham para cozinha, o café da manhã está pronto. 

E ela saiu, deixando os dois confusos para trás. Eles foram em direção ao banheiro e encararam a porta com preguiça, Joui se apoiou na parede dizendo que Cesar poderia ir primeiro e o outro o fez sem reclamar. Depois de se ajeitar, ele vai em direção à cozinha se sentando em uma cadeira e apoiando as mãos na cabeça. 

– Eu quero morrer... – Cesar resmunga massageando suas têmporas. 

– Então Cesinha... Que noite, né? – Thiago disse com um grande sorriso estampado no rosto. 

– Sim? 

– Como assim "sim?", você não se lembra? – Dessa vez quem perguntou foi a Liz. 

– Lembrar do quê? 

A mulher ficou um minuto inteiro em silêncio antes de responder. 

–... Nada. Você não precisa lembrar de nada. – A mulher mostra um sorriso travesso. – Isso vai ser divertido. – Ela sussurra para si mesma. 

– A gente não vai contar para o Cesar que el- Arthur foi cortado pelas mãos de Thiago em sua boca, que já percebendo as intenções da mulher decidiu colaborar. 

– Quieto, Tutu. 

– Pera? O que ele ia dizer? Eu fiz alguma coisa? – Cesar pergunta ainda com os olhos meio fechados e quando alguns deles iriam responder Joui entra na cozinha bocejando. 

– Liz-senpai, você tem algum remédio para mim? – Ele perguntou manhoso enquanto se sentava de maneira preguiçosa ao lado de Cesar.

– Ah, sim. Eu vou pegar para vocês. – Ela se afastou procurando algo no armário. 

– Então? O que eu fiz ontem a noite? – O de cabelos longos retorna ao assunto fazendo Thiago e Arthur se entre olharem e falarem um monte de coisa sem sentido e ao mesmo tempo. 

Para Cesar tudo eram apenas palavras aleatórias, que a maioria não conseguiu identificar. Mas algumas palavras eram bem claras como: dois, você, cima, traumático, madeira. Mesmo assim não faziam sentido, pelo menos não para ele. 

– Que? – Cesar falou confuso. 

– Nada, Cesar. Não liga para esses dois idiotas. – Liz direcionou um olhar fumante aos dois e colocou copos com água e remédios na frente deles. 

Joui pegou o remédio o colocando na boca e bebeu a água logo depois para facilitar a descida, Cesar repetiu a ação e no final, os dois fizeram uma careta. 

– Minha cabeça ainda tá girando. – Joui falou balançando a parte do corpo. – Eu não fiz nada errado, né?

Thiago, Arthur e Liz se entre olharam e disseram juntos:

– Não. Imagina. 

No final Cesar e Joui deram de ombros para as ações estranhas dos amigos. Só queriam que aquela dor de cabeça parasse de uma vez. 

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Eu iria fazer eles já gravarem juntos nesse capítulo, mas mudei de ideia então vai acontecer no próximo capítulo por isso esse ficou menor. 

Espero que tenham gostado. 

Ah, eu comecei a escrever uma fanfic especial de ano novo joesar. Vou lançar ainda hoje. 

Bjs e fui s2

Amor A Primeira Live [EM REVISÃO]Onde histórias criam vida. Descubra agora