Capítulo 3

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— Não queria te contar mesmo, mas já se passou um bom tempo desde que eu comecei fazer isso... – E ele continua fazendo rodeios e rodeios, já estou ficando cheia dessa situação!

— Fala logo, caralho! – Gritei sem paciência. Ele se assustou.

— Okay, desculpe pelos rodeios. Irei falar do início ao fim. Meses atrás te conheci, através do seu amigo, Jongin, eu tinha um certo interesse nele, pois curto homens também. Porém depois do dia em que te vi, e vi que é uma garota estranha, bateu um desejo grande de te ter. Então, como não me contento com coisas pequenas, fui atrás de você, pesquisei sobre você e sua vida. Descobri que é fácil te enganar. Depois de um tempo resolvi excutar meu plano, e como sou calculista, consegui facilmente. Às 01:00 da manhã, entro no seu quarto, apenas um toque nos seus lábios, você começa ter alucinações, pode até ser comparado com esquizofrenia, porém você não se lembrou de nada, todas as noites você me chamava, sem ao menos saber o porquê.

— Não termina de falar, apenas vai embora, me deixa, não quero saber de nada, vai ficar com o Jongin. Por favor, só me deixa em paz. – Me levantei o mais rápido possível, não sei o que pensar disso, não me lembro de nada. Eu não quero ter contato com esse psicopata.

— Eu entendo que seja muita coisa para você. Fique calma, não vou te fazer nada, certo? Vou cumprir com o que você pediu "Sehun, promete que vai ficar sempre comigo?", foi uma pergunta tão clichê, porém tão fofa. – Escutei um sorriso malicioso abafado.

— Escuta aqui, seu psicopata dos infernos, eu nunca nunca te pedi isso, e jamais vou te pedir. Agora faz o favor de voltar para o inferno! E nunca mais apareça na minha vida, vai se foder com a porra de um psicólogo! – Entrei para casa correndo e em seguida trancando as portas.

Vasculhei a casa toda, procurando brechas, e não tinha nada aberto ou quebrado. Como ele entrou aqui? Isso não saía da minha cabeça, tem algo errado nisso!

Eu já estava assustada com essa situação toda, não tenho um minuto de paz nesse mundo, todo dia uma coisa nova, é o pior, nada é bom, toda coisa é ruim. Não sei como ainda estou viva.

Minha cozinha estava completamente limpa, tudo limpo. As panelas que estavam no fogão, desliguei o fogo que estava lá. Joguei toda comida no lixo, não iria comer aquilo nem a pau! Vou ver o que tem na geladeira.

— Arroz e feijão de ontem, vamos esquentar. Cortar umas batatas e ir comer, é o que tem para hoje. Nada de gastar dinheiro! – E lá vou eu fazer um almoço simples e rápido.








[. . .]









Após comer, fui descansar um pouco, estava me preparando para fazer o Enem pela segunda vez, já que na primeira teve umas coisas para resolver, fiquei triste demais. Mas, a vida continua.

Passei a tarde toda estudando, logo a noite chega, e eu vou assistir algo para descontrair. "Annabelle", o filme escolhido de hoje, adoro as sagas desse filme, uma maravilhosa que a outra, sem cenas de sexo, apenas suspense e terror. Isso sim é um filme de sucesso, que segue sem fugir do tema.

Já dando 00:00 e o filme apenas começou, por atrasos meu, ficar de lá para cá, fazendo pipoca, ir comprar refrigerante, pegar meu lençol,  pois dá um pouco de medo.



— Agora sim! – Falo dando o play no filme. Sentadinha e aconchegada no sofá.



Ótimo! Consegui assistir o primeiro filme completo sem dormir ou cochilar. Coloquei o segundo filme da saga. Esfreguei meus olhos e bocejei. Já estava um pouco sonolenta. Pausei o filme e cochilei ali mesmo, sabendo que amanhã não precisarei acordar cedo para ir trabalhar.







[. . .]






— Psiu! Acorda neném. – Escuto alguém me chamar... Ah não!


— Oh, você acordou. Dormiu bem? Aliás, desculpe te colocar nessa situação, foi a melhor forma de falar com você, já que não quis me escutar hoje mais cedo.

— Então, você não tava mentindo... – Sussurrei para mim mesma. — Ah, que droga! Me solta seu psicopata! – Eu estava presa na minha própria cama, algemada, os braços e pés, e sentada, eu realmente não tenho sorte.


— Shiu, já disse para ficar calma, odeio quando você não me deixa falar! – Alterou sua voz. — Escuta bem, eu só fui gentil com você por estamos na rua em plena luz do dia, agora estamos sozinhos e eu vou fazer o que quiser contigo, cala a porra da boca! – De início sua voz foi calma, mas logo que foi terminado ele elevou seu tom de fala.


— Por favor, só te peço para me deixar em paz, eu já sofri demais, não quero passar por isso de novo. – Abaixei minha cabeça, minha voz já não era a mesma, ela se tratava de uma voz dita anos atrás. Implorei para ele. Totalmente derrotada.

— Hum. – Sorriu malicioso e completamente vitorioso. — É isso que eu quero! Você totalmente submissa a mim. Ah, você dessa forma, me faz querer perder o controle e te foder das melhores formas possíveis. – Passou a mão por seu rosto, tentando manter seu controle. A forma que ele estava vestido, de terno preto, fazia com que ele se camuflasse naquele quarto com pouca iluminação.

— Moço, por favor. Vamos conversar civilizadamente, não precisamos disso, por favor. – Implorei novamente.

— Ha, agora você quer conversar? – Disse surpreso. — Acontece é que eu não quero, sabe o que eu quero? – Sussurrou em meu ouvido.


— Não sei... – Disse com a voz trêmula.

— Hum, você não merece saber agora. – Saiu de perto de mim. Olhou meu estado. E disse — Acho vou te deixar assim, acho não, eu vou.

— Hã? Por que? O que eu te fiz para você fazer isso comigo? Por que não vai atrás do Jongin? – Perguntei indignada.

— Não quero ouvir falar o nome dele mais! O porquê? Sou rico e faço o que eu quero. – Esnoubou-se. — Aliás, que tal uma aposta? – Perguntou ele animado.

— Uma aposta? É sério? Em uma situação dessas você quer fazer uma aposta? – Questionei incrédula. — Eu amarrada na minha própria cama e você querendo fazer uma aposta?

— Ela vale sua liberdade. – Disse baixo, analisando meu quarto.

— Ah, como vai ser então? Vou ter que me prostituir para ganhar? – Debochei.

— Vai querer participar ou quer ficar amarrada na sua cama durante 1 dia, caralho?! – Perguntou sem paciência.

— Eu quero...apostar... – Falei com vergonha, não estou acreditando que cai nesse papinho de meia-boca.

— Ótimo! A aposta é o seguinte...

Em teus olhos - Oh Sehun EXOOnde histórias criam vida. Descubra agora