— A aposta é você encontrar suas chaves do quarto e seu celular. Suas chaves estão em algum lugar daqui, e lá fora está seu celular, em algum lugar escondido. Se acha-lo poderá ligar para a polícia e me denunciar. Porém se não encontrar eu farei o que quiser com você, sem reclamar. Aceitas? – Sentou-se na beirada da cama, olhando diretamente nos meus olhos.
— Não. Vou ficar aqui até quando? Segunda preciso ir trabalhar e domingo é dia de faxina. A não ser que você queira fazer isso por mim. – Perguntei despreocupada, não vou perder meu tempo fazendo isso, tamanha hora da madrugada.
— Senhorita, senhorita! Não me faça perder a paciência com você, não sei me controlar. – Passou a mão no pescoço, tentando se acalmar.
— Por favor, eu só quero ter uma vida em paz, você poderia ir embora? Esquecer que eu existo? – Perguntei inquieta, essa posição estava me deixando com dores em certas partes do corpo.
— S/N! – Gritou meu nome, me assustei, seu tom de voz mudou totalmente, para um mais grave. — Eu quero, você irá fazer! Ah, você não sabe o quão eu odeio garotas assim, querendo pagar uma de dominadora. – Debochou.
Fiquei sem palavras, não estava querendo isso, só quero dormir meu sono, sem interrupções, sem ninguém tentar algo. Estou cansada desse mundo onde uma mulher não pode fazer nada que vem um desgraçado atrapalhar tudo.
Ele começou a sorrir de uma maneira psicótica, me deu calafrios, é muito aterrorizante. Eu estou amarrada e um cara psicotapa pode fazer algo imundo comigo.
— Entendeu agora?
— Sim... – Sussurei baixo, o suficiente para ouvir.
— Ótimo. Caso tente fugir ou tentar me atacar, você irá apanhar.
Senti meu corpo estremecer, admito que sou masoquista, mesmo depois de tudo que passei, não tirei isso de mim. Se eu negar vai ser pior, vou querer mais e mais. Além que sua voz é muito atraente, e bonita, grave. Talvez isso seja apenas meu sono falando alto.
— Fecha os olhos. – Fiquei meu insegura no início, porém logo depois eu fechei-os. Então ele se levantou, chegou bem próximo ao meu rosto, tirou algo preto do bolso, era uma venda, e logo depois a colocou em meus olhos. Estou nervosa, minhas mãos estão suando frio, não sei pensar como estou me sentindo, diria que é um sentimento novo, com medo e outras emoções misturadas. Senti sua respiração pesada em meu rosto, enquanto amarrava aquela venda. É algo tão diferente...?
— Irei te explicar cada passo, seja esperta, não tolero erros. – Disse firme. E afastou-se de mim. Sinto meu nervosismo ir embora. — Primeiro, você vai ficar vendada durante essa noite. Segundo, ache as chaves de qualquer jeito. E terceiro, você terá apenas 10 minutos. – Então ele se aproximou novamente de mim, retirando as algemas, primeiro das mãos, depois dos pés. — Seu tempo começa agora. – Estou sem entender nada, apenas me levanto daquela cama, e vou passando minha mãos pelos móveis, sem ideia alguma de onde ele escondeu essa chaves. Procurei no meu guarda-roupa, revirando aquilo tudo, sem me preocupar com a bagunça.
— Me dá uma dica, como diabos vou saber onde tá essas chaves? – Perguntei impaciente.
— Hum... É quente. – Que porra é quente? Espera... "quente", ventilador? Me direcionei para o mesmo, desliguei para que não me machucasse, e procurei nele. E nada dessas chaves está lá. Pensa, pensa, pensa! O que é quente e tem no meu quarto? Eu? Passei a mão no corpo, e também não estava lá.
— Você é inocente ou está apenas fingido? – Escutei ele questionar-me.
— Eu estou com sono! Não percebe isso? Oxi. – Não sou inocente, e nunca vou ser. Mas o que é quente...? Não me diga que... — Diga algo!
— Hum?
— Apenas diga algo!
— O que? Essa dica foi o suficiente. – Ótimo! Sigo a sua voz, chegando bem perto dele e caindo sobre seu corpo, tentei não me importar e apenas procurar a chave, certeza que está com ele! Passei as mãos sobre seu corpo, partes que não são intimas, e também não tinha nada, apenas roupas.
— Quero outra dica! – Perguntei novamente.
— Hum, você quer outra então? – Sussurrou de maneira sexy no meu ouvido. — Você pode colocar na boca, brincar, pular e gozar. – Me arrepiei toda. Puta que me pariu, que voz gostosa foi essa? Por que diabos eu tô achando isso extremamente gostoso? Meu sono foi embora, que traiçoeiro, se entregou por uma voz. Engoli o seco e tomei coragem para meter a mão em sua calça, especificamente na cueca, é, bem no pau. Não acredito que esse desgraçado fez isso de propósito!
— Desgraçado! – Ouvi ele sorrir, que canalha. Adentrei minha mão toda, e senti seu pau melecado pelo seu pré-gozo, minha boca salivou, porém me mative firme e consegui pegar a chaves. Sai do seu colo, fiquei em pé e me direcionei para a porta, abrindo-a e ficando parada lá.
— Parabéns, você conseguiu concluir a primeira etapa em 7 minutos! – Suspirei aliviada. — Mas agora, vem a parte difícil, acha seu celular lá fora, sem dicas e em 5 minutos. – Senti deboche em sua fala.
— O QUE? 5 MINUTOS? – Gritei sem pensar. — É quase impossível, minha sala é grande e tem várias coisas nela! Prefiro ficar aqui a noite toda. – Desisto, vai adiantar de alguma coisa se eu denunciar essa praga? Provavelmente não, quem tem dinheiro pode fazer qualquer bosta e se safar facilmente.
— Então, prefere fazer o que eu quero? – Senti ele se aproximar de mim por atrás, falando baixo e rouco no meu ouvindo. Minha pressão caiu. Sou fraca para essas coisas.
— Tenho outra escolha? – Falei firme, tentando não me entregar aos seus encantos, e que encantos provocativos.
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Em teus olhos - Oh Sehun EXO
Misteri / Thriller"Odeio saber que nunca vou te ter, odeio você Você e seus defeitos, Você e seus desejos, Você e seus olhos, Você e suas mentiras, Você e você, são a combinação perfeita de prazer." "Eu senti ele, ele ir embora, me deixar naquela enorme cama, u...