Capítulo 5

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— Haha, você só pode está doido! – Sorri nervosa.

— Talvez, louco para te foder de quatro. – Minhas pernas fraquejaram, malditas. Ele me segurou, colocando sua perna entre as minhas e suas mãos em minha cintura, senti sua ereção no meu bumbum. Minha respiração ficou descontrolada, meu coração está batendo mais forte, parece que eu dei mil corridas por esse bairro. — Parece que tenho mais efeito sobre ti do que nunca, não é mesmo? – Ele sorriu, um sorriso sacana.

— Q-que? Não viaja! Tá se achando demais! – Limpei minha garganta, tentando disfarçar que não aconteceu nada.

— Por que continua a me rejeitar? Seu corpo fala outra coisa quando eu te toco. – Suas mãos foram mais para cima, chegando próximo aos meus seios.

— Não sabia que corpo falava. – Retirei suas mãos de mim, e tirei sua perna do meio das minhas.

— Humf, engraçadinha! Agora você fará o que eu quiser. – Ele retirou a venda. Ele me virou ficamos cara a cara. Que pele limpa e linda ele tem, nossa queria.

— Ótimo! O que pretende fazer? – Falei em um tom de provocação.

— Vamos assistir! – Disse sorridente.

— Que? – Perguntei sem entender nada.

— Não sabe o que é assistir? – Respondeu com grosseria.

— Assistir? Que tipo de psicopata você é? – Ele me puxou, me levando para o sofá, ligou a Tv e sentou, me puxou para colocar a minha cabeça em seu peito.

— Psicopatas assistem, caso você não saiba. – Acariciou meu cabelo.

Sehun colocou um desenho, Ponyo, um filme japonês porém estava dublado em português. Um filme extremamente fofo, eu diria, mas não concordo em crianças namorarem. Meus olhos pesaram, meu sono finalmente voltou. Fechei-os e escutei ele falar bem baixo.

— Queria fazer isso com você. – Por que ele vive falando coisas sem sentido?

— Não entendi. – Ainda de olhos fechados pronunciei.

— Não gosto de ter apenas relações sexuais com você. Gosto de te fazer se sentir segura. Tenho medo do seu passado, não sei como você aguentou tudo, calada. – Psicopatas sentem compaixão?

— Não preciso disso, sou forte o suficiente para me confortar. – Menti, gosto de me sentir amada e segura admito.

— Shh, sabia que mentir é feio? Não quero que diga mais nada, apenas receba o que eu vou te proporcionar. Não falo apenas de prazer. – Abri meus olhos. E sai de seu peito, olhei-o.

— Não estou mentindo! Aliás, quem disse que eu vou deixar você fazer algo por mim?

— Vou fazer, querendo ou não! – Ele me puxou, selando nossos lábios, tentei lutar para sair dali, mas ele segurou minha cintura, fazendo com que eu me sentasse no seu colo. E por fim, ele ganhou. Me entreguei completamente ao seu beijo, que puxava meus lábios, mordia, e sorria. Pedi permissão para explorar sua boca  com minha língua, e parece que aquilo o excitou. Coloquei minhas mãos em seu pescoço, o puxando mais para mim. Nos beijamos até o ar fazer falta.

Fiquei olhando sua boca, a desejando mais e mais. Meu peito subia e descia, parece que o oxigênio sumiu. Minhas mãos saiu do seu pescoço e reposou em seu ombro. Suas mãos continuou apertar minha cintura. Eu estava queimando. Sem raciocinar, o puxo para um "selinho" demorado. Nos separamos e eu me retirei do seu colo, me jogando no sofá, afundando meu rosto nele.

— Gostou? Haha. – Sorriu convencido.

— Ah, cala a boca. – Falei abafado.

— S/n, você não consegue resistir a mim. Aliás, nunca mais faça sexo com aquele cara. – Seu sorriso saiu do rosto, ficando completamente sério.

— Como? – Engoli em seco.

— Você sabe de quem estou falando, não se faça de sonsa. – Ele desferiu um tapa em minha nádega.

— Ai! Agora pronto, não posso fazer nada que vão falar algo. Tu é minha mãe por acaso? – Passei minha mão no local ferido, confortando-o. — Mesmo se fosse, não dependo de ninguém! Sou dona da minha vida, pago minhas contas! Você não tem o direito de dizer isso! – Fiz um discurso, odeio quem palpita sobre minha vida.


— Sei bem quem ele é, e o que faz. Falo isso para o seu bem, mas se quiser vai lá e tire suas próprias conclusões. – Disse calmo, olhando para a Tv.


— Ah, vai se foder. Me deixa, se ele é quem ou não é, tô pouco me fodendo para isso. – Me ajeitei, sentando distante, me apoiando no braço do sofá.



Quem é Baekhyun? Sei que ele é asiático e se mudou para o Brasil. Mas ele nunca mencionou sobre seu passado. Sei que ele não sabe nada sobre o meu, e é melhor assim. Só temos sexo casual. Apesar de sermos amigos a pouco tempo, tenho um carinho enorme por ele, e também não quero que ele me machuque.


— Você já se perguntou quem é a pessoa que está ao seu lado? – Questionou Sehun.


— Ãn? – Perguntei sem entender.

— Você já se perguntou quem são as pessoas ao seu lado? Digo, sabe que tem mais outras pessoas atrás de você? – Meu corpo se arrepiou, meu nervosismo voltou, agora estou com muito medo.

— O que você quer dizer com isso? – Perguntei o óbvio.

— Oh, nada. – Sorriu para mim. Voltou sua atenção para a Tv. — Então, eles não se manifestaram. – Sussurrou, não entendi o que ele disse.


— O que você quer dizer com isso? Fala logo! – Questionei sem paciência.


— Nada! – Alterou seu tom de voz. — Você pergunta demais. Assiste esse filme calada!


Me calei, e me pressionei naquele canto. Ele é bipolar? Que macho chato! AH! Eu não aguento mais por que ele vive dizendo coisas desnexas? Quem tá atrás de uma pobre lascada que só sabe comer, trabalhar e estudar? Porra, fico intrigada com uma coisas dessas! Quando vou ficar rica? Espero que eu consiga uma vaga na federal! Vai dar tudo certo... Eu espero.



— Vem cá! – Me puxou para colocar a cabeça no seu colo. Passou a mão no meu rosto, um toque suave. — Desculpe, às vezes falo sem pensar.


— Você é bipolar? Desde de hoje de manhã você vive mudando, até parece que tem várias personalidades. – Disse com medo, não quero apanhar de ninguém.


— Ah, não. Só me expresso de maneira errada. – Não faz sentido.


— Sei. –  Falei desconfiada.


— Você já fez sua inscrição? – Ele olhou em meus olhos. Por um momento pude perceber que havia preocupação e tranquilidade em seu olhar.


— Claro, não tô doida de perder o meu momento mais esperado do ano. – Se eu não tivesse feito minha família iria me ridicularizar, é a única coisa que eles sabem fazer.


— Sua mãe sabe que você vai fazer, e mesmo assim ela não vai te apoiar? – Como diabos ele sabe até disso? — Parece meu pai. – Seu pai? Ele tem pai?


— Isso não me interessa, ela não é minha mãe, é só minha progenitora, nada a mais além disso. Peço que não fale ou toque no nome dela. – Me virei olhando para assistir o filme.


— Tudo bem. Você quer dormir? – Concordei. — Durma então, não irei atrapalhar. – Fez cafuné no meu cabelo.


— Você não dorme? – Em resposta só escutei um "hum?", e acabei adormecendo.


Ele é bem estranho, admito. Mas ele é estranho bom e ruim. Como vou entender isso? Eu estou tão confusa, não sei mais de nada, só quero minha vaga.

Em teus olhos - Oh Sehun EXOOnde histórias criam vida. Descubra agora