Capítulo 6

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         OH SEHUN  ON


Estava chegando no bar mais caro e sigiloso da cidade, apenas para pessoas da minha classe, isso soa engraçado. Desligo o carro, abro a porta e a fecho, caminhando em passos lentos vou chegando cada vez mais perto daquela porta. Abro e encontro meus "amigos" reunidos e sentados em torno de uma mesa preta. Cheia de bebidas alcoólicas. Um cheiro de Uísque adentra minhas narinas, umedeço meus lábios, imaginando o sabor da bebida.

— Estão tomando meu Dalmore? – Me aproximo da mesa pegando o Uísque.

— Gostei dele, quero um. – Pronunciou Minseok, o mais velho e travesso de todos.

— Difícil esse muleque te dar um. – Brincou BaekHyun.

— Existem apenas 60 garrafas desse Uísque, não foi tão fácil encontrar ela. – Afirmei analisando o rótulo da bebida.

— Encontre 9 para nós. –  Mandou Chanyeol, logo depois tomou um gole.

— Vocês só podem tá gozando com a minha cara! – Esse papo está me deixando com dor de cabeça.

— Calma, cara. A noite não foi boa com a vadia da tua cadela? – Questionou Yixing.

— Oh, lembrou-me de algo, Zhang. – Junmyeon estalou os dedos. — Conseguiu cumprir com a aposta? – Levantou uma de suas sobrancelhas, esperando uma resposta satisfatória.

— Óbvio. – Peguei algumas fotos que estavam no meu bolso e joguei no meio da mesa. Fotos da S/n nua. Cada um calmamente pegou uma foto, depois compartilharam entre si.

— Wow! Você não nos decepciona, Oh Sehun! – Proferiu Jongin. — Essa vadia acreditou mesmo nas mentiras que você contou? Haha, apaixonado por mim! Que lindo, amor, vamos viver juntos para sempre. – Debochou.

— Como aconteceu? Explique-se. – Perguntou Jongdae.

— Não. Apenas consegui, era isso que apostamos. Não vou revelar meus métodos. – Procurei por um copo limpo, e coloquei um pouco de bebida para mim.

— Qual é cara? Quero foder ela também! – Disse em um tom mais alto, esse desgraçado sempre faz isso.

— BaekHyun sabe como é transar com ela. – Pronunciei em um tom baixo.

— Não irei dizer nada. – Byun colocou seu cotovelo na mesa e repousou sua cabeça em sua mão, negando, com um sorriso sacana.

— Revele seus charmes, senhor Byun BaekHyun, cujo salvador da senhorita S/n. – Brinquei sentando-me em uma das cadeiras que estavam ao redo da mesa. Meu olhar reposou em KyungSoo, que ainda estava a analisar as imagens, diferente dos outros que olharam por instantes e depois jogaram na mesa.

— Gostou do conteúdo, Soo? – Perguntei em um tom de provocação.

— Hum, quero ela. – Com uma voz grave ele confessou. Trinquei meu maxilar, senti um ciúmes excessivo, olhei-o com ódio. Não consegui dizer nada além de respirar pesadamente. Os rapazes olharam para ele incrédulos, não sabia que ele iria se interessar pela garota.

— O que você disse? – BaekHyun questionou-o. — Você se interessou por uma garota? Não vem com essa, Do! Sua vez na aposta passou! – BaekHyun afirmou, com ciúmes também.

— Você sabe que não pode tocar nela, Soo. – Junmyeon explicou a situação. — Sua vez passou, você conseguiu cumprir sua aposta, não pode pega a vadia do Sehun.

— Que caralhos, parem de chamá-la assim! Não sabem respeitar uma mulher? – Me pronunciei perante eles, não aguentei esses apelidos escrotos.

— Cala a boca, Sehun! Você não tem esse direito de falar de sobre respeito. – Repreendeu-me Zhang.

— De novo vão brigar por uma mulher? Essa aposta não serve de nada! Toda vez é isso, nos mudamos e um come uma mulher e se apaixona! – Minseok falou a verdade. — Parecem uma turma do maternal. Não podemos ter um momento de silêncio? – Minseok é o único que não expressa seus "sentimentos", braço direito do meu pai, que aprendeu a não ser emocional, um robô, apanhou muito para aprender isso, e hoje é um dos CEOs mais prestigiado e idolatrado.

— Estou a me retirar, boa noite. – Saio, pegando minhas chaves e meu Uísque.

Com os olhos pesados, entro no meu carro, repousando minha testa no volante. Recobro minha força de vontade.

Essa aposta é estúpida, desde o início, essa merda desgastou nós. Ah, menos Kim Minseok, o ser humano perfeito do ponto de vista do meu pai, faz tudo o que ele quer, igual um cachorro no cio.

Dou a partida no carro, coloco no GPS a localização da casa da S/n. Coloco uma música clássica, que faz relaxar meu corpo. Não faço nada além de escutar músicas e cuidar de negócios, e meu hobbie preferido, perturbar meu anjo. Chego no meu destino, estaciono o carro na rua mesmo, próximo à calçada dela. E saio do carro, travando-o. Bato na porta da S/n. Escuto ela dizer um "já vai". E ouço ela abrir a porta, e mostrar-se quase que nua, apenas com um blusão.

— Por que você está nua desse jeito? – A vi bufar.

— Agora pronto, vai falar da minha roupa também? Aliás, o que diabos você está fazendo aqui? Não se satisfez com o final de semana? Me deixa em paz, garoto! – Essa garota fala demais.

— Desculpe, eu queria te ver. Estou com saudades. – Fiz um biquinho. — Posso comer aqui? Passei o dia sem comer nada, estou morrendo de fome.

— Entra, caralho! Tá pensando que é a casa da mãe Joana? – Entrei e ela fechou a porta, trancando-a, pelo jeito aqui no Brasil é perigoso mesmo.

— S/n... – Chamei seu nome com dengo. — Posso fazer cafuné em você? – Tentei fazer uma expressão de choro fofo, porém não sou bom nisso.

— Para de fazer essa cara de cachorro pidão, coisa ridícula. Vai fazer cafuné no satanás, mas não em mim. – Respondeu bruta.

— Ah, por favor! Gosto de fazer cafuné no seu cabelo! – Afirmei indo em sua direção, chego perto dela e repouso minha cabeça em seu ombro, olho em direção aos seus seios, que estavam completamente expostos a mim. — Faz tempo que não sinto-os.

— Vamos comer! – Empurrou-me, e correu para a cozinha. Acompanhei. — Senta aí, já trago sua comida. – Antes de me sentar, ajeito a mesa bagunçada, colocando louças sujas na pia e limpas no armário. Depois sento-me.

— Hum, como foi sua semana? – Tento puxar assunto em meio desse silêncio.

— Conturbado, meu chefe sumiu e estamos preocupados com ele. Nem a própria esposa sabe dele. – Respondeu enquanto mexia nas panelas.

— Oh, sério? – Limpo minha garganta.

— Sim, mas isso não me afentou muito, até que eu tive uma semana boa. – Ela veio para a mesa  com dois pratos fartos de comida. — Sirva-se.

— Que bom. E obrigado. – Peguei uma faca e um garfo, comecei a comer.

— BaekHyun é um anjo! – Me engasgo. — Estamos quase namorado, ele me contou sobre tudo dele, saimos para o shopping, assistimos um filme juntos. – Disse com um sorriso bobo nos lábios.

— Por que isso de repente? O que eu tenho a ver com o que você faz com ele? – Soltei os talheres, terminando de mastigar. Não acredito que aquele desgraçado quer roubar ela de mim!

— Nada, apenas só para te mostrar que ele é uma boa pessoa, e você não conhece ele. – Ela ainda estava a comer.

— Ele falou sobre o que ele faz? – Boa pessoa uma ova!

— Como assim "o que ele faz?", ele trabalha comigo oxi! – Hahaha, que engraçado. Então Byun mentiu para ela, interessante.

Em teus olhos - Oh Sehun EXOOnde histórias criam vida. Descubra agora